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Infraestrutura

- Publicada em 14 de Junho de 2018 às 23:00

Pesquisa aponta retração da construção pesada

Perda de 600 mil vagas no período equivale a voltar ao nível de 2007

Perda de 600 mil vagas no período equivale a voltar ao nível de 2007


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
A retração do setor de infraestrutura verificada na Pesquisa Anual Indústria da Construção 2016 (Paic), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta semana, não surpreendeu empresários do setor. O presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Evaristo Pinheiro, disse que já vinha alertando a sociedade e o governo federal sobre esse quadro, e avalia que os principais responsáveis são a crise fiscal do País e a insegurança jurídica para investidores.
A retração do setor de infraestrutura verificada na Pesquisa Anual Indústria da Construção 2016 (Paic), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta semana, não surpreendeu empresários do setor. O presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon), Evaristo Pinheiro, disse que já vinha alertando a sociedade e o governo federal sobre esse quadro, e avalia que os principais responsáveis são a crise fiscal do País e a insegurança jurídica para investidores.
"A gente teve um pico histórico de faturamento em 2014. O foco da pesquisa do IBGE é de 2015 para cá, mas o pico mesmo de faturamento foi em 2014. De lá para cá, nós perdemos, só na infraestrutura de construção pesada, mais de 600 mil empregos. Isso equivale a voltar ao mesmo nível de emprego de 2007. Ou seja, 11 anos para trás", apontou. Ele destaca que isso representa 5% do desemprego gerado no Brasil nesse período e que, se fossem considerados os empregos indiretos, tendo em vista que se trata de uma cadeia de ponta, o número seria ainda maior.
Os dados da pesquisa indicam que, entre 2007 e 2016, houve uma queda da participação das obras de infraestrutura no valor da indústria de construção, que passou de 45,6% em 2007 para 29,5%. Por outro lado, cresceu a participação da construção de edifícios (de 39,7% para 45,9%) e dos serviços especializados (de 19% para 24,6%).
Para Pinheiro, não há um fator único que explique a queda de investimento, mas ele destaca a crise fiscal e a insegurança jurídica. "(A crise fiscal) implicou uma redução, por exemplo, de investimento público em infraestrutura. Só no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por exemplo, no pico histórico, em 2014, nós tínhamos R$ 70 bilhões por ano de investimento. No ano passado, tivemos R$ 17 bilhões. Os investimentos das empresas estatais ano passado atingiram o menor nível desde que essa série histórica começou a ser medida, na década de 1990", apontou.
O presidente do Sinicon avalia que a esse cenário se soma um ambiente de insegurança jurídica que "afugenta o investidor privado". "Ele não sabe se vai conseguir concluir as obras, em quanto tempo e qual retorno vai ter. Se ele vai conseguir entregar para os seus acionistas, os seus investidores, o retorno que foi pactuado, dada a instabilidade de regras aqui no Brasil e a instabilidade política", avaliou.
Pinheiro aposta nas políticas de austeridade econômica do governo federal para liberar recursos para investimento. "Corte de gasto corrente, melhor planejamento do gasto, priorização de projetos do que é importante são fundamentais. Mas esse trabalho não está completo ainda", apontou. Ele propõe ainda a manutenção da taxa básica de juros no nível atual ou ainda mais baixo. "O governo começou com o trabalho do teto de gastos, mas essa medida sozinha é um problema, não é solução", avaliou. Entre as medidas necessárias, o representante do Sinicon indica a aprovação da reforma da Previdência.

Condomínio logístico de Esteio já tem 100% de ocupação

Espaço de 60 mil metros quadrados abriga empresas de vários setores

Espaço de 60 mil metros quadrados abriga empresas de vários setores


/Condomínio LOGÍSTICO DE ESTEIO/DIVULGAÇÃO/JC
O Mega Esteio, centro logístico da Capital Realty no Rio Grande do Sul, está com todos os seus módulos ocupados. No total, são 60 mil metros de área construída locados por empresas de diversos segmentos.
A Oesa, empresa do setor de alimentos, com sede em Jaraguá do Sul, ocupou o último módulo disponível, com 1.915 metros quadrados. A empresa atenderá toda a Grande Porto Alegre e serra gaúcha, fornecendo proteínas e alimentos para food service.
De acordo com Rodrigo Demeterco, o resultado reflete o início da recuperação econômica no País, ainda que tímido. "Todos os setores enfrentaram um período complicado com a crise, mas a previsão é de que 2018 seja relativamente melhor. Então, naturalmente, o mercado começa a reagir e a Capital Realty já sente essa guinada", explica.
O resultado de Esteio soma-se ao de Canoas. Em maio, a Capital Realty finalizou a terraplanagem para a construção de um novo condomínio logístico na região. Ao todo, serão 160 mil metros quadrados de área construída do maior condomínio logístico da Região Sul, com quase três vezes o tamanho do Mega Esteio, no qual sua primeira fase está prevista para 2019.
A Capital Realty é referência na construção e administração de condomínios logísticos industriais e empreendimentos sob medida. Com forte atuação nos três estados da Região Sul e em São Paulo, a Capital Realty oferece uma equipe formada por gestores e engenheiros com larga experiência no mercado imobiliário, e se destaca pela capacidade técnica de desenvolver, executar e gerir ativos imobiliários de forma inovadora. Os empreendimentos levam a bandeira Mega, classificados como padrão A de infraestrutura logística/industrial.