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Empresas & Negócios

- Publicada em 13 de Agosto de 2021 às 01:03

Saque e Pague começa escalada no mercado internacional

Executivo afirma que o sistema financeiro passa por um momento de transformações

Executivo afirma que o sistema financeiro passa por um momento de transformações


LM7 Foto e vídeo/Divulgação/JC
Patricia Knebel
Todos os meses, circulam na rede da Saque e Pague o equivalente a R$ 4 bilhões, em mais de 5 milhões de transações realizadas nos canais digitais e nos cerca de 2 mil terminais espalhados pelo Brasil. Números que apontam para a pujança conquistada pela companhia gaúcha no mercado nacional e, mais recentemente, também no México e Colômbia. A empresa, que se posiciona como uma plataforma para facilitar e democratizar o acesso das pessoas a soluções financeiras por meio da tecnologia, reúne cerca de 300 colaboradores, liderados por Givanildo Luz, CEO da Saque e Pague. Natural de Frederico Westphalen, ele costuma dizer que fez a jornada tradicional de muitos jovens, de sair do Interior e ir para a capital, Porto Alegre, para estudar. Escolheu a tecnologia como foco de atuação e, depois de 17 anos, recebeu um convite para assumir a área de negócios. "Foi um choque na hora, mas depois de dois meses topei mudar. Assumi o setor comercial de uma empresa e, um ano depois, veio o convite para atuar na Saque e Pague", relembra. Uma virada de chave importante para quem já tinha uma ampla vivência na área técnica. "Foi interessante perceber que eu era mais negócios do que tecnologia. Mas hoje, é tudo uma coisa só", admite. Um dos caminhos escolhidos por ele nessa trajetória foi investir muito em capacitação, especialmente nos conceitos modernos de liderança. Algo que foi potencializado com uma incursão na Harvard University. "Isso me deu uma bagagem absurda e, dali para frente, muita coisa mudou", conta Luz. A própria forma das pessoas se vestirem para trabalhar, antes com terno e gravata, deu lugar para algo mais casual. A empresa se tornou mais portas abertas, e ele ainda mais próximo do time. Durante a pandemia, foi criado o "Diz aí, Giva", um evento semanal onde todos se reúnem virtualmente para conversar sobre os projetos da Saque e Pague. Recentemente, a empresa lançou um novo conceito de relacionamento com os clientes do mundo financeiro e não financeiro. O Espaço Saque e Pague, inaugurado em São Paulo, em agosto, une a oferta de produtos financeiros, café, coworking e espaço para shows e eventos. "Acreditamos muito na colaboração e a ideia é que esse conceito inovador seja escalado para outras cidades e regiões do País. Sou parte de grande time, que faz as coisas acontecerem", orgulha-se.
Todos os meses, circulam na rede da Saque e Pague o equivalente a R$ 4 bilhões, em mais de 5 milhões de transações realizadas nos canais digitais e nos cerca de 2 mil terminais espalhados pelo Brasil. Números que apontam para a pujança conquistada pela companhia gaúcha no mercado nacional e, mais recentemente, também no México e Colômbia. A empresa, que se posiciona como uma plataforma para facilitar e democratizar o acesso das pessoas a soluções financeiras por meio da tecnologia, reúne cerca de 300 colaboradores, liderados por Givanildo Luz, CEO da Saque e Pague. Natural de Frederico Westphalen, ele costuma dizer que fez a jornada tradicional de muitos jovens, de sair do Interior e ir para a capital, Porto Alegre, para estudar. Escolheu a tecnologia como foco de atuação e, depois de 17 anos, recebeu um convite para assumir a área de negócios. "Foi um choque na hora, mas depois de dois meses topei mudar. Assumi o setor comercial de uma empresa e, um ano depois, veio o convite para atuar na Saque e Pague", relembra. Uma virada de chave importante para quem já tinha uma ampla vivência na área técnica. "Foi interessante perceber que eu era mais negócios do que tecnologia. Mas hoje, é tudo uma coisa só", admite. Um dos caminhos escolhidos por ele nessa trajetória foi investir muito em capacitação, especialmente nos conceitos modernos de liderança. Algo que foi potencializado com uma incursão na Harvard University. "Isso me deu uma bagagem absurda e, dali para frente, muita coisa mudou", conta Luz. A própria forma das pessoas se vestirem para trabalhar, antes com terno e gravata, deu lugar para algo mais casual. A empresa se tornou mais portas abertas, e ele ainda mais próximo do time. Durante a pandemia, foi criado o "Diz aí, Giva", um evento semanal onde todos se reúnem virtualmente para conversar sobre os projetos da Saque e Pague. Recentemente, a empresa lançou um novo conceito de relacionamento com os clientes do mundo financeiro e não financeiro. O Espaço Saque e Pague, inaugurado em São Paulo, em agosto, une a oferta de produtos financeiros, café, coworking e espaço para shows e eventos. "Acreditamos muito na colaboração e a ideia é que esse conceito inovador seja escalado para outras cidades e regiões do País. Sou parte de grande time, que faz as coisas acontecerem", orgulha-se.
