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Empresas & Negócios

- Publicada em 29 de Março de 2021 às 03:00

Noblesse comemora um ano de retomada no mercado gaúcho

Executivo revela que a empresa prepara a abertura de sua segunda operação em Porto Alegre, na rua Casemiro de Abreu, onde já teve a sua sede

Executivo revela que a empresa prepara a abertura de sua segunda operação em Porto Alegre, na rua Casemiro de Abreu, onde já teve a sua sede


/Divulgação/AWA Films
João Pedro Rodrigues
Fundada em 1996, a Noblesse viveu um grande período de sucesso no mercado imobiliário gaúcho. A empresa, que começou a exercer a sua atividade com pouco mais de 10 colaboradores, conseguiu ganhar o seu espaço ao longo dos anos e chegou a ser uma das líderes do segmento, com um total de 5 lojas e cerca de 200 corretores.
Fundada em 1996, a Noblesse viveu um grande período de sucesso no mercado imobiliário gaúcho. A empresa, que começou a exercer a sua atividade com pouco mais de 10 colaboradores, conseguiu ganhar o seu espaço ao longo dos anos e chegou a ser uma das líderes do segmento, com um total de 5 lojas e cerca de 200 corretores.
Em 2007, no entanto, a empresa foi vendida pelo empresário Eduardo Sukienik para a Brasil Brokers, que, a partir de então, passou a administrar os negócios da marca. Anos depois, com a saída do grupo carioca do Estado, no entanto, Sukienik recomprou os direitos sobre a Noblesse, antecipando o bom momento que o mercado imobiliário iria vivenciar nos próximos anos.
Assim, a Noblesse retomou a sua atuação na Capital em março de 2020, tendo Eduardo Sukienik como o seu novo CEO. Agora, no mês em que completa um ano de sua retomada no mercado gaúcho, prepara a abertura de sua segunda operação em Porto Alegre, na rua Casemiro de Abreu, mesmo endereço onde foi a sede da empresa de 2000 a 2015.
Empresas & Negócios - Como foi o primeiro ano de atividades pós-retorno?
Eduardo Sukienik - Confesso que eu levei muito medo, até porque nós acabamos fazendo um investimento em estrutura, em máquinas, em tecnologia e em tempo. No primeiro e no segundo mês da pandemia, todo mundo estava muito recolhido. Mas, ao contrário de outros mercados que reduziram, o mercado imobiliário acelerou muito. A partir de agosto, nós começamos a ter um volume de vendas acima das metas. Vendemos muito.
E&N - A que se deve isso?
Sukienik - São vários motivos, mas eu vou focar em dois. Primeiro, porque, devido à pandemia, o imóvel de moradia ganhou muito mais protagonismo na vida das pessoas. Elas passaram a ficar mais tempo em casa e a valorizar mais o seu imóvel. Então, nós acabamos vivenciando um desejo maior por apartamentos e casas maiores, com mais áreas verdes e mais áreas livres. Essa percepção fez com que o mercado realmente acelerasse. A segunda questão é de ordem financeira. A redução da taxa de juros foi ponto determinante para este aquecimento do mercado. Isso acabou gerando muita liquidez no mercado e muito endereçamento de capitais para o mercado imobiliário, para investimento e para locação. Por causa desse otimismo, eu já estou abrindo a segunda operação da Noblesse.
E&N - Quais foram os maiores desafios?
Sukienik - Eu tenho experiência de muitos anos como dono de imobiliária, mas montar uma empresa do zero é bem complexo, até porque eu readquiri apenas o nome Noblesse. Então, tive que estabelecer os processos, contratar um bom time de corretores e montar uma carteira selecionada de imóveis. Hoje, temos mais de 1,5 mil imóveis, mas eu comecei com nenhum. O imóvel é agenciado em uma relação do corretor com o proprietário, uma relação quase pessoal. O corretor tem que ir visitar e tirar fotos. Então, nós conseguimos montar uma carteira bem grande dessa forma, além de toda a parte de tecnologia, de estratégias de marketing, de redes sociais. Foram grandes desafios que tivemos, mas conseguimos, de uma forma muito rápida, montar uma imobiliária bem robusta, com muita tecnologia e muita inovação.
E&N - O fato da marca Noblesse já ser conhecida contribuiu com esta retomada?
Sukienik - Seguramente. Ele abria portas. Quando perguntávamos se as pessoas gostariam de deixar o seu imóvel à venda com nossa imobiliária, elas diziam: "A Noblesse está voltando? Que legal". Então, é uma marca muito querida pelos gaúchos, uma marca que teve muito investimento em cima, uma marca que, durante 20 anos, fez parte do dia-a-dia do mercado imobiliário gaúcho. O pessoal não esqueceu. Foi até por isso que eu investi em nela, porque antes eu estava pensando em reabrir com outro nome, mas, como surgiu essa oportunidade, eu sabia que a aquisição da marca iria encurtar caminhos, o que de fato aconteceu, até mesmo para corretores. Alguns que trabalhavam comigo há cerca de 10 anos voltaram. A minha diretora geral de vendas é uma ex- colaboradora da Noblesse. Foi uma boa sacada.
E&N - O que a marca trouxe de novo para o mercado nessa retomada?
Sukienik - Nós temos aqui um processo chamado de MQL (Marketing Qualified Leads), em que nós temos um contact center que faz uma análise de atendimento dos clientes antes de passar para a equipe comercial. Então, são funcionários que recebem o primeiro contato do cliente, fazem a primeira entrevista e passam para o corretor somente aqueles que estão realmente interessados, chamados de hot leads, com informações prévias de renda, de foco, de valor de investimento, de bairros preferidos e peculiaridades. Isso encurta muito o trabalho do corretor, porque ele já recebe o cliente com todo um perfil desenhado, e é feito por ferramentas de tecnologia. Isso nos traz agilidade. Hoje, conseguimos dar um retorno em até 10 minutos. A ideia é, justamente, ter mais eficiência.
E&N - O mercado ainda se apresenta favorável neste início de 2021?
Sukienik - Sim, continua muito favorável pelos mesmos motivos do ano passado. A nossa co-irmã, a TW Group, atende muito as incorporadoras e ela fez todo o marketing de um lançamento de terrenos em um condomínio fechado em Xangri-lá. Todos os 240 terrenos foram vendidos em 57 minutos. Foi um case de sucesso agora em janeiro, e isso nos dá um termômetro do que vai ser o mercado imobiliário este ano.
E&N - Quais são os próximos planos da Noblesse?
Sukienik - Nós estamos estudando o mercado. Florianópolis é uma cidade que estamos olhando, principalmente o Sul da ilha. É um lugar que cresce muito. E estamos atentos em uma expansão dentro do conceito de bairros nobres de Porto Alegre. Temos a ideia de ter mais uma loja no coração do Moinhos de Vento e estamos elaborando um modelo diferente de franquias para outras regiões da Capital, com o fornecimento de campanhas de marketing e com uma participação societária na franquia. É uma estrutura diferente que está em período de elaboração. Existem profissionais interessados, mas nós não temos o modelo fechado. Por isso, não avançamos.
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