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Tecnologia

- Publicada em 23 de Dezembro de 2019 às 03:00

Nível de automação no Brasil cresce 4% em 2019

Oliveira destaca que objetivo é auxiliar a planejar estratégias com base nas demandas na era 4.0

Oliveira destaca que objetivo é auxiliar a planejar estratégias com base nas demandas na era 4.0


PAULO PEPE/DIVULGAÇÃO/JC
O Índice de Automação do Mercado Brasileiro chega ao terceiro ano de publicação e constata que o nível de automação nas empresas aumentou 4% de 2018 para 2019. O estudo, realizado pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil com apoio da empresa de pesquisas GfK, tem como objetivo mensurar o quanto a automação está presente nas empresas brasileiras e na vida do consumidor. O índice é mensurado em um intervalo de avaliação de 0 a 1, sendo 0 a ausência de automação e 1 a representação da automação plena.
O Índice de Automação do Mercado Brasileiro chega ao terceiro ano de publicação e constata que o nível de automação nas empresas aumentou 4% de 2018 para 2019. O estudo, realizado pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil com apoio da empresa de pesquisas GfK, tem como objetivo mensurar o quanto a automação está presente nas empresas brasileiras e na vida do consumidor. O índice é mensurado em um intervalo de avaliação de 0 a 1, sendo 0 a ausência de automação e 1 a representação da automação plena.
O método de estudo contempla seis dimensões para as indústrias (Sistemas, Logística, Atendimento, Relacionamento com o Colaborador, Relacionamento com o Cliente e Fábrica), avaliando em cada dimensão como é a adoção de tecnologias de automação. Com leituras por porte e categorias de uso, no último ano se destacaram indústrias de pequeno porte que aumentaram seu índice de automação de 0,273 para 0,275, e do setor de Bens de Consumo Semiduráveis que passou de um índice de 0,249 para 0,259.
Para o setor de comércio e serviços, também são consideradas seis dimensões, sendo diferenciado da indústria pela inclusão da avaliação da loja (Sistemas, Logística, Atendimento, Relacionamento com o Colaborador, Relacionamento com o Cliente e Loja). Com leituras por porte e por tipo (Varejo, Atacado e Serviços). Entre os destaques para o ano de 2019 estão o varejo, que passou de um índice de 0,213 para 0,234, e o e-commerce, que passou de 0,295 para 0,317.
De acordo com João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, o Índice de Automação do Mercado Brasileiro foi criado para auxiliar empresas a planejar estratégias com base nas novas demandas na era 4.0. 
O estudo constata que o conceito de automação está bem difundido nas empresas e que está diretamente ligado à produtividade e à inovação. Enquanto o conceito de automação para a indústria está mais ligado à produção e à logística com o uso de maquinário, esteiras e sensores óticos, para o comércio e serviços, ele se amplia a todos os equipamentos que tornam os processos mais eficientes - incluindo sistemas de gestão do ponto de vendas e do estoque.
A automação para consumidores está muito mais ligada à adoção de tecnologias. Também avaliado em seis dimensões, mas com um foco diferente das empresas, o índice de automação do consumidor brasileiro também teve uma evolução em 2019, passando de 0,174 pontos para 0,181.
As maiores evoluções na adoção de tecnologias pelos consumidores ocorreram no aumento do acesso à internet e na adoção de tecnologias no veículo como sensor de ré e a integração do celular e do GPS ao sistema de multimídia dos veículos.
Durante um ano, foram entrevistados 2.680 consumidores; na indústria, 1.979 empresas; e no comércio/serviços, 2.833 empresas de todos os portes e com abrangência nacional. No ano de 2019, o cálculo do índice de Automação do mercado Brasileiro foi reformulado para considerar as novas tecnologias de automação disponíveis no mercado nacional.

