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Empresas & Negócios

- Publicada em 03 de Janeiro de 2022 às 03:00

Brasil ganha dez unicórnios após recorde de investimento em startups

iFood comprou 13 outras empresas de tecnologia ao longo de sua história, formando assim uma holding

iFood comprou 13 outras empresas de tecnologia ao longo de sua história, formando assim uma holding


/ANDRESSA PUFAL/JC
Após investimentos recordes em tecnologia, o Brasil fecha 2021 com o número inédito de dez novos unicórnios - nome dado a startups cujos valores de mercado ultrapassam US$ 1 bilhão (mais de R$ 5,6 bilhões), caso das conhecidas QuintoAndar e iFood.
Após investimentos recordes em tecnologia, o Brasil fecha 2021 com o número inédito de dez novos unicórnios - nome dado a startups cujos valores de mercado ultrapassam US$ 1 bilhão (mais de R$ 5,6 bilhões), caso das conhecidas QuintoAndar e iFood.
É o maior número desde quando o aplicativo de viagens 99 virou o primeiro unicórnio do País, em 2017. O resultado desbancou com folga o ano-líder anterior, 2019, quando o rebanho brasileiro de bilionárias recebeu cinco startups.
Antes mesmo do fim de 2021, o volume de investimentos em inovação e tecnologia não tem precedentes no Brasil, segundo dados da plataforma Distrito. Foram US$ 8,85 bilhões (R$ 50,13 bilhões) até novembro, mais que o dobro do total de 2020: US$ 3,659 bilhões (R$ 20,726 bilhões).
Descontando as empresas de tecnologia listadas em Bolsas de Valores - como o Nubank, que após a estreia no mercado de ações se transformou em outro ser fantástico no jargão do setor, um "ipogrifo" -, o Brasil chegou a 18 startups bilionárias. As empresas de tecnologia do setor financeiro, conhecidas como fintechs, são as mais comuns: somam 7 entre as 18.
Em 2021, porém, elas não foram as mais populares. Apesar de liderarem os investimentos, elas somaram duas entre as empresas mais valiosas, uma a menos que as da categoria de varejo --setor que inflou depois de as medidas de distanciamento da pandemia de coronavírus impulsionarem o ecommerce.
A predominância de São Paulo se manteve: sete das dez são do estado mais populoso do País, duas são do Paraná e uma é de Minas Gerais. Ao longo dos últimos anos, a única fora das regiões Sudeste e Sul foi a cearense Arco Educação, que chegou ao bilhão em 2018, mesma época em que abriu capital na Bolsa de Valores de Nova York.
"É cada vez mais comum a startup virar um unicórnio rápido", afirma o presidente-executivo da plataforma Sling Hub João Ventura. A rodada em que normalmente se vira um unicórnio no Brasil é a quinta, a E. No último ano, porém, cinco das startups alcançaram precificação de US$ 1 bilhão nas rodadas C e D. Duas delas, na B, ainda mais cedo, segundo a plataforma.
Na corrida para abocanhar o mercado, essas grandes startups têm comprado outras e formado holdings. "É uma avenida que o unicórnio vê para crescer", diz Ventura.
O iFood é o maior exemplo: comprou 13 outras empresas de tecnologia ao longo da sua história. Das estrelas deste ano, alguns exemplos são Unico e Hotmart, que compraram três startups cada uma.
O crescimento do Brasil não é estranho a outros países do mundo. Foram 491 novos unicórnios ao todo este ano contra 110 em 2020, segundo dados da CBInsights.
 
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