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Empresas & Negócios

- Publicada em 07 de Dezembro de 2020 às 03:00

Adoção de cartinhas dos Correios também passa para a internet

Presença garantida nos shopping-centers nesta época, neste ano o Papai Noel irá receber os pedidos via chamadas de WhatsApp e terá drive-thru para fazer fotos com as crianças

Presença garantida nos shopping-centers nesta época, neste ano o Papai Noel irá receber os pedidos via chamadas de WhatsApp e terá drive-thru para fazer fotos com as crianças


/freepik/divulgação/jc
O Papai Noel está atento e cumprindo à risca os protocolos estabelecidos para conter o avanço da pandemia. Mas nem por isso ele vai deixar de trabalhar. Bem pelo contrário. O esforço será redobrado para atender aos pedidos da criançada de forma virtual e levar um pouco de alento aos empresários do varejo. A esperança é que os consumidores mantenham a tradição de presentear no Natal, mesmo de uma maneira diferente - mas que vem sendo assimilada ao longo dos últimos meses em função do distanciamento social.
O Papai Noel está atento e cumprindo à risca os protocolos estabelecidos para conter o avanço da pandemia. Mas nem por isso ele vai deixar de trabalhar. Bem pelo contrário. O esforço será redobrado para atender aos pedidos da criançada de forma virtual e levar um pouco de alento aos empresários do varejo. A esperança é que os consumidores mantenham a tradição de presentear no Natal, mesmo de uma maneira diferente - mas que vem sendo assimilada ao longo dos últimos meses em função do distanciamento social.
Pouco a pouco, os sinais de recuperação começam a surgir. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é um exemplo. O indicador avançou 0,8% em novembro ante outubro, para 69,8 pontos, no maior patamar desde maio, auge da crise causada pelo novo coronavírus. Foi o terceiro aumento seguido do ICF, segundo a entidade.
Apesar da recuperação com as altas recentes, o ICF ainda registrou o pior nível para os meses de novembro desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. Em relação a novembro de 2019, o ICF teve um tombo de 26,7%, na oitava retração consecutiva nesta base comparativa. A ICF está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015.
Por isso, o Natal deste ano pode ter desempenho insuficiente para alavancar a retomada do comércio ao longo de 2021. Apesar de ser a principal data para o setor, incertezas em relação à pandemia e sobre como a economia deve reagir ainda podem impactar as vendas de fim de ano, afirmam especialistas.
Além disso, trabalhadores que tiveram o contrato suspenso pela empresa - ação autorizada pelo governo devido ao estado de calamidade pública em função da pandemia - também receberão um valor menor de 13º neste ano, tendo menos dinheiro em mãos para consumir.
Segundo estimativa do economista do Insper Alexandre Chaia, feita a pedido da reportagem, o montante que deixará de ser injetado na economia com o corte ficará em torno de R$ 15 bilhões. Além disso, R$ 47,9 bilhões em benefícios natalinos de aposentados e pensionistas no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foram antecipados, segundo o Ministério da Economia.
Para fazer frente às dificuldades impostas pela crise, o governo autorizou que o 13º benefício deste grupo fosse pago nos meses de abril e maio. Normalmente, eles recebem a primeira parcela entre agosto e setembro e a segunda em dezembro.
Deste total, cerca de R$ 24 bilhões de aposentados e pensionistas não serão pagos em dezembro (segunda parcela). Somados, são quase R$ 40 bilhões a menos nas mãos dos brasileiros neste fim de ano. Com menos recursos para gastar em dezembro e a confiança abalada, o consumidor deve comprar menos presentes de Natal. 
"Essa redução deve afetar ainda mais as vendas, mas acredito que as famílias também estarão receosas com relação à evolução da pandemia, a quando a vida volta ao normal e à economia e ficarão receosas na hora de consumir", diz Chaia.
O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) estimou que R$ 215 bilhões podem ser injetados na economia com o pagamento do 13º, valor um pouco superior ao projetado em 2019. O cálculo, entretanto, não leva em conta as suspensões de contrato ou o adiantamento.
Ao descontar o valor da segunda parcela já paga aos aposentados e pensionistas e a estimativa de corte no benefício dos trabalhadores, o valor cai para R$ 175 bilhões, redução de 18,6%. "Temos ainda outros elementos que pioram a percepção do consumidor, como o fim do auxílio emergencial e de medidas do governo para atenuar a crise. Além disso, o desemprego também está crescendo e a renda diminuiu", diz o economista.
A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) diz, em nota, que a expectativa da entidade quanto aos recursos disponibilizados por meio do pagamento do 13º é de R$ 211 bilhões em 2020.
 
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