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AGRONEGÓCIO

- Publicada em 30 de Agosto de 2020 às 20:20

Eucalipto leva riqueza ao campo e à indústria

A silvicultura é uma atividade baseada na utilização de árvores manejadas para produzir madeira

A silvicultura é uma atividade baseada na utilização de árvores manejadas para produzir madeira


CMPC/DIVULGAÇÃO/JC
Ocupando uma área de mais de 500 mil hectares no Rio Grande do Sul, a eucaliptocultura é uma atividade econômica bastante estável. Com um valor bruto da produção (VBP) de R$ 1,4 bilhão equipara-se em valor, no Rio Grande do Sul, à triticultura, mobilizando pelo menos 30 mil silvicultores cadastrados na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e ocupando um variado contingente de profissionais: agrônomos e engenheiros florestais, técnicos agrícolas, operadores de máquinas rurais, produtores de mudas, caminhoneiros, apicultores, carvoeiros, criadores de gado, fabricantes de mourões, postes e tramas, madeireiros e moveleiros.
Ocupando uma área de mais de 500 mil hectares no Rio Grande do Sul, a eucaliptocultura é uma atividade econômica bastante estável. Com um valor bruto da produção (VBP) de R$ 1,4 bilhão equipara-se em valor, no Rio Grande do Sul, à triticultura, mobilizando pelo menos 30 mil silvicultores cadastrados na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e ocupando um variado contingente de profissionais: agrônomos e engenheiros florestais, técnicos agrícolas, operadores de máquinas rurais, produtores de mudas, caminhoneiros, apicultores, carvoeiros, criadores de gado, fabricantes de mourões, postes e tramas, madeireiros e moveleiros.
A grande maioria das pessoas esqueceu que a floresta é anterior à agricultura e à vida urbana. Como substituta do extrativismo ainda vigente em alguns bolsões não alcançados pelos órgãos ambientais e de segurança, a silvicultura é uma atividade de longo prazo baseada na exploração de árvores manejadas para produzir madeira, originalmente buscada em florestas naturais.
Com o dramático esgotamento das matas nativas, o eucalipto destaca-se como uma das árvores mais cultivadas no mundo. No Brasil, é líder, com mais de 5 milhões de hectares. No Rio Grande do Sul, também. Além de crescer rapidamente, essa árvore trazida da Austrália no século XIX é muito versátil, podendo ser colhida aos dois anos para o primeiro de seus múltiplos usos - como escora na construção civil ou vara de currais. Seu emprego mais nobre é como madeira para móveis ou esquadrias. O eucalipto tem poucos inimigos naturais. Após o plantio, a lista começa com as formigas, que precisam ser combatidas tenazmente no primeiro ano de cultivo, quando também é preciso tomar cuidado com as estiagens e as geadas, que podem atrasar o desenvolvimento de plantas menos vigorosas. Depois, à medida em que a plantação toma vulto na paisagem, os principais riscos são o fogo e os vendavais.
"Para um plantio de eucalipto visando renda, três fatores (entre outros) devem ter muita qualidade: genética das mudas, técnicas de bom preparo do solo e muito boa nutrição nos primeiros 12 meses", diz o agrônomo Claudio Obino, 60 anos, que trabalha em Porto Alegre como consultor de eucalipto para múltiplos usos. O objetivo principal de sua empresa (Planetwood) é a produção de toras para serrarias. De grandes serrarias a pequenas unidades de fundo de quintal, segundo Obino, ex-diretor da Flosul, passa de uma centena o número de empresas que se dedicam ao processamento de toras de eucalipto no Rio Grande do Sul.
Fora a Celulose Riograndense (CMPC), que produz 30 milhões de mudas para suas próprias necessidades, há dois grandes viveiros no estado: a Tecnoplanta, em Barra do Ribeiro, e a Dacko, em Erval Grande.
Uma muda de eucalipto fica pronta em 90 dias. Uma muda de árvore nativa leva pelo menos um ano para chegar ao ponto de replantio. Aí começa a vantagem econômica do eucalipto, que lidera a produção de madeira no estado. Encruzilhada do Sul tem as maiores áreas de eucalipto e acácia-negra. São Francisco de Paula é o maior em cultivo de pinus.

