Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

JC Contabilidade

- Publicada em 23 de Setembro de 2020 às 03:00

Empresas brasileiras querem diminuição do impacto de tributos sobre os negócios

Mudanças constantes exigem manutenção de treinamento em legislação

Mudanças constantes exigem manutenção de treinamento em legislação


/GABRIELA DI BELLA/ARQUIVO/JC
A discussão em torno da complexidade do ambiente tributário e de seu impacto sobre os negócios deve ganhar maturidade à luz dos desafios inéditos trazidos pela pandemia da Covid-19. A crise colocou à prova a necessidade de um sistema tributário justo, ágil e eficaz. Incentivos tributários e negociações para o pagamento de impostos têm sido recursos utilizados pelos governos para manter a sustentabilidade econômica dos negócios - especialmente dos de menor porte, mais vulneráveis à crise.
A discussão em torno da complexidade do ambiente tributário e de seu impacto sobre os negócios deve ganhar maturidade à luz dos desafios inéditos trazidos pela pandemia da Covid-19. A crise colocou à prova a necessidade de um sistema tributário justo, ágil e eficaz. Incentivos tributários e negociações para o pagamento de impostos têm sido recursos utilizados pelos governos para manter a sustentabilidade econômica dos negócios - especialmente dos de menor porte, mais vulneráveis à crise.
Apesar de o governo federal ter encaminhado em julho sua proposta de reforma tributária ao Congresso, a maioria das empresas brasileiras (75%) não havia realizado, até fevereiro, nenhum estudo sobre os impactos de um novo modelo tributário em seus negócios. No momento em que as companhias precisam atentar mais ao tema, a Deloitte lança a pesquisa "Tax do Amanhã - Tecnologias e recursos para os atuais desafios tributários das organizações", que consultou 159 empresas para compreender como a complexidade do ambiente tributário do Brasil afeta o mercado de forma abrangente.
"Quando nós apuramos essa pesquisa, a crise da Covid-19 ainda não havia eclodido de forma tão intensa, mas a transformação digital já havia se colocado no levantamento como um tema relevante na pauta dos gestores tributários. Agora, a transformação passa a evoluir ainda mais rapidamente do que antes e a completa integração da tecnologia aos processos renovados, com equipes engajadas e habilitadas, será fundamental para lidar com antigos e novos desafios de um ambiente de negócios dinâmico, onde o líder de Tax deve assumir seu protagonismo", destaca Gustavo Rotta, sócio de Tax Technology, Innovation e Business Tax da Deloitte.
Entre as empresas entrevistadas, a média geral de funcionários da área tributária é de 12 profissionais, dois a menos do que os 14 registrados na edição de 2015 da pesquisa sobre gestão tributária realizada pela Deloitte. Metade das participantes tem de um a cinco funcionários atuando na área tributária, enquanto 23% contam com um número entre seis e 10 de colaboradores na área. Já 19% têm entre 11 e 50 funcionários; apenas 8% das respondentes afirmam ter mais de 51 colaboradores para cuidar das questões tributárias.
A maior parcela das empresas pesquisadas (63%) indicou ter observado, em 2019, um aumento significativo na demanda por treinamento em novas tecnologias e metodologias em relação a 2018. A necessidade por treinamento em legislação foi mantida, de acordo com 51% dos participantes, embora uma parcela expressiva (46%) já indique que esta demanda se intensificou em 2019, em comparação com o ano anterior. Em relação à contratação e à rotatividade dos profissionais, houve, entre a maioria dos respondentes, uma tendência de manutenção desses indicadores (55%).
Quase metade das participantes (49%) possui, exclusivamente, profissionais da própria empresa cuidando da área tributária. Outras 44% têm profissionais da própria empresa e terceirizados. Apenas 7% contam com colaboradores exclusivamente terceirizados. Entre as empresas pesquisadas que têm a receita líquida anual média da ordem de R$ 45 milhões, são necessárias cerca de 3 mil horas para o cumprimento das obrigações tributárias. Já para as organizações com a média de receita anual de R$ 1,1 bilhão, a demanda de tempo é de aproximadamente 9 mil horas. A partir desta faixa de faturamento, o crescimento é exponencial: entre as organizações pesquisadas com a média de R$ 7,1 bilhões de receita, a dedicação necessária é de quase 34 mil horas.
As empresas de maior porte têm maior apetite por investimentos relacionados a tecnologia para a área fiscal e tributária, em comparação às demais. Para as organizações de menor porte, destaca-se a contratação e treinamento de pessoal como um desafio mais relevante, frente aos outros respondentes. Entre as indústrias pesquisadas, os setores de construção, serviços e manufatura possuem maior interesse em investir em otimização de processos do que os demais.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO