Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Leitura

- Publicada em 29 de Julho de 2019 às 03:00

Poder

Elias Canetti, vencedor do prêmio Nobel de literatura, conjuga antropologia, psicanálise, economia política, história das religiões, ciências política e sociologia da cultura em "Massa e Poder". Analisando as relações entre a população e o poder emanado por ela, Canetti absorve questões do passado para realizar a leitura da contemporaneidade.
Elias Canetti, vencedor do prêmio Nobel de literatura, conjuga antropologia, psicanálise, economia política, história das religiões, ciências política e sociologia da cultura em "Massa e Poder". Analisando as relações entre a população e o poder emanado por ela, Canetti absorve questões do passado para realizar a leitura da contemporaneidade.
Assustado e pesaroso diante do espetáculo de adesão crescente das massas populares às organizações nazistas, na Alemanha e na Áustria dos anos 1930, o então jovem escritor passou três décadas seguintes tentando decifrar os segredos profundos da humanidade em suas manifestações mais corriqueiras e terríveis. Entre mandar e obedecer; matar e sobreviver; medo e voracidade; paranoia e poder, o livro apresenta uma leitura do poder como símbolo e suas consequências na sociedade.
O resultado dessa leitura sistêmica da relação entre massa e poder se tornou uma obra do ensaísmo. Unindo a descrição narrativa a diversas áreas do saber, como antropologia, economia política e sociologia, Canetti destrincha de modo singular a propagação do mal nos tempos atuais.
Em mais de 600 páginas, o autor une elementos importantes para caracterizar o momento histórico e a disputa por hegemonia. A leitura é indicada por todos que buscam compreender as relações entre o poder e a população, assim como a lógica entre governantes e governados, através da leitura socioeconômica produzida por Canetti.
Massa e poder; Elias Canetti; Companhia de Bolso; 624 páginas; R$ 59,90
 

Rendimentos

Alguma vez você já sentiu culpa por não tirar férias, faturou sem obter lucro ou perdeu clientes? Em "Lucro Certo", Sulivan França busca ensinar formas para desenvolver a capacidade de gestão positiva focada em resultados que buscam potencializar o estilo empreendedor de cada um.
No decorrer do livro, o autor conversa diretamente com o novo estilo de empreendedor, tentando compreender melhor a realidade de seu mercado e de sua empresa. Apaixonados pelo próprio negócio, França analisa no perfil do gestor fraquezas e problemas que podem surgir através da paixão pelo próprio trabalho. De forma prática, o escritor trabalha com a ideia de identificar os problemas e resolvê-los.
Nessa relação, França explica as quatro dimensões do cérebro que colaboram para a formação da personalidade e que ao longo da publicação o leitor aprenderá a marcar o fator positivo de cada uma, desenvolvendo a sua capacidade de gestão positiva focada em resultados.
Através da ideia de se descobrir para otimizar o seu trabalho, em "Lucro Certo", o leitor encontrará maneiras de desenvolver seu estilo empreendedor, entender o estilo dos seus funcionários, comunicar-se com os diferentes tipos de pessoas, conhecer o seu cliente. Ainda, a leitura propõe-se a trazer a reflexão sobre o reconhecimento da diferença entre ter uma ideia e ter um negócio, desenvolver uma inteligência específica e ter foco e disciplina para a execução do objetivo final.
Lucro certo; Sulivan França; Editora Gente; 192 páginas; R$ 34,90
 

História

A tese de doutoramento sobre a economia colonial, defendida na Sorbonne em 1948, e o primeiro ensaio sobre a economia brasileira contemporânea, escrito no ano seguinte, são o ponto de partida do livro mais conhecido de Celso Furtado, publicado em 1959: Formação econômica do Brasil. Quando o escreveu, na Inglaterra, Furtado imaginava explicar o Brasil para os estrangeiros. Acabou explicando para os brasileiros.
"Formação econômica do Brasil" apoia-se numa visão derivada tanto da história como da economia. A combinação do método histórico com a análise econômica era, na época, uma novidade. Pela primeira vez, alguém no Brasil fazia historiografia econômica tendo uma sólida formação de economista.
O texto inicia com a análise da ocupação do território brasileiro, comparada também com as