Silvicultura começa a ganhar terreno no século XX

Impropriamente chamadas de "florestas plantadas", pois estas se formam naturalmente, as plantações de eucaliptos tomaram corpo no início do século XX, quando essa espécie vegetal foi adotada como insumo energético (lenha) da Cia Paulista de Estradas de Ferro, a maior ferrovia privada do Brasil, que ligava a principal zona cafeeira ao porto de Santos, em São Paulo. Em 1915, o agrônomo Edmundo Navarro de Andrade, diretor florestal da ferrovia, publicou o livro "O Eucalypto", no qual ensinou os brasileiros a cultivar as 166 espécies da árvore por ele selecionadas na Austrália.
Quando as linhas férreas começaram a ser eletrificadas, Navarro de Andrade demonstrou na prática que eucaliptos de 15 anos serviam como matéria-prima para móveis. Em 1935, fundou em Rio Claro o Museu do Eucalipto, cujos armários, escrivaninhas e mesas foram feitos feitos de madeira maciça da espécie australiana.
Desde os primeiros grandes plantios, o eucalipto foi alvo de críticas, mas nunca deixou de cultivado e explorado em várias regiões. Em São Paulo, para celulose e compensados. No Espírito Santo, para celulose. Em Minas, para produzir carvão usados na indústria siderúrgica. No Paraná, para fabricar papelão. Em todo lugar, como fonte de lenha, carvão e diversas utilidades rurais.
A difusão do eucalipto se valeu bastante dos incentivos fiscais ao reflorestamento entre 1967/1985. Foi nesse período que se consolidou seu predomínio como matéria-prima industrial. Junto cresceram também as plantações de pinus originários dos EUA, do Caribe e do Chile.
O eucalipto foi o centro de duas grandes polêmicas de fundo ambiental. A primeira ocorreu no Espírito Santo, onde seu plantio foi proibido nos anos 1980, medida que levou a indústria de celulose a se instalar no Sul da Bahia. A segunda polêmica aconteceu em 2005 no Rio Grande do Sul, onde o governo estadual estimulou a entrada de três grandes grupos fabricantes de celulose.
A campanha antieucalipto atingira seu ponto mais alto no governo de Germano Rigotto (2003-2006), o qual chegou a atrair para o estado dois novos grupos fabricantes de celulose - Stora Enso e Votorantim - que se somariam à Aracruz, herdeira da planta da Borregaard, implantada no início dos anos 1970. Os recém-chegados compraram grandes áreas onde plantaram eucaliptos.
A intensidade dos debates entre ambientalistas e economicistas retardou as decisões empresariais, mas, no final das contas quem resolveu a questão foi a crise financeira global de 2008. Dos três projetos, apenas o mais antigo deles foi levado adiante, a partir de 2011, pela Celulose Riograndense, nova identidade da Aracruz Celulose, em Guaíba.
Os outros dois projetos foram cancelados. No caso da Votorantim (Fibria), por decisão empresarial determinada por escassez de recursos para investimentos. No caso da Stora Enso, por impedimento legal: as terras foram compradas em área de segurança, a 150 quilômetros da fronteira, onde é vedada a posse imobiliária rural por grupos estrangeiros, segundo a Lei de Segurança Nacional.

A chegada do eucalipto no Rio Grande do Sul

O eucalipto entrou no Rio Grande do Sul como árvore ornamental no século XIX. Há registros de que as sementes foram trazidas do Uruguai por tropeiros a serviço de fazendeiros doble chapa. Solitário ou em forma de capões, sua silhueta vertical conquistou espaço na paisagem da campanha ou em locais públicos como as canchas de carreira de cavalos ou campos de futebol.
Depois, quando já havia mostrado sua utilidade ao sustentar o fogo dos galpões de estância, serviu como lenha em marias-fumaça ferroviárias. Com o tempo, deu origem a plantios planejados, revelando sua versatilidade: a partir de dois anos de idade, produz varas para currais e caibros e escoras para a construção civil; aos quatro ou cinco anos, dá ripas para pallets; aos sete anos, é matéria-prima para a fabricação de celulose; aos 12, rende postes e mourões; aos 14, dá toras para a indústria do mobiliário.
Em todo seu tempo de vida, serve para sombreamento, aproveitamento de solos não propícios para lavoura, produzindo lenha, carvão, pasto para as abelhas e matéria-prima (eucaliptol) para a indústria farmacêutica. Absolutamente à margem das polêmicas ambientais, essa árvore foi saudada pelo escritor argentino Jorge Luis Borges, cego à meia idade. No Poema dos Dons, ele dá graças “al olor medicinal de los eucaliptos”.

CMPC exporta quase toda a produção anual da fábrica de Guaíba

Empresa tem 423 mil hectares espalhados em 71 municípios, onde possui 900 hortos organizados

Empresa tem 423 mil hectares espalhados em 71 municípios, onde possui 900 hortos organizados


