Todos os portes e segmentos de empresas que trabalham com vendas online estão na expectativa de boas vendas na próxima semana, motivados pela Black Friday. Para atingir este objetivo, é preciso atentar para o que os consumidores esperam na hora de bater o martelo. Numa compra online, o que o cliente mais deseja é achar o que procura e receber o que comprou.
Em meio a um volume gigantesco de produtos sendo adquiridos e despachados na Black Friday, como garantir que nada de errado acontecerá e que o comprador irá receber exatamente o que pediu? A padronização das informações é uma das ferramentas para minimizar problemas, e o código de barras é um grande aliado nesse processo.
A série de números que acompanha o código de barras, chamada GTIN - sigla de Global Trade Item Number, na tradução Número Global do Item Comercial - é quem carrega as características de forma única e precisa de cada produto. "O GTIN faz com que um item tenha uma identificação única, como se fosse um RG, e é válida no mundo todo", explica João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, entidade responsável por essa padronização no País.
A organização multissetorial sem fins lucrativos está presente em mais de 150 países. Ao todo, 1,5 milhão de empresas utilizam os padrões globais GS1 e realizam, por meio deles, um total de 6 bilhões de transações diárias
Mas como usar o GTIN a favor dos consumidores e vendedores? O fabricante do produto atribui o GTIN para o produto no momento em que ele é criado/fabricado, e ele segue para o ponto de venda - online ou físico -, contendo suas especificações individuais como tamanho, cor, modelo e fragrância, por exemplo. O recomendado e mais usual é que o varejista cadastre em seu sistema o mesmo GTIN atribuído pelo fabricante. Assim, as chances de o cliente receber algo que não escolheu são praticamente inexistentes.
Para o e-commerce, o GTIN tem uma atuação ainda mais específica. Quando alguém pesquisar por um produto na internet, o sistema, de uma forma automática e usando inteligência artificial, vai entender que o item buscado tem um GTIN e apresentará o mesmo produto ofertado por vendedores diferentes. Para o consumidor, ficará a decisão de qual a melhor condição que lhe interessa, seja ela preço, formas de pagamento ou prazo de entrega, Diversos marketplaces tornaram obrigatória a informação do GTIN nos produtos anunciados, caso do Alibaba, Google Shopping, eBay e Amazon, além do grupo Via Varejo (Casas Bahia, Ponto Frio).