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JC Contabilidade

- Publicada em 17 de Julho de 2019 às 03:00

Projeto da LDO para 2020 será votado no início de agosto na CMO

Cacá Leão manteve a proposta inicial para o salário-mínimo

Cacá Leão manteve a proposta inicial para o salário-mínimo


/WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL/JC
O relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020, deputado Cacá Leão (PP-BA), disse que o parecer será votado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) no início de agosto. O relatório, apresentado no dia 7 deste mês, seria examinado na quarta-feira passada, mas a reunião foi cancelada em razão da análise da reforma da Previdência pelo plenário da Câmara.
O relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020, deputado Cacá Leão (PP-BA), disse que o parecer será votado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) no início de agosto. O relatório, apresentado no dia 7 deste mês, seria examinado na quarta-feira passada, mas a reunião foi cancelada em razão da análise da reforma da Previdência pelo plenário da Câmara.
"Fizemos uma reunião com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre; da Câmara, Rodrigo Maia; e da CMO, senador Marcelo Castro (MDB-PI), para que a LDO não interferisse na reforma da Previdência", afirmou. "Adotamos a cautela de deixar a LDO para o segundo semestre. Na primeira semana de agosto, acredito que vamos votá-la na comissão e no Plenário do Congresso."
Cacá Leão promoveu alterações em relação ao projeto original enviado pelo Executivo. O parecer prevê a possibilidade de reajustes salariais para o pessoal civil da União, mas a iniciativa caberá ao governo. O Executivo havia previsto apenas a correção das remunerações nas Forças Armadas, medida que integra o projeto de mudanças no sistema de pensões dos militares (PL 1.645/2019).
"O texto do Executivo veio bastante enxuto, foi necessário escrever alguns capítulos, como o Anexo de Metas e Prioridades", explicou o relator. "Se houvesse a proibição de reajuste para todos, eu manteria, mas com a previsão para os militares, coloquei os civis dentro desse pacote" - continuou, ressaltando que se trata apenas de autorização, que dependerá também dos rumos da economia.
O líder do governo na CMO, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), minimizou o adiamento da votação do projeto da LDO.
"Não haveria quórum na próxima semana (nesta semana) para analisar o parecer e os outros projetos, e a comissão não poderia deliberar. Serão apenas duas semanas de 'recesso branco', mas o relatório está pronto, será discutido em agosto e espero que não haja alterações", afirmou.
Em relação ao salário-mínimo, Cacá Leão manteve a proposta original do Executivo, de reajuste para R$ 1.040,00 no próximo ano, sem ganho real (acima da inflação). Em relação ao valor atual (R$ 998,00), o aumento nominal será de 4,2%, variação prevista para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Para os dois anos seguintes, a proposta sugere apenas a variação do INPC.
Segundo o relator, esse é um dos temas que causarão polêmica na apreciação do parecer, já que foram apresentadas muitas emendas com regras para reajustes do salário-mínimo.
"Recebi um pedido do governo para que não mexesse nessa questão e acabei atendendo, mas acredito que é um dos pontos para discussão", disse o relator, que espera aprovar o parecer por consenso.
Até neste ano, a legislação previa reposição da inflação oficial no ano anterior, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais variação do produto interno bruto (PIB) registrada dois anos antes, o que poderia gerar ganho real. O governo Bolsonaro tem até o final deste ano para decidir se propõe uma nova fórmula.
A LDO é uma lei de vigência anual que orienta a elaboração da proposta orçamentária e a execução do Orçamento no exercício seguinte. Além da meta fiscal, traz regras sobre as ações prioritárias do governo, transferência de recursos para entes federados e setor privado e fiscalização de obras executadas com recursos da União, entre outras. A tramitação começa na CMO, na qual podem ser apresentadas emendas, e termina em sessão conjunta de deputados e senadores no Congresso.
Em relação à meta fiscal, o projeto da LDO prevê para 2020 um déficit primário de R$ 124,1 bilhões para o Governo Central, que abrange as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central. A meta para este ano é de um déficit de R$ 139 bilhões. Desde 2014, as contas do governo federal estão no vermelho, e a proposta da LDO prevê que a situação perdure até 2022. No desempenho da economia, a equipe econômica projeta um crescimento de 2,5% do PIB em 2020.
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