CMPC/DIVULGAÇÃO/JC
Maior produtora e consumidora individual da madeira de eucalipto no Rio Grande do Sul, a CMPC desfruta de uma situação excepcional no mercado florestal-madeireiro, operando um sistema radicalmente verticalizado - das mudas à fabricação de celulose, matéria-prima básica para embalagens de medicamentos e alimentos, papel higiênico, papel toalha e outros produtos de higiene e limpeza.
Desde 2009 sob controle do grupo chileno Matte, a empresa exporta praticamente toda sua produção de 1,8 milhão de toneladas por ano. A celulose representa 43% da exportação da silvicultura, segundo a Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2019, documento produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.
Com 423 mil hectares espalhados em 71 municípios, onde possui 900 hortos organizados, a CMPC planta 17 mil hectares por ano para manter cobertos de eucaliptos um total de 202 mil hectares, o que equivale a cerca de 40% dos eucaliptais do Estado.
Fora 176 mil hectares de vegetação nativa com 640 espécies diferentes de animais e vegetais, cerca de 45 mil hectares têm outros usos como estradas; o restante são solos a plantar. Além de consumir toras de produção própria, a empresa atua como compradora de grandes eucaliptais em pé de terceiros, como a Fibria, no Sul do Estado, e a Flosul e a Habitasul no Litoral Norte, parceiras que lhe forneceram 12% da madeira consumida em 2019.
Somente na área florestal, a CMPC emprega 3.586 profissionais, número equivalente a pouco mais do que a metade dos 6,5 mil postos de trabalho diretos que induzem a geração de quase 40 mil postos de trabalho indiretos, segundo pesquisa realizada em conjunto com a Pucrs em 2019.
Um dos diferenciais da empresa é o viveiro de mudas, que se vale de um laboratório de pesquisa genética responsável pelo desenvolvimento de clones híbridos de E. globulus e suas subespécies e de E. dunnii. Ambos proporcionam alta densidade da madeira, alto rendimento em polpa e baixo percentual de lignina. Para celulose de fibra curta, ainda não se descobriu coisa melhor.

Ripas de eucalipto estão no coração das gaitas

Material é utilizado na confecção artesanal de gaitas-ponto

Material é utilizado na confecção artesanal de gaitas-ponto


/MARCOS BORGHETTI/DIVULGAÇÃO/JC
Um dos mais valiosos subprodutos do eucalipto são as delicadas ripas usadas no miolo das gaitas-ponto feitas artesanalmente na escola de gaiteiros do músico Renato Borghetti em Barra do Ribeiro. No início da parceria com a Aracruz Celulose, o material vinha do Sul da Bahia. Após a mudança no controle acionário da Aracruz, que passou a ser controlada pela Celulose Riograndense - CMPC, seguiu a parceria.
Assim, abriu-se espaço para a Scheid, de Novo Hamburgo que, desde 1992, possui uma plantação de eucaliptos em Canguçu, de onde extrai a matéria-prima usada na fabricação de esquadrias, batentes e rodapés de escritórios e residências. O processo é o mesmo do Sul da Bahia, mas a Scheid utiliza eucaliptos de 22 anos das variedades saligna e urograndis que ficam em secagem durante dois anos após o corte.
A secagem do eucalipto é decisiva para a desestabilização das fibras que, em condições naturais, estariam sujeitas a "defeitos" como o abaulamento, o entortamento, o fendilhamento e a rachadura. Em compensação, a madeira do eucalipto tem virtudes como aceitar prego, cola, parafuso e tinta.
"A confiabilidade das pranchas e toras de eucalipto é muito grande no mercado da madeira", diz Luiz Scheid, salientando que ele se tornou uma opção segura de pessoas que não aceitam usar madeira de matas nativas ou da Amazônia.
 

Madeira de eucalipto é utilizada na produção de móveis

Grande fabricante de dormitórios e cozinhas, a indústria do mobiliário de Bento Gonçalves usa a madeira de eucalipto em algumas aplicações, segundo o presidente do Sindmóveis, Vinicius Benini. "O eucalipto é usado, por exemplo, em cadeiras em que se necessite de um preço mais acessível", diz, lembrando que ele vai bem em estruturas internas de alguns produtos. O polo moveleiro da região serrana gaúcha é considerado o principal do País e engloba cerca de 300 indústrias nos municípios de Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul e Santa Tereza. Dos R$ 871 milhões aplicados em 2019 em compras de matérias-primas e componentes na indústria moveleira de Bento, cerca de 40% foram gastos com chapas.

