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RESPONSABILIDADE SOCIAL

- Publicada em 20 de Agosto de 2021 às 17:17

Projeto Mão Amiga oferece bolsas de ensino na Serra

Voluntários e comunidade atendida durante uma das ações do Mão Amiga, que completa 12 anos

Voluntários e comunidade atendida durante uma das ações do Mão Amiga, que completa 12 anos


Mão Amiga/Divulgação/JC
Um problema recorrente quando se fala em educação é o número de alunos por vagas na rede pública de educação infantil. A diferença, mais que um simples indicador, muitas vezes, é um grave problema para pais que querem - e precisam trabalhar -, mas não tem com quem deixar suas crianças. Na região da Serra, uma iniciativa que visa amenizar o problema está prestes a completar 12 anos. É o Mão Amiga, projeto criado em Caxias do Sul pelos Franciscanos Capuchinhos, que cobre metade da mensalidade de crianças, de zero a 4 anos, em situação de vulnerabilidade em escolas particulares.
Um problema recorrente quando se fala em educação é o número de alunos por vagas na rede pública de educação infantil. A diferença, mais que um simples indicador, muitas vezes, é um grave problema para pais que querem - e precisam trabalhar -, mas não tem com quem deixar suas crianças. Na região da Serra, uma iniciativa que visa amenizar o problema está prestes a completar 12 anos. É o Mão Amiga, projeto criado em Caxias do Sul pelos Franciscanos Capuchinhos, que cobre metade da mensalidade de crianças, de zero a 4 anos, em situação de vulnerabilidade em escolas particulares.
À frente da organização, o Frei Jaime Bottega conta que, mensalmente, em torno de 1 mil famílias são beneficiadas tanto na cidade de origem do Mão Amiga quanto em municípios dos arredores que são atingidos pela ação. São contabilizadas famílias porque o projeto não envolve apenas as crianças. Um dos requisitos é que os pais estejam trabalhando para que possam arcar com os outros 50% da mensalidade ou, se não estiverem, busquem recolocação no mercado. "Um dos critérios que usamos é um pouco diferente do que a assistência social no Brasil, às vezes, usa. Os pais que conseguem vagas para seus filhos e não estão empregados têm três meses para conseguir um trabalho e nós auxiliamos eles a voltarem ao mercado, mesmo que informalmente em um primeiro momento", explica.
Além disso, a iniciativa também oferece aos pais formações profissionalizantes para auxiliar no desenvolvimento de competências para o trabalho e realiza o acompanhamento das famílias através de um programa chamado "Crescendo com os filhos". A ideia consiste em palestras multitemáticas - e, atualmente, realizadas de maneira remota - que têm o propósito de reforçar o protagonismo dos pais no desenvolvimento das crianças. "Oferecemos essas ações, sempre pautados pela humanização, para que essas famílias possam oferecer aos seus filhos uma realidade diferente daquelas que eles, talvez, tenham vivenciado", diz Bottega.
A conta da instituição, apenas no que tange às mensalidades escolares gira em torno dos R$150 mil, e a oferta das bolsas de estudo é garantida através de várias fontes. Uma delas são as ações promocionais, realizadas para arrecadação de fundos e movimentadas pelos voluntários, e outra, o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FMDCA), no caso de Caxias do Sul. Junto a 112 escolas, há parcerias que garantem um valor especial para as crianças atendidas pelo projeto e, até mesmo, a permuta de insumos, como de alimentação, recebidos em doações da comunidade. E uma das mais importantes fontes são os padrinhos, nome dado às pessoas que aderem a iniciativa a fim de financiá-la mensal ou anualmente. Hoje, são, em média, 700 padrinhos.
Todos os recursos feitos pelo Mão Amiga são submetidos à prestação de contas, uma postura, segundo Bottega, da qual a instituição não abre mão. "Como Franciscanos Capuchinhos, trabalhamos do nosso jeito. Transparentes. Temos um portal para prestação de contas e todos ficam sabendo qual foi o resultado das nossas ações, quantas crianças foram ajudadas", completa.

Campo de atuação cresceu ao longo do tempo

Criado em setembro de 2009, o Mão Amiga foi um desmembramento das ações sociais que já eram promovidas pelos Capuchinhos na região da Serra. Antes, a ordem religiosa mantinha atuação em diversas frentes, tendo inclusive escolas, mas precisou de readaptar para atender à legislação reformulada à época. Da lacuna que ficou após isso, surgiu o projeto, quase como um novo braço educacional da ordem religiosa. Com o tempo, a iniciativa ganhou a confiança de voluntários e da comunidade.
Atualmente, embora mantenha o auxílio às famílias para acesso à educação infantil como carro-chefe, o projeto cresceu e passou a atuar em várias frentes. Uma delas é a abertura de uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI), que será construída em um prédio cedido pela prefeitura de Caxias do Sul, e poderá abrigar mais de 120 idosos. "Além do Mão Amiga que atende essas crianças, nós temos uma infinidade de projetos sociais. É uma iniciativa de grande porte e pode-se perceber pela dimensão de pessoas envolvidas. São 300 colaboradores de carteira assinada e uma infinidade de voluntários de todas as regiões do Estado, inclusive Porto Alegre", aponta.

Saiba como ajudar

Interessados em ajudar, podem acessar o site do Mão Amiga (maoamigacaxias.org.br). Entre as principais formas de colaboração, é possível realizar doações individuais e espontâneas, de qualquer valor, ou tornar-se um padrinho - que requer o preenchimento de um cadastro e a doação regular de valores.