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- Publicada em 27 de Dezembro de 2021 às 03:00

Zoneamento do trigo tem atualização para a próxima safra

Regiões de Santa Rosa e Missões, pelo déficit hídrico, estão em atraso

Regiões de Santa Rosa e Missões, pelo déficit hídrico, estão em atraso


/FECOAGRO/DIVULGAÇÃO/JC
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do trigo foi atualizado para a próxima safra. As portarias com as novas indicações foram publicadas no Diário Oficial da União na semana passada. Entre as mudanças estão o melhor detalhamento no cultivo de trigo na região tropical, a avaliação de risco de frustrações pelo excesso de chuva no final de ciclo, além da inserção de atualização de ciclos de cultivares na base de dados.

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do trigo foi atualizado para a próxima safra. As portarias com as novas indicações foram publicadas no Diário Oficial da União na semana passada. Entre as mudanças estão o melhor detalhamento no cultivo de trigo na região tropical, a avaliação de risco de frustrações pelo excesso de chuva no final de ciclo, além da inserção de atualização de ciclos de cultivares na base de dados.

O Zarc é um instrumento de política agrícola do governo federal que garante suporte às políticas de garantia da atividade agropecuária (Proagro) e seguro rural no Brasil. O estudo, conduzido sob a responsabilidade da Secretaria de Politica Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é executado pela Embrapa com apoio de diversas instituições públicas e privadas. O trabalho é baseado em séries históricas de clima, modelagem de cultivos e simulação de riscos.

O Zarc conta com dados coletados em cerca de quatro mil estações meteorológicas espalhadas pelo País. Por meio de quatro variáveis - município, tipo de solo, cultura e ciclo da planta - o sistema apresenta a época do ano mais indicada para a semeadura e as taxas associadas de risco de perdas - até 20%, 30% e 40%. Para a cultura do trigo, o Zarc vem sendo atualizado todos os anos para acompanhar as melhorias do sistema de simulação de riscos, a ampliação da base de dados, o surgimento de novas áreas e tecnologias de produção, além da necessidade de adesão com as políticas públicas para o setor que são anuais.

No Sul do Brasil, além da geada no espigamento, o excesso hídrico na fase final do ciclo do trigo é causa frequente apontada como sinistro nos pedidos de cobertura do Proagro e do seguro agrícola privado.

"Usamos um indicador de risco de excesso de umidade baseado na quantidade de chuva no final do ciclo para demarcar os períodos de semeadura e os locais onde a ocorrência desse sinistro tem maiores chances de causar problemas no trigo", explica o agrometeorologista da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha.

Para o cultivo de trigo na região tropical, estão sendo atualizadas informações no Zarc para minimizar problemas com deficiência hídrica e temperaturas elevadas. "A indicação de áreas aptas ao cultivo de trigo em sistema de sequeiro nos estados de Mato Grosso e Bahia integra a atualização do Zarc, com o refinamento das regiões para posicionar diferentes ciclos das cultivares que chegaram ao mercado, bem como ampliar os períodos de semeadura na região tropical", explica Gilberto Cunha.

Ele destaca que doenças de difícil controle, como giberela no Sul, e brusone no Centro-Sul do País, merecem atenção especial da assistência técnica e dos produtores rurais para a adoção do manejo preconizado pela Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale que dá sustentação técnica às indicações Zarc.

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