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Empresas & Negócios

- Publicada em 03 de Maio de 2021 às 03:00

Desafios empresariais na pandemia

Haubert diz que gestores estão enfrentando árduos desafios em uma luta diária

Haubert diz que gestores estão enfrentando árduos desafios em uma luta diária


VINICIUS RORATTO/DIVULGAÇÃO/JC
CEO da Exatron
CEO da Exatron
O advento da pandemia do Coronavírus imputou uma súbita guinada na vida de todos nós, impactando principalmente as áreas da saúde, emprego e renda, formando um tsunami devastador em diversos setores da economia. Nada parecido essa geração havia vivenciado.
O caos foi milimetricamente instaurado, com muitas perguntas sem respostas, uma divisão exacerbada em que as opiniões contrárias eram digladiadas em um ringue ideológico e político: o cientificismo contrapondo as alternativas para o tratamento inicial da doença, o lockdown e a abertura indiscriminada, o fique em casa e a irresponsabilidade de muitos descumprindo as regras básicas de proteção para evitar a disseminação da doença. Um ano se passou e parece que estamos andando em círculos, e o que é pior, repetindo os mesmos erros. Isso em pleno século XXI. Somos o resultado das nossas crenças, cultura, valores e experiências. A bem da verdade, o ser humano involuiu.
Diante do caos instaurado, os gestores estão enfrentando árduos desafios em uma luta diária para preservar a saúde dos colaboradores e familiares, o negócio, o emprego e a renda, para que a economia como um todo não entre em colapso.
Lembro que em uma das primeiras reuniões do comitê da Covid-19 instaurado na empresa muitas perguntas sem respostas pairavam no ar, e uma delas era repetida sistematicamente: como será amanhã? No ímpeto de procurar descontrair disse brincando: "será pior do que hoje" (justo eu um otimista incorrigível). Dito e feito, cada dia e semana que passavam não víamos avanços, mas sim retrocessos. Na época, estava lendo o livro “Como evitar preocupações e começar a viver”, de Dale Carnegie, em que uma das premissas para a solução de um problema é “prepare-se para o pior”, pois assim fica mais fácil traçar as alternativas possíveis para resolvê-lo.
Nas constantes reuniões, juntamente com os gestores, traçamos as estratégias, os planos e as ações para conviver com o problema e mitigar os efeitos maléficos. Março e abril foram dois meses de baixo faturamento, mas a partir de maio o mercado começou a reagir em uma trajetória acentuada, traçando uma curva de retomada em "V", resultando em 18% de crescimento nominal no fechamento do ano. Como chegamos a esse resultado? Enquanto muitos concorrentes e importadores estavam envoltos com as restrições do abre e fecha e a consequente desaceleração da produção e consumo, além da falta e aumentos exorbitantes dos preços dos insumos, nós executamos nosso plano estratégico e tático e conseguimos contornar esses problemas.
O ano de 2021 se inicia e o cenário pandêmico se acentua com a nova variante do “bicho” e o relaxamento festivo por parte das pessoas. Recorri ao livro e reli o capítulo referente ao “prepare-se para o pior”. Nesse momento, o questionamento foi: mas o pior já não tinha passado? Pois é, reveses fazem parte do dia a dia dos empreendedores, dos gestores e líderes, convivendo diariamente com infinitos desafios que se estendem nas mais diversas áreas da empresa, como tributária, fiscal, trabalhista, jurídica, financeira, suprimentos, mercado, concorrencial, política e o principal de tudo isso as “pessoas”. Como manter o time coeso mediante o abalo resultado da pandemia? A psique de cada um responde de forma diferente, mas uma coisa é certa: esse passivo teremos que tratar nos anos que se seguem.
Sendo um otimista incorrigível, finalizo com o mantra: respire, inspire e não pire.
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