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Empresas & Negócios

- Publicada em 18 de Outubro de 2021 às 03:00

A importância do planejamento financeiro em tempos de crise

Uma pesquisa realizada com 600 pessoas, em todo o Brasil, pela Planejar (Associação Brasileira de Planejamento financeiro) mostrou que 64,6% dos entrevistados dizem fazer planejamento financeiro, principalmente aqueles entre 45 e 59 anos, faixa que atingiu 73,3% de afirmação, e com maior concentração na Região Sul (RS - SC - PR), com 75,1%. Contudo, mais de 50% dos entrevistados, dos que afirmaram fazer planejamento financeiro, dizem buscar ajuda com parentes e amigos. Isso é grave, e explica a explosão de fraudes financeiras (pirâmides) ocorridas neste ano, segundo dados da CVM - Comissão de Valores Mobiliários, autarquia brasileira responsável pela fiscalização de grande parte das alternativas de investimentos para os cidadãos, como fundos, ações e derivativos.

Uma pesquisa realizada com 600 pessoas, em todo o Brasil, pela Planejar (Associação Brasileira de Planejamento financeiro) mostrou que 64,6% dos entrevistados dizem fazer planejamento financeiro, principalmente aqueles entre 45 e 59 anos, faixa que atingiu 73,3% de afirmação, e com maior concentração na Região Sul (RS - SC - PR), com 75,1%. Contudo, mais de 50% dos entrevistados, dos que afirmaram fazer planejamento financeiro, dizem buscar ajuda com parentes e amigos. Isso é grave, e explica a explosão de fraudes financeiras (pirâmides) ocorridas neste ano, segundo dados da CVM - Comissão de Valores Mobiliários, autarquia brasileira responsável pela fiscalização de grande parte das alternativas de investimentos para os cidadãos, como fundos, ações e derivativos.

"Quem planeja tem futuro, quem não planeja tem destino", é o lema que repetimos na Associação diuturnamente, já que acreditamos de fato que o planejamento financeiro transforma a vida das pessoas.

Porém, esta transformação, para ser salutar, exige assessoria qualificada. Não é diferente de um programa de exercícios físicos ou da ajuda de um profissional da saúde, quando precisamos.

A verdade é que quando não nos planejamos, somos atropelados pelos fatos, como foi o caso da pandemia de Covid-19. Assim como na vida, um cenário que poucos consideravam em suas análises, acabou trazendo um impacto gigantesco para as já endividadas famílias brasileiras (pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que 71% das famílias brasileiras estão endividadas).

Apesar dos riscos e duras consequências que outros vírus recentes, como o da Aids ou o Sars, indicaram, relaxamos e não nos preparamos para a Covid-19. Certamente, se tivéssemos nos planejado os impactos seriam menores.

Assim, precisamos entender que a emergência traz ineficiência, exigindo gastos muito superiores àqueles que teríamos caso tivéssemos nos planejado. O planejamento vai criando um círculo virtuoso de boas decisões, suportadas pelo preparo, e muitos cidadãos tomando melhores decisões produzem uma sociedade muito mais eficiente. Credores exigirão menos custos, oferecerão prazos maiores, criando condições para o aumento da capacidade de consumo dos cidadãos e, por consequência, aumento dos empregos. Mais renda, mais consumo, ciclo que produz a tal da "eficiência econômica".

O fato é que podemos aprender pelo amor ou pela dor. Pena que insistimos em aprender pela dor. O Brasil não experimentou dores importantes, como as guerras, que costumam deixar como ensinamento a necessidade de poupar e cuidar melhor dos recursos existentes para enfrentar momentos difíceis. Somos um país pacífico, aberto ao mundo e com terras abençoadas. Quase tudo que plantamos aqui frutifica. Extensão climática boa, abundância de água doce, dentre outros benefícios naturais. A soma dessas características com um viés estatal paternalista e intervencionista (muitas empresas estatais, programas de subsídios, sistema de saúde centralizado e público, etc), com o tempo, acabou por produzir uma cultura assistencialista e de acomodação no país.

O forte crescimento populacional sem contrapartida na geração de riqueza (baixa escolaridade e, por consequência, produtividade) trouxe desafios estruturais. Soma-se a isso a dor oferecida pelo endividamento recente das famílias e a inesperada pandemia, que aprofundou a crise e o desemprego que já enfrentávamos. Esta dor foi sentida e por isso o brasileiro começou a buscar entender melhor sua condição financeira e a se planejar. Estamos certos de que esta é uma demanda que vai aumentar. Não há crédito abundante como antes e as pessoas agora estão precisando organizar suas finanças.

Dessa forma, a pesquisa da Planejar indicou que cresceu o interesse do brasileiro pelo planejamento financeiro, mas, infelizmente, ainda está longe dos níveis de países de primeiro mundo.

Já demos o primeiro passo, que é entender a necessidade. Agora é necessário que haja um esforço conjunto, entre famílias, organizações públicas, empresas privadas, associações, que busque acelerar o processo de educação financeira do Brasil, pois só assim estaremos melhor preparados para as novas crises. E, acredite, elas virão.

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