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Empresas & Negócios

- Publicada em 11 de Junho de 2021 às 18:10

Mercado de commodities agrícolas pode ser balizador

Para ter as contas enxutas, é preciso produzir o próprio alimento do rebanho

Para ter as contas enxutas, é preciso produzir o próprio alimento do rebanho


/Marcos Tang/Divulgação/JC
O valor de referência mais recente para o leite, projetado para maio com base nos primeiros 10 dias do mês, é de R$ 1,52 no Rio Grande do Sul. O indicador foi divulgado no dia 25 passado, durante reunião virtual do Conseleite (Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul) e já foi calculado com base nos novos parâmetros de custo aprovados pela Câmara Técnica.

O valor de referência mais recente para o leite, projetado para maio com base nos primeiros 10 dias do mês, é de R$ 1,52 no Rio Grande do Sul. O indicador foi divulgado no dia 25 passado, durante reunião virtual do Conseleite (Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul) e já foi calculado com base nos novos parâmetros de custo aprovados pela Câmara Técnica.

O professor da Universidade de Passo Fundo Marco Antonio Montoya explica que o preço de referência é praticado desde 2006. Foi pensado porque os produtos agrícolas, especialmente leite e carne, pertencem ao que se denomina "mercados imperfeitos". Isso ocorre em razão do oligopólio das indústrias (frigoríficos, fábricas de laticínios). Ou seja, poucas indústrias e muitos volumes processados. Nesses casos, por óbvio, a lei da oferta e da demanda, que tende a reger o mercado, acaba não sendo o balizador mais justo.

Ao longo da história, comenta Montoya, surgiram várias técnicas para contemplar a formação ou regulação de preços. Nos últimos anos, emergiu a ideia do preço de referência. "Cria-se um conselho entre produtores e indústria, com igual número de votos. Este conselho paritário se reúne para minimizar as desconfianças na formação dos preços", explica.

A universidade e Montoya fazem o cálculo, com base no custo de produção para todo o Rio Grande do Sul. Segundo Montoya, ninguém é obrigado a segui-lo, mas é algo que baliza. "Melhor assim do que no grito. E, no fundo, quem dá a fé pública é a universidade, pois ela não tem interesse em beneficiar a indústria ou aos produtores, tem interesse, sim, em beneficiar a cadeia com um todo", resume.

Ele revela que os dados são sigilosos, pois envolvem acesso aos custos de produção das indústrias. Há ainda um contrato com cláusulas de responsabilidade. "Fazemos isso. Pegamos as negociações dos primeiros 10 dias de cada mês, para fazer a previsão, e depois o fechamento do mês, para o resultado consolidado", explica.

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