Cultivo passou por mudanças nas últimas décadas

Eucalipto se firmou como alternativa para a produção madeireira

Eucalipto se firmou como alternativa para a produção madeireira


FERNANDO DIAS/DIVULGAÇÃO/JC
A cultura do eucalipto foi uma das atividades beneficiadas pelas mudanças decorrentes da crise financeira global de 2008. Até então visto como vilão ambiental acusado de consumir água demais e reduzir a biodiversidade, o vegetal australiano consolidou sua presença no Rio Grande do Sul, onde a área plantada dobrou, chegando hoje a mais de 500 miI hectares. Desde então, também não se falou mais de "apagão florestal", argumento dos reflorestadores para angariar apoio do BNDES ao plantio de "florestas industriais", ou seja, eucalipto e pinus, que servem como matéria-prima das indústrias de celulose e de móveis.
O abrandamento da ofensiva dos ambientalistas deixou o campo livre para o eucalipto se firmar como alternativa de produção madeireira e matéria-prima versátil em vários setores industriais. Não é por acaso que o eucalipto lidera os plantios de florestas industriais no Brasil, superando largamente outras árvores como os pinheiros.
Nos anos 2010, quando os plantios do Sul do Estado (Votorantim) e do Oeste (Stora) amadureceram, a superoferta de madeira foi absorvida pela Celulose Riograndense (CMPC), que já havia aumentado suas plantações para sustentar a quadruplicação da capacidade de produção de celulose da planta instalada em Guaíba - passou de 450 mil toneladas anuais para 1,8 milhão de toneladas, configurando-se como uma das plantas industriais mais modernas do mundo.
O eucalipto só não propiciou os lucros esperados aos empreendedores que fizeram plantios avulsos na expectativa de vender a madeira aos grandes projetos industriais que não vingaram. Mas a celulose não é a única finalidade do eucalipto, sua madeira tem outras utilidades, tanto que os silvicultores emergentes venderam sua madeira para serrarias e outros compradores.
 

Alto crescimento vegetativo reduz busca por florestas nativas

Mauricio Harger, da CMPC, diz que a silvicultura representa a bioeconomia

Mauricio Harger, da CMPC, diz que a silvicultura representa a bioeconomia


FELIPE NOGS/AGÊNCIA PREVIEW/DIVULGAÇÃO/JC
Após a "guerra do eucalipto" no início do século XXI no Rio Grande do Sul, a árvore australiana passou a ser olhada com certa condescendência, no aspecto ambiental, porque seu alto crescimento vegetativo faz com que os usuários de madeira deixem de cortar matas nativas, atividade menos rentável e sujeita a multas.
Porém, se os capões de eucaliptos do interior são bem vistos, o mesmo não acontece com os grandes plantios industriais em áreas contínuas que configuram monoculturas potencialmente prejudiciais à biodiversidade. É exatamente nesse terreno que a CMPC ocupa um espaço central no imaginário dos amigos e inimigos do eucalipto.
No final da década de 1980, quando ainda pertencia à paranaense Klabin, a empresa fez do ecólogo José Lutzenberger um parceiro que, bem ou mal, contribuiu para mostrar que era possível conviver com o problema - Lutzenberger começou processando o lodo industrial para fabricar fertilizante rico em húmus. A Vida Desenvolvimento Sustentável, empresa criada por ele, atua até hoje em Guaíba.
Durante mais de 30 anos, para amenizar o ambiente hostil entre ambientalistas, a empresa fomentou a apicultura, abrindo seus hortos à atividade dos criadores de abelhas/produtores de mel. Segundo Anselmo Kuhn, presidente da Federação Apícola do Rio Grande do Sul, o eucalipto é a principal fonte de mel do Estado.
"A silvicultura é uma legítima representante da bioeconomia, que torna possível a produção de artigos à base de matérias-primas renováveis e biodegradáveis", diz Mauricio Harger, há dois anos no comando da CMPC. Ele lembra que a produção de eucalipto só ocorre em áreas já antropizadas por outra atividade agrícola ou mesmo pela pecuária ou, seja, "não destrói mata nativa".
 

Disponibilidade foi fundamental para a economia

A exploração madeireira é tema que nunca perdeu a atualidade desde a chegada dos exploradores portugueses em 1500, quando eles se interessaram pelo pau-brasil, mercadoria valiosa na Europa. Há 190 anos, pouco antes de ir embora do Brasil, o imperador Pedro I baixou decreto estabelecendo quais as espécies madeireiras que deviam ser protegidas pela legislação. Era de interesse da indústria naval portuguesa preservar algumas espécies das derrubadas sistemáticas. São dezenas as chamadas madeiras de lei: angico, baraúna, canela, cedro, imbuia, jacarandá, jatobá, louro, mogno, pau-ferro, peroba, vinhático e diversas espécies.
A disponibilidade de madeiras foi fundamental para o estabelecimento de imigrantes que derrubaram as árvores para construir casas, galpões e currais, abrindo espaços para lavouras e o comércio de madeiras. Assim aconteceu a abertura da Metade Norte do Estado para a agricultura, originalmente coberta por matas.
Nesse contexto dramaticamente crítico, o plantio de eucalipto e de outras espécies madeireiras de crescimento rápido passou a ser visto como a única saída para impedir a continuação da derrubada de matas nativas.

*Geraldo Hasse é jornalista especializado em agricultura. Trabalhou por mais de 30 anos na mídia do Sudeste e escreveu uma dezena de livros.