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Empresas & Negócios

- Publicada em 30 de Setembro de 2019 às 03:00

Via Varejo avalia vender Extra.com

Grupo, que é dono das marcas  Casas Bahia e Ponto Frio, quer aumentar a presença digital e fortalecer a venda por meio do crediário

Grupo, que é dono das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, quer aumentar a presença digital e fortalecer a venda por meio do crediário


Pontofrio/Divulgação/JC
O Extra.com pode ser vendido. A Via Varejo, que controla redes como Casas Bahia e Ponto Frio, e também detém o Extra.com, quer vender a operação digital de volta para o GPA, do grupo Casino, que controla o supermercados Extra e Pão de Açúcar. O Extra.com ficou com a Via Varejo quando, na reorganização societária em junho deste ano, o GPA deixou de ser acionista da Via Varejo.
O Extra.com pode ser vendido. A Via Varejo, que controla redes como Casas Bahia e Ponto Frio, e também detém o Extra.com, quer vender a operação digital de volta para o GPA, do grupo Casino, que controla o supermercados Extra e Pão de Açúcar. O Extra.com ficou com a Via Varejo quando, na reorganização societária em junho deste ano, o GPA deixou de ser acionista da Via Varejo.
A intenção de repassar a operação foi anunciada pelo empresário Michael Klein, que passou a ocupar em junho a presidência do conselho de administração da Via Varejo, após sua família reassumir a posição de principal acionista da companhia (com cerca de 28% das ações). A mudança ocorreu com a compra de parte das ações do grupo francês Casino.
A XP, por meio de fundos, passou a ser a segunda maior acionista, com aproximadamente 8%. "O Extra.com é uma marca da Via Varejo. Nós vendemos e entregamos as mercadorias compradas pelo site. Estamos fazendo um relatório para ver quanto vale o negócio com uma consultoria e ver se vendemos", afirmou. Segundo ele, a integração com as lojas físicas da marca se dá por meio de um contrato de prestação de serviços. O site vende hoje eletroeletrônicos.
Para Klein, as prioridades da Via Varejo, donas das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, são aumentar a presença digital e fortalecer a venda por meio do crediário, outrora carro-chefe das vendas. "Temos o histórico de compras de 30 milhões de consumidores que compraram conosco no crediário. Os antigos gestores da Via Varejo não tinham como prioridade esse negócio é abandonaram o trato com esses clientes", afirma ele.
"A Casas Bahia começou com crediário, temos que trazer esse cliente de novo para dentro da empresa", diz. A empresa lançou a financeira Banqi para conceder formas de crédito usando ferramentas digitais, segundo Klein. O principal foco são os clientes não bancarizados ou que têm dificuldades de acessar outras formas de crédito. Uma das soluções é a oferta de cartões pré-pagos.
A estrutura física das redes varejistas será usada para a oferta de crédito, segundo o empresário. A carteira de crediário da varejista hoje é de cerca de R$ 2 bilhões, de acordo com Klein. A ideia é que o Banqi centralize a operação. "A vantagem do crediário [em relação ao financiamento via cartão de crédito] é que temos mais dados do cliente, como informações sobre pontualidade dos pagamentos. Somos uma empresa de varejo que vai usar as ferramentas financeiras para vender mais."
Na área de ecommerce, o primeiro grande passo foi a recente unificação dos sistemas de venda dos canais físicos e digitais da companhia, que na gestão do Casino eram separadas.
Isso permite, por exemplo, que trocas de produtos comprados no site das redes possa ser feitas nas lojas, segundo Klein.
Quanto às operações físicas, o empresário diz que há 36 lojas deficitárias há mais de nove meses e que terão viabilidade operacional analisada. A ideia, segundo ele, é manter apenas os pontos rentáveis.
Eventuais sobreposições de lojas também estão em estudo, diz. "Em duas ruas de Osasco temos 10 lojas. Vamos olhar isso."
O empresário também afirmou que a marca Ponto Frio será mantida, especialmente por sua força no Rio de Janeiro. "Existe lá um certo bairrismo que preserva a marca forte, o Ponto Frio é de lá." Questionado sobre o lançamento do serviço Amazon Prime no Brasil e sobre a concorrência da varejista americana, Klein disse que "é preciso respeitar" a multinacional.
Afirmou, entretanto, que os desafios logísticos do país podem significar um entrave à expansão da Amazon e uma vantagem da Via Varejo, que tem 1.066 pontos de venda espalhados pelo País. Para Klein, a região Norte, única em que sua companhia não tem lojas, poderá receber operações. A aquisição de parte de outras redes atuantes no local é uma das opções, segundo ele.
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