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Empresas & Negócios

- Publicada em 10 de Abril de 2021 às 10:00

Rabusch reposiciona peças de vestuário para atender novo perfil de consumo

Executivo destaca que foi necessário oferecer produtos menos formais para se adaptar às mudanças trazidas pela pandemia

Executivo destaca que foi necessário oferecer produtos menos formais para se adaptar às mudanças trazidas pela pandemia


MARCO QUINTANA/arquivo/JC
João Pedro Rodrigues
Reposicionamento e adaptação são palavras que podem definir a atuação da marca gaúcha de vestuário feminino Rabusch durante a pandemia de Covid-19. Criada há 35 anos pelo casal Alcides Debus e Loiva Debus, a empresa, que tem como foco o lado corporativo da mulher, sentiu a necessidade de migrar da alfaiataria para um estilo mais adequado à nova realidade, em que os encontros são quase que exclusivamente virtuais, oferecendo uma variedade maior de produtos, como a sua nova linha fitness Join, que procura unir conforto e estilo ao dia-a-dia da consumidora.
Reposicionamento e adaptação são palavras que podem definir a atuação da marca gaúcha de vestuário feminino Rabusch durante a pandemia de Covid-19. Criada há 35 anos pelo casal Alcides Debus e Loiva Debus, a empresa, que tem como foco o lado corporativo da mulher, sentiu a necessidade de migrar da alfaiataria para um estilo mais adequado à nova realidade, em que os encontros são quase que exclusivamente virtuais, oferecendo uma variedade maior de produtos, como a sua nova linha fitness Join, que procura unir conforto e estilo ao dia-a-dia da consumidora.
Buscando manter um contato próximo às suas clientes, a Rabusch, assim que o isolamento social começou, rapidamente desenvolveu um e-commerce próprio com entrega para todo o Brasil. Mesmo não tendo sido o suficiente para recuperar a sua receita de 2019, a performance da loja virtual superou as expectativas: até novembro do último ano, a marca registrou um crescimento de 400% nas vendas. A plataforma permite à consumidora contatar uma consultora de moda para tirar todas as suas dúvidas sobre o produto desejado, como tipo de tecido, tamanho, formas de combinar peças, entre outros.
Devido ao bom desempenho, a Rabusch conseguiu dar seguimento ao seu plano de expansão, iniciado em 2019, com a abertura de lojas de rua em bairros estratégicos de Porto Alegre. Assim, em 2020, foram inaugurados três novos pontos de venda na Capital gaúcha, nos bairros Moinhos de Vento, Rio Branco e Menino Deus. Hoje, são 27 lojas próprias e 4 franquias, sendo uma delas em Natal, no Rio Grande do Norte, além de estar presente em lojas multimarcas de todo o País.
Empresas & Negócios - Quais são os grandes desafios enfrentados pela Rabusch durante a pandemia?
Alcides Debus - A moda feminina muda muito. Então, o grande desafio é garantir a confiança, o otimismo, e sempre estar acompanhando a jornada da nossa cliente. Focamos muitos anos no lado corporativo, mas, desde 2019, nós identificamos que as estruturas nos escritórios não são mais tão rígidas, e agora também há maior volume de trabalho em home office. Isso mexeu muito com o guarda-roupa da consumidora, e nós procuramos nos adaptar e estar mais próximos dela. Nós migramos para o mundo da tecnologia, da inovação e das novas formas de manter um relacionamento com ela. É uma troca mais rica de informação, de orientação, de assessoramento.
E&N - Como fazer para continuar vendendo roupas nessa nova realidade?
Debus - Estamos adaptando os nossos produtos, vendendo um estilo menos formal de escritório. Esse foi outro desafio. Tivemos que treinar a equipe, discutir muito, ir em lojas, trocar materiais para ter produtos com mais conforto, que dão menos trabalho para a manutenção e que possam estar sempre inteiros, priorizando, é claro, as partes de cima do vestuário, que são as que aparecem nas reuniões online.
E&N - Como foi o processo de entrada no e-commerce?
Debus - Foi um trabalho em que nós tivemos que realmente estudar um novo negócio de estrutura interna. Foram criados espaços físicos para cerca de 1,2 mil SKUs (Stock Keeping Unit, em português Unidade de Manutenção de Estoque) de produtos codificados para que se tenha celeridade na hora de separar e empacotar sem que haja erros. É um processo quase industrial. Nós monitoramos tudo isso, e o site vai vendendo. Tivemos que treinar nossas equipes para fazer esse trabalho todo com velocidade. Hoje, também, trabalhamos com três parceiros diferentes na área de logística e transporte, que inclui transportadora, correios e empresas de motoboy que fazem entrega na grande Porto Alegre.
E&N - Como a nova plataforma facilita o atendimento?
Debus - Nós usamos o aplicativo Neomode, que possui ferramentas de CRM (Customer Relationship Management, em português Gestão de Relacionamento com o Cliente) que segmentam as clientes a partir de sua jornada de consumo. Temos uma base de dados de 14 anos que possui o histórico das clientes. Assim, identificamos quais são os hábitos e procuramos, através da plataforma, ter uma comunicação com elas, sendo assertivo na propositura de soluções. Eu consigo garantir um atendimento muito próximo do interesse e do histórico da jornada de consumo dessa cliente. Isso tem funcionado muito bem, mas só tem servido para o Rio Grande do Sul.
E&N - Há ideia de serviços de atendimento para fora do Estado?
Debus - Nós fizemos um site B2B (business-to-business, denominação do comércio estabelecido entre empresas) para lojistas. Já fornecíamos esse tipo de serviço, mas agora conseguimos desenvolver o site para o interior do Estado e para outros estados. Estamos trabalhando, também, para entrar em outras plataformas desse tipo, que abrigam várias marcas. Nós estamos presentes, por exemplo, na plataforma Houpa, de São Paulo, e já estamos fazendo venda para lojistas de várias regiões do Brasil.
E&N - Há intenção de dar continuidade ao plano de expansão da marca?
Debus - À princípio, paramos com a expansão física, porque a pandemia mudou muito o comportamento de consumo. Não sabemos o que vai acontecer. Estamos reforçando o relacionamento através de sistemas de automação em formas diferentes de venda, mas eu não posso, hoje, pensar em mais lojas físicas imaginando incremento de vendas. Botamos o pé no freio nessa expansão física e estamos sem previsão de dar continuidade por enquanto.
E&N - Quais são as expectativas da Rabusch para 2021?
Debus - Esperamos continuar inovando e desenvolvendo um produto cada vez melhor. Nós queremos e temos condições de surpreender a consumidora, porque estamos bastante focados no desenvolvimento de novas coleções e novos produtos. Todas as semanas, estão chegando produtos novos. Como temos fábrica própria, a equipe não parou, e nós continuamos investindo em desenvolvimento, pesquisando bastante e apresentando novidades todas as semanas. Isso tem nos deixado em evidência.
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