Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado de capitais

- Publicada em 31 de Janeiro de 2022 às 03:00

Ação do Nubank cai 20% desde estreia na Bolsa de em Nova York

Expectativas se voltam para resultados do 4º trimestre de 2021, os primeiros do Nubank como companhia aberta

Expectativas se voltam para resultados do 4º trimestre de 2021, os primeiros do Nubank como companhia aberta


/NUBANK/DIVULGAÇÃO/JC
Após a desvalorização das últimas semanas, a ação do Nubank está 20% do abaixo do preço definido na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), realizada em dezembro. O banco digital vendeu papéis a US$ 9 na oferta, e na tarde de terça-feira passada a cotação era de US$ 7,20 na Bolsa de Nova York.
Após a desvalorização das últimas semanas, a ação do Nubank está 20% do abaixo do preço definido na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), realizada em dezembro. O banco digital vendeu papéis a US$ 9 na oferta, e na tarde de terça-feira passada a cotação era de US$ 7,20 na Bolsa de Nova York.
Cada ação chegou a ser negociada a US$ 11,85 dias após a estreia, em sua máxima até agora. A expectativa de altas de juros nos Estados Unidos neste ano tirou atratividade de ações de empresas com alto crescimento e lucro zero - como o Nubank.
Há duas semanas, a desvalorização do papel já havia feito a fintech perder o posto de instituição financeira mais valiosa da América Latina para o Itaú, que ocupava o posto até o IPO do Nubank. Com a queda sofrida desde então, a instituição já vale menos que o Bradesco.
Em dólares, o segundo maior banco privado do País tem capitalização de US$ 35,6 bilhões. O Itaú é avaliado em US$ 40,5 bilhões. Já o Nubank tinha valor de mercado de US$ 32,9 bilhões, cerca de US$ 9 bilhões a menos do que o valor com que estreou na Bolsa.
Após a bem-sucedida oferta inicial, as expectativas do mercado se voltam para os resultados do quarto trimestre de 2021, que serão os primeiros que o Nubank divulgará como companhia aberta. A fintech ainda não informou em qual data os números serão publicados.
Em relatório, o Itaú BBA projetou que o Nubank apresentará lucro de R$ 203 milhões no período, mas que fechará 2021 com prejuízo de R$ 326 milhões. As receitas totais da fintech devem crescer 28% em relação ao terceiro trimestre, para R$ 2,6 bilhões, graças à expansão da base de cartões e da carteira de crédito como um todo. O número de clientes deve chegar a 53,4 milhões.
O analista Pedro Leduc, do Itaú BBA, disse que a desvalorização das últimas semanas pode estar relacionada à combinação entre o cenário de mercado e as expectativas do investidor para as ações do Nubank. "Um cenário global mais adverso para growth (papéis de crescimento) tira o investidor internacional do papel. Sobra o local, e aí entra a perspectiva para o desempenho", explica.
O BBA vê um ano desafiador para os bancos digitais brasileiros. A casa ponderou que a dependência dos cartões de crédito como um problema.
"Cartões de crédito são um produto-chave para a monetização e o engajamento em bancos digitais, e é onde provavelmente veremos a maior deterioração da inadimplência - particularmente entre brasileiros de menor renda, que respondem pela maior parte das bases de clientes do Nubank e do Pan", afirmaram os analistas do BBA.

Fintech Creditas recebe aporte de US$ 260 milhões

Preparando terreno para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a fintech brasileira Creditas anunciou semana passada que recebeu um aporte de US$ 260 milhões, o que eleva a avaliação de mercado da empresa para US$ 4,8 bilhões. A nova rodada é mais um passo da startup para consolidar seu ecossistema de crédito: após ganhar mercado com empréstimos baseados em garantias como imóveis e automóveis, a Creditas tem diversificado seus serviços avançando em seguros, compra e venda de carros e benefícios corporativos.
O investimento ocorre 13 meses após a empresa levantar US$ 255 milhões e atingir o status de "unicórnio" (nome dado às startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). O cheque traz à fintech novos investidores: o fundo americano Fidelity Management, o espanhol Actyus (voltado a fintechs) e a firma britânica de capital de risco Greentrail Capital. Investidores antigos da Creditas, como QED Investors, SoftBank e Kaszek Ventures, acompanharam o aporte.
Esta é a sexta rodada de investimentos recebida pela startup. Desde sua fundação, em 2012, a empresa levantou US$ 829 milhões.

Apesar de estar bem capitalizada desde o último aporte, anunciado em dezembro de 2020, a companhia enxergou a necessidade de realizar uma nova captação, tendo em vista o ritmo de crescimento registrado nos últimos meses. No terceiro trimestre de 2021, a Creditas elevou em 233% sua receita em comparação com o mesmo período de 2020, para R$ 257,1 milhões.