Empresas & Negócios - O sistema financeiro está em um processo de disrupção acelerado. A chegada do Pix e do open banking preocupa?
Givanildo da Luz - Enxergamos sempre o copo meio cheio. Existem duas grandes transformações acontecendo no sistema financeiro. Uma delas é o Pix, que está tendo uma adoção grande e, inclusive, já ultrapassou o uso de DOC e TED. Com isso, deve 'comer' uma fatia de participação dos players, por ser um novo meio de pagamento. Claro que nos traz uma eventual redução do volume, mas que deve se concentrar no cartão de crédito e dinheiro físico. Acredito que o Pix vai representar uma transformação positiva para nós. Pode cair volume, mas por outro lado devemos ter outros modelos de negócios podendo ser gerados por essa novidade, na medida em que a plataforma integra todo sistema financeiro. Quando falamos do open banking, ainda tem uma interrogação sobre quais modelos de negócios serão mais afetados.
E&N - Além dos desafios tecnológicos, ainda estamos em meio a uma pandemia. Como tem sido essa caminhada desde 2020?
Luz - Esses últimos dois anos foram muito desafiadores para as empresas, e não podemos nos eximir desse fato de que a pandemia fez o mercado retrair. Tomamos uma série de medidas na empresa, sempre preservando as pessoas. No início seguramos um pouco, mas logo depois, em maio e junho de 2020, já retomamos todos os investimentos, pois sabíamos que esse tempo perdido não seria recuperado. O ano terminou com crescimento do quadro de colaboradores e com os investimentos mantidos. A operação cresceu 25%, índice importante já que nesse mesmo período muitas empresas encolheram.
E&N - Já dá para respirar melhor, com o cenário atual?
Luz - Descobrimos boas oportunidades que nos fazem projetar um 2022 mais consistente. Este ano, queremos crescer cerca de 30% a 35%. Isso já aponta uma retomada do consumo e dos clientes usando a nossa rede. Claro que a gente esperava que a vacinação avançasse mais rápido do que está sendo, mas é muito bom ver o mercado reagindo. Acreditamos muito que em 2022 tenhamos um cenário muito diferente de avanço de vacinação, um controle maior e melhor da pandemia, o que vai nos permitir crescer ainda mais.
E&N - Como esse otimismo deve se refletir nos investimentos da empresa em 2022?
Luz - Devemos fechar 2021 com investimentos de R$ 60 milhões, direcionados, especialmente, no crescimento de rede, inovação e em projetos para otimização da nossa operação. A perspectiva é alcançar R$ 200 milhões de faturamento. No México, devemos chegar nesse primeiro ano de operação com faturamento entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões. Em 2022, a perspectiva é investir entre R$ 65 milhões e R$ 70 milhões no Brasil, e mais R$ 100 milhões no México e Colômbia juntos. Mas, isso é apenas uma projeção, pois não fechamos os números.
E&N - Como está avançando a internacionalização da Saque e Pague?
Luz - Estamos presentes hoje no Brasil, México e Colômbia. Estamos aprendendo ainda, pois, apesar de estarmos na mesma região, são culturas diferentes, o que exige o desafio de entendimento das peculiaridades. No futuro, depois de consolidar esses mercados, vamos olhar para outros países, até porque criamos algo que resolve uma dor dos nossos clientes, e acreditamos que essa dor não esta só no Brasil. Queremos transformar a relação das pessoas com o sistema financeiro, dando maior e melhor acesso a elas do que o modelo atual. Essa é a nossa visão. E isso não se restringe só ao Brasil, pois vemos as mesmas discrepâncias na Colômbia e no México, então, queremos criar soluções aqui que atendam esses mercados, para a gente poder escalar.
E&N - Onde está o grande valor do portfólio de soluções da empresa?
Luz - Um dos grandes valores está em transformar o dinheiro físico em digital. Com isso, endereçamos uma série de soluções, como a de reduzir as dores do varejo, que são o risco, custo e controle do dinheiro em papel. Já no caso dos bancos e das fintechs, facilitamos o dia a dia deles, oferecendo um canal de acesso para os seus clientes, pois até mesmo os bancos com operação 100% digital precisam da conexão com o mundo físico. Neste sentido, lançamos recentemente o nosso QR Saque, que usa a plataforma Pix, e pelo qual conseguimos atingir 100% da população bancarizada. Qualquer cliente de banco pode acessar nossos canais usando o Pix. E o terceiro grande valor é criar um ecossistema em pontos de venda (não chamamos de ATM nossa rede), pois oferecemos muitos serviços ali. O ponto físico segue sendo importante, mas no nosso caso queremos agregar outros produtos, como venda de microcrédito e seguros, por exemplo.
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