ONG Movimento Escola da Vida pede ajuda para ações de aniversário

Fundada por Denise Miceli em junho de 2003, a ONG Movimento Escola da Vida está chegando ao seu aniversário de 18 anos. Para conseguir realizar todas as ações planejadas para a comemoração, a organização sem fins lucrativos localizada no bairro Santa Tereza, em Porto Alegre, está precisando de doações.

Uma das ações da programação de aniversário, a campanha Quilos de Amor, está ocorrendo em parceria com a ONG Juntos Somos Mais Fortes, que realiza a distribuição de marmitas e cestas básicas. A ação consiste na arrecadação de alimentos não perecíveis, que serão doados para as famílias assistidas pela Escola da Vida e para moradores de comunidades carentes da capital.

Outro dos planos para a comemoração do aniversário é a preparação de um bolo gigante, que terá suas fatias distribuídas para as pessoas que passarem pela escola no dia 4 de junho, data do aniversário da organização. Doações de ingredientes estão sendo arrecadadas e serão repassadas aos voluntários responsáveis por fazer o bolo, que terá cerca de dois metros de comprimento.

Para o aniversário também está programada a revitalização da fachada da ONG. O artista Deivid Bizer, que trabalha com grafite, fará a pintura de forma voluntária, presenteando a Escola da Vida com a mão de obra. Em razão disso, estão sendo arrecadados materiais como tintas e sprays.

Também como parte da celebração, no último dia 8 de maio foi realizado o Brechó Solidário, com a venda de peças de roupas por preços que iniciavam em R$ 1,00. De acordo com a coordenadora pedagógica da Escola da Vida, Andréa La Porta Moraes, o evento contou com o trabalho de 12 voluntários, teve verificação de temperatura, distanciamento social e álcool gel, e registrou movimento constante ao longo de sua duração. O brechó, considerado por Andréa o melhor já feito pela ONG, encerrou o dia somando mais de R$ 1,6 mil em vendas. "Foi maravilhoso", comenta.

Campanha permanente na Escola da Vida, a arrecadação de tampinhas de plástico também foi impactada pelo aniversário. Em razão dele está sendo feito um desafio junto às famílias atendidas pela ONG. As tampinhas arrecadadas são entregues ao programa Tampinha Legal e revertem em recursos financeiros para a organização. O objetivo agora é juntar 180 quilos de tampas até o dia 4 de junho.

Nesta segunda-feira (17), será iniciada uma contagem regressiva para o aniversário, através das redes sociais da ONG, com a publicação de vídeos de curta duração. Neles, pessoas que fizeram parte da história da organização dão depoimentos e listam motivos para outras pessoas conhecerem a Escola da Vida.

Operando na capacidade máxima, a ONG funciona como uma escola de educação infantil e trabalha com 84 crianças entre 2 e 6 anos, que se dividem em dois turnos. Andréa explica que, por conta da pandemia, as crianças estão sendo atendidas em grupos, sendo um pela manhã e outro à tarde, conforme a escolha das famílias com base no turno que atenda melhor suas necessidades.

Em tempos normais, antes da pandemia do novo coronavírus, as crianças chegavam às 7h30 e iam embora às 17h30. "A gente acha complicado atender meio turno porque não contempla as necessidades das famílias, mas infelizmente é o que a gente pode fazer neste momento", lamenta a coordenadora pedagógica.

Andréa relembra que a escola esteve fechada durante parte do ano passado e que em fevereiro deste ano precisou fechar novamente. O retorno das crianças às atividades só ocorreu na primeira semana de maio.

Em razão deste atendimento em meio turno, Andréa afirma que algumas crianças não retornaram à Escola da Vida. Parte delas, porque os pais preferem se organizar para que fiquem com alguém que cuide o dia inteiro, e outras por receio quanto ao vírus. As crianças que não retornaram seguem com a vaga garantida para quando o atendimento estiver normalizado.

Atualmente a Escola da Vida conta com 14 funcionários, que possuem vínculo empregatício com a instituição por meio de carteira assinada. No local, as crianças trabalham com projetos pedagógicos junto às professoras, que são formadas em magistério ou pedagogia. Além disso, o jardim de infância tem aulas de capoeira com um voluntário, o único a desenvolver oficinas.

Em razão disso, a organização procura por outros voluntários que possam desenvolver atividades, como aulas de dança e línguas. "Se a gente pudesse ter outras pessoas que viessem desenvolver atividades com as crianças, seria muito legal", afirma a coordenadora pedagógica.

Para os próximos anos, a ONG Movimento Escola da Vida sonha com a construção de um piso superior na escola, aumentando o espaço e qualificando o atendimento às crianças. "Acredito que podemos fazer muito mais por esta comunidade", conclui Andréa.