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Responsabilidade Social

- Publicada em 25 de Abril de 2022 às 03:00

ONG Renascer da Esperança promove a inclusão de crianças

Oficinas retornam após quase 2 anos paralisados

Oficinas retornam após quase 2 anos paralisados


ONG RENASCER DA ESPERANÇA/DIVULGAÇÃO/JC
Em julho de 1996, a funcionária do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) Rozeli da Silva sonhou que estava em um longo campo aberto rodeada de margaridas, quando avistou uma amiga que fez um convite para começarem a cuidar de crianças. Ao acordar, Rozeli ficou impactada com a mensagem e determinada em transformá-la em realidade. Em dezembro do mesmo ano, depois de ter criado o estatuto para instituição, ela foi à procura de um local para desenvolver seu trabalho social. Contudo, todos exigiam uma taxa das crianças que ela não queria cobrar. Então, com ajuda dos moradores, a servidora pública conseguiu um espaço na escola de Samba União da Tinga para dar início ao seu sonho com a ONG Renascer da Esperança.
Em julho de 1996, a funcionária do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) Rozeli da Silva sonhou que estava em um longo campo aberto rodeada de margaridas, quando avistou uma amiga que fez um convite para começarem a cuidar de crianças. Ao acordar, Rozeli ficou impactada com a mensagem e determinada em transformá-la em realidade. Em dezembro do mesmo ano, depois de ter criado o estatuto para instituição, ela foi à procura de um local para desenvolver seu trabalho social. Contudo, todos exigiam uma taxa das crianças que ela não queria cobrar. Então, com ajuda dos moradores, a servidora pública conseguiu um espaço na escola de Samba União da Tinga para dar início ao seu sonho com a ONG Renascer da Esperança.
Naquele início, a organização não-governamental acolhia cerca de 40 crianças. A rotina de Rozeli se dividia em trabalhar no DMLU à noite e cuidar da ONG pela tarde. Com o passar dos anos, o Renascer foi crescendo e, em 2001, conveniou-se a Fundação de Assistência Social e da Cidadania (FASC), e o trabalho feito com as crianças recebeu o título de Serviço de Atendimento Sócio-Educativo (SASE). No ano de 2003, foi parceira da Prefeitura e do Governo do Estado no desenvolvimento do programa.
Localizada na avenida Macedônia, no Bairro Restinga, a sede de 3,6 mil metros quadrados, cedida pela prefeitura, tem capacidade para 600 crianças, porém, com as obras, estão atendendo 280. Na ONG, de segunda a sexta, os educandos podem contemplar um plano pedagógico com oficinas de teatro e dança, aulas de judô e muay thai, informática, jardinagem, costura, além de atividades de letramento em parceria com Instituto Ayrton Senna. Os alunos também têm direito a café da manhã, almoço e café da tarde.
"Eu fui mãe aos 12 para 13 anos, se eu tivesse um lugar que nem o Renascer, não estaria grávida na adolescência. Então eu queria que as crianças tivessem não pagassem para estudar", conta Rozeli, alfabetizada aos 32 anos, e hoje luta para que as crianças tenham as oportunidades que não teve. Vale ressaltar que é preciso estar matriculado em uma escola para frequentar a organização.
Em 2008, a Escola de Educação Infantil Renascer da Esperança foi inaugurada com ajuda de empresas como a Gerdau e o Grupo RBS. Localizada na avenida Nilo Wulff, a instituição trabalha com 120 crianças, de 0 a 6 anos de idade, contendo núcleos de maternidade. O local tem convênio com a Secretaria Municipal de Educação (Smed).
Os primeiros dois meses da pandemia foram um período de choque para a organização, que precisou paralisar todas as atividades. Superado esse começo, a ONG se reorganizou e no passado distribuiu 350 marmitas e cestas básicas para as famílias da comunidade. Nesse momento pesado e de distanciamento, a Renascer e outras organizações da Restinga se uniram para atingir mais pessoas com suas ações. Unidos, eles promoveram lives com músicos locais, eventos de arrecadação e doações de alimentos. "Foi difícil? Foi. Mas graças a Deus que o alimento na mesa de muita gente aqui na comunidade não faltou. A gente continua ajudando as famílias", revela Rozeli.
Para os alunos não perderem seu ano letivo, a ONG fez cópias das atividades. Hoje, após quase 2 anos afastados, todos já retornam à instituição.

ONG qualifica jovens de comunidade para o mercado de trabalho

As ações da ONG Renascer da Esperança não se restringem somente à educação e ao acolhimento. A ONG busca, acima de tudo, formar cidadãos disciplinados e competentes. Dessa forma, desenvolvem atividades de qualificação profissional para que jovens de 13 a 24 anos possam ter a oportunidade de entrar no mercado de trabalho. “Isso eu acho que é uma das melhores conquistas da minha história. É formar cidadãos e não botar eles com 14 anos na rua e eles ficarem perdidos. É saber que eles vão voltar aqui e a gente vai colocar eles no mercado de trabalho, pra mim não tem coisa melhor”, expressa Rozeli da Silva, fundadora e coordenadora da ONG
No ano passado, a ONG conseguiu emprego no Tribunal de Justiça para 20 jovens. Outros trabalham junto com Rozeli na administração das escolas, e a Renascer está sempre em busca de empresas que possam empregar os adolescentes dos projetos. “Acredito que daqui pra frente há um futuro melhor, a vida da nossa comunidade vai ser melhor. É uma política social que a gente está fazendo aqui”, sentencia Rozeli.
No último levantamento feito pela Renascer, o custo mensal total para manter suas estruturas funcionando é de R$ 53 mil por mês. No entanto, a instituição trabalha com R$ 32 mil dos convênios, mais o dinheiro arrecadado das doações. Hoje, eles têm um corpo de 43 funcionários, 10 voluntários e 7 oficineiros.
Para ajudar a entidade, faça contato através do número: 3266-0864. Eles aceitam doações em dinheiro, alimentos, itens de cozinha e tecido para roupas. Além disso, a organização convida a todos para visitarem suas instalações. “Gostaria que todos que pudessem vir até aqui para conhecer nosso trabalho e olhar para as crianças da nossa comunidade”, finaliza.