Citrícola Lucato investe em rastreabilidade para garantir segurança alimentar

Empresa investe para acompanhar a produção de 30 mil toneladas de citros por ano

Empresa investe para acompanhar a produção de 30 mil toneladas de citros por ano


GS1 Global/Divulgação/JC
Acompanhar a produção de 30 mil toneladas de citros de diversas variedades por ano não é uma tarefa fácil, ainda mais quando a distribuição é feita em todos os cantos do Brasil. Mas, para garantir a qualidade total das frutas, a Citrícola Lucato desenvolveu uma estratégia que contempla todo o processo: do pomar até chegar à mesa do consumidor. Plantio, colheita, transporte, beneficiamento, armazenagem e distribuição são monitorados, passo a passo, com o uso do Suporte de Dados GS1-128, que garante à companhia coletar todos os dados da cadeia.
O código de barras GS1-128 pode contar todas as chaves de identificação GS1, e também as informações variáveis, como números de série, datas de validade, ou medidas e também de algo muito importante como o número de lote de produção. No caso da Lucato, é possível reunir dados relativos à colheita da fruta (informações do produtor, área, produtos utilizados para controle de pragas e doenças) transporte (lote, descrição do lote, datas, condições) e aos processos internos realizados no packinghouse (análise de casca, brix, ratio, produtos utilizados na pós-colheita para aumentar o tempo de prateleira, etiquetas, embalagens). As informações são arquivadas, monitoradas e analisadas por métodos estatísticos que garantem o padrão de qualidade das frutas comercializadas pela Lucato.
Para que as frutas sejam entregues sem rupturas aos clientes - a empresa atende a atacadistas e varejistas em 70% do mercado consumidor de frutas cítricas do Brasil -, o cuidado começa na produção, que segue normas de segurança alimentar internacionais. A seleção dos produtos é feita eletronicamente, garantindo uniformidade de tamanho, cor, sabor e a mais alta qualidade do suco interno. A embalagem também ocorre de forma automática, sem contato manual e contendo todas as informações de rastreabilidade. Depois, o armazenamento é feito em câmaras frias com controle informatizado.
A Citrícola Lucato utiliza o software de rastreador da Paripassu para identificar a origem da fruta. Para ter acesso a esses dados, basta o consumidor acessar o site da empresa e digitar o código de rastreamento encontrado na etiqueta das embalagens. Ali, encontrará o nome do produtor, fazenda onde o fruto foi cultivado, número do lote, localização da quadra, defensivos utilizados, número da ordem de beneficiamento, total produzido e quantidade de refugo, e para quais varejistas foram distribuídos os produtos. Outra solução utilizada em parceria com a Paripassu é o CLICQ, que controla as atividades associadas à inspeção da qualidade de produtos e processos, na produção, distribuição e ponto de venda.
Para desenvolver o projeto, a Citrícola Lucato utiliza o Global Traceability Conformance (GTC) - Aplicação do Diagnóstico de Rastreabilidade com base nos padrões globais GS1, que, no País, estão sob responsabilidade da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil. O foco principal é que os processos de rastreabilidade sejam rápidos, eficientes e que reduza/elimine os erros humanos dentro de um processo, uma vez que o GTC apura um checklist que contém 105 pontos de controles.
Com o programa, a Citrícola Lucato conseguiu analisar 28 pontos de controle obrigatórios, 30 obrigatórios condicionais, 10 opcionais e 37 recomendados do checklist, aos processos anteriormente descritos para o produto definido - laranja - na planta de produção e no local de separação, armazenamento e origem da distribuição. Ao adotar a rastreabilidade aliada às melhores práticas agrícolas, a companhia pretende chegar a 2022 com 40 mil toneladas de produção própria com a implantação de novos pomares, totalizando 700 hectares e, com isso, introduzindo novas variedades de cítricos.
O GS1 GTC é uma ferramenta Global de Rastreabilidade, desenvolvida para avaliar os sistemas de rastreabilidade por meio de uma metodologia rigorosa suportado por critérios técnicos e documentação. A ferramenta é perfeita para verificar o sistema de rastreabilidade de uma empresa e atua como um diagnóstico para saber se o Sistema GS1 é implementado corretamente entre a empresa que se utilizam do uso dos padrões tornando seus processos ágeis e eficientes utilizando os códigos mais adequados para cada aplicação (códigos de barras, eCom, EPC, GDSN).
O programa GTC/GTS é desenvolvido para revisar e avaliar a capacidade de uma companhia de introduzir um sistema de rastreabilidade e avaliar a capacidade atual de uma companhia de efetuar rastreabilidade de acordo com os requerimentos dos clientes, regulações, melhores práticas e padrões globais. Para isso, utiliza-se de uma metodologia rigorosa, com critério técnicos e ferramentas baseada no GS1 Global Traceability Standard (GTS).

Datamatrix permite controle dos processos hospitalares e de medicamentos, da logística ao leito

