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sustentabilidade

- Publicada em 19 de Julho de 2021 às 03:00

Volks prevê vendas de até 2 mil caminhões elétricos por ano

Ambev, Coca-Cola Femsa e JBS são as grandes corporações que apostam no veículo e fortalecem agenda ambiental

Ambev, Coca-Cola Femsa e JBS são as grandes corporações que apostam no veículo e fortalecem agenda ambiental


/Volkswagen/Divulgação/JC
Pela menor dependência de uma rede de postos de recarga nacional, a Volkswagen Caminhões e Ônibus optou por abrir pelo segmento urbano, onde as distâncias entre o ponto de partida e o ponto de entrega são menores, a sua investida na eletrificação de veículos comerciais. A expectativa da montadora é, num primeiro estágio de introdução da tecnologia, vender entre mil e 2 mil caminhões elétricos por ano.
Pela menor dependência de uma rede de postos de recarga nacional, a Volkswagen Caminhões e Ônibus optou por abrir pelo segmento urbano, onde as distâncias entre o ponto de partida e o ponto de entrega são menores, a sua investida na eletrificação de veículos comerciais. A expectativa da montadora é, num primeiro estágio de introdução da tecnologia, vender entre mil e 2 mil caminhões elétricos por ano.
As vendas nas concessionárias foram abertas na semana passada. Mas o e-Delivery, como foi batizada a linha dos primeiros caminhões 100% elétricos montados no Brasil, já nasce com intenção de compras de 1,6 mil unidades pela Ambev até 2025, junto com encomendas feitas por Coca-Cola Femsa (20 veículos) e JBS (uma unidade), além de outras 58 empresas interessadas em introduzir veículos de carga movidos a energia elétrica em suas frotas.
"O desejo das empresas de zerar emissões no transporte, com a agenda ambiental pautando cada vez mais os negócios, será importante para que a produção, que começará baixa, ganhe escala e, assim, o preço da tecnologia se torne mais competitivo", comenta o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes. "No curto prazo, podemos vender de mil a 2 mil unidades por ano. Já no ano que vem, ficaremos satisfeitos se vender mil. É cedo para imaginar volumes mais altos. De qualquer forma, a fábrica está preparada para dar vazão aos pedidos", acrescenta o executivo.
Ainda que o valor possa variar de acordo com a configuração do veículo, um preço de referência seria algo ao redor de R$ 750 mil, duas vezes e meio mais caro do que um caminhão equivalente movido a diesel. O argumento da montadora para convencer transportadoras a investir no e-Delivery é de que a economia de combustível "paga" em cinco anos a diferença de preço, explicada, principalmente, pelo custo da bateria importada da China.
Na avaliação de Cortes, a tecnologia de propulsão elétrica pode, em cinco anos, chegar perto de um terço da produção da linha urbana, dado que o segmento, de onde sai praticamente um em cada cinco caminhões vendidos no Brasil, depende menos de uma infraestrutura nacional de recarga das baterias. "No veículo urbano, a transportadora carrega à noite para distribuir de dia. A tendência é ter procura grande e, por isso, estamos investindo no urbano. Quando se fala em longa distância, a história é outra."
Os caminhões elétricos que estão sendo produzidos na fábrica de Resende, no sul do Rio de Janeiro, transportam, a depender do modelo, até 6 toneladas e 9 toneladas de carga de mercadorias, sendo capazes de rodar 250 quilômetros sem necessidade de recarregar a bateria.
 

Coca-Cola deixará de emitir 12,6 toneladas de dióxido de carbono/ano

A aquisição das unidades do modelo de 14 toneladas pela Coca-Cola Femsa vem ao encontro da estratégia de mobilidade sustentável da companhia, que tem por objetivo reduzir o impacto da distribuição de bebidas no meio ambiente. "Nosso objetivo é sermos líderes em mobilidade sustentável, gerando uma redução significativa na emissão de poluentes. Essa iniciativa se soma a outras ações de eficiência e tecnologia já adotadas ao longo dos últimos anos em nossas operações", ratifica Ian Craig, CEO da companhia no Brasil, acrescentando que os novos veículos vão entrar em operação até o fim deste ano.
Com autonomia média de 100 quilômetros, os caminhões - que vão operar na cidade de São Paulo, nos centros de distribuição de Jurubatuba, Macro CD, Ipiranga e ABC -, farão com que a Coca-Cola Femsa Brasil deixe de emitir 12,6 toneladas de dióxido de carbono ao ano, impacto equivalente ao plantio de 2.232 árvores.
Entre as metas de sustentabilidade da companhia estão a redução de 28% nas emissões de gases do efeito estufa até 2030 (em relação a 2015). "Nosso objetivo é gerar valor ambiental para os nossos stakeholders e as comunidades que atendemos, considerando ações para minimizar e mitigar os impactos em toda a cadeia de valor: de fornecedores a clientes e consumidores", completa o CEO da Coca-Cola Femsa Brasil, que atende 88 milhões de consumidores em 49% do território brasileiro.