A adoção de um código de barras que contempla a área da saúde foi a aposta do Hospital Alemão Oswaldo Cruz para garantir a segurança do paciente em todo o processo de internação. O GS1 Datamatrix, simbologia bidimensional, permite a codificação grande quantidade de informações em um espaço muito compacto, usado desde 2008 pela instituição na parte logística, ganhou espaço também na unidade de internação, no preparo de medicamentos.
O processo teve início em 2016 e, agora, atinge 100% dos processos de controle de medicamentos. "O uso do código de barras nos permite controlar a dose unitária do remédio, seja comprimido ou ampola", explica Alessandra Pineda do Amaral Gurgel, gerente de Assistência Farmacêutica do hospital. Segundo ela, o mecanismo garante ministrar o medicamento correto ao paciente certo no horário determinado.
Outra vantagem da adoção da ferramenta, diz Alessandra, é o fato de permitir a dupla checagem, uma vez que todo o processo é eletrônico, do preparo à dispensação dos medicamentos. "Com isso, tivemos ganhos assistenciais e operacionais", garante ela, ao destacar que 86% do volume de atendimento de pacientes internados estão disponíveis nos dispensários eletrônicos, o que permite rastrear todos os atendimentos com acesso restrito e seguro pela equipe responsável.
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz conseguiu também reduzir em 77% o índice de urgência nas medicações nas unidades de internação, uma vez que não necessita mais de deslocamentos para fazer a aplicação. "O remédio, hoje, fica disponível de maneira segura para atendimento imediato ao paciente", conta Alessandra. Além disso, a checagem e verificação no sistema teve seu tempo reduzido em 25 minutos.
O GS1 DataMatrix está ganhando popularidade no setor de saúde, pois satisfaz muitas necessidades, otimiza os processos na cadeia da saúde aumentando a eficiência e consequentemente abre diversas oportunidades para melhorar a segurança do paciente.
Por exemplo, como ele pode conter números seriais, lote, datas de vencimento, que são informações variáveis guiadas por Identificadores de Aplicação GS1, podem ser codificadas em medicamentos.
Além disso, devido ao seu tamanho compacto, um símbolo de GS1 DataMatrix pode se encaixar em quase todos os produtos para saúde. No passado, os instrumentos cirúrgicos individuais não podiam ser rotulados automaticamente. Nos dias de hoje, um GS1 DataMatrix - pode ser marcado diretamente nesses instrumentos, simplificando, assim, seu rastreamento nos hospitais. Com base em sua popularidade, o GS1 DataMatrix - está sendo oferecido para uso em farmácias e em todos ambientes com leitura ótica de itens comerciais para controle dos mesmos.
Ao contrário das outras simbologias GS1, o GS1 DataMatrix é bidimensional, que permite a codificação grande quantidade de informações em um espaço muito compacto. É compatível com aplicações cujos sistemas de leitura utilizem leitores baseados em câmera.
 

Código de barras ajuda a otimizar processo de micro e pequenas

Flávia destaca que o código de barras permite acesso a novos mercados

Flávia destaca que o código de barras permite acesso a novos mercados


/DOUGLAS LUCENA/DIVULGAÇÃO/JC
A automação em micro e pequenas empresas pode começar com a adoção de código de barras, uma vez que a ferramenta ajuda a otimizar processos, gerenciar melhor os estoques e implantar inovações. A implantação da tecnologia repercute na potencialização dos resultados e aumento das vendas. A adoção do código de barras pode ser feita em todos os segmentos de atuação, segundo a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços como o código de barras e radiofrequência (EPC/RFID) .
Os processos padronizados, em função da estrutura numérica dos códigos, auxiliam a administração e elevam as possibilidades de negócios. Para que isso seja possível, é preciso observar os requisitos técnicos para a sua correta construção e uso como cores e tamanhos para cada tipo de produto e aplicação. É como se fosse uma impressão digital: a identificação é única do produto. Isso é possível graças ao Número Global do Item Comercial, o GTIN, uma estrutura numérica específica por produto. O código EAN-13 (13 dígitos) é o mais utilizado para a codificação de produtos com leitura nos caixas do varejo, não só no Brasil, mas no mundo. Mas a evolução do código de barras é permanente, e novas tecnologias são lançadas, caso do GS1 Databar e GS1 Datamatrix. Cada código de barras, dentro de suas características, permite a rápida captação de dados, velocidade nas transações, precisão nas informações e possibilita atualização em tempo real. Tudo isso permite maior controle, diminuição de erros, gerenciamento remoto, velocidade no atendimento de pedido e clientes e redução de custos com erros de digitação e desvios.
O Sistema GS1 é adotado mundialmente por mais de 2 milhões de empresas dos mais variados portes e ramos de atividades, desde um artesão até grandes conglomerados industriais. Depois que um produto sai da fábrica, inicia um longo caminho até chegar às mãos do consumidor. "O uso de uma linguagem padrão global entre os parceiros de negócios é um dos fatores críticos do sucesso na obtenção de resultados", destaca o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira.
Por dia, 6 bilhões de bips da leitura do código de barras são ouvidos ao redor do mundo. Uma prova de que essa tecnologia ganhou uma proporção tamanha que não se pode mais imaginar a cadeia de suprimentos sem ela. Uma linguagem internacional de negócios, códigos que orientam o comércio mundial. "O código de barras é um instrumento fundamental para identificação de itens comerciais e captura automatizada. Ele permite o acesso das empresas a novos mercados", garante Flávia Costa, coordenadora de Educação da GS1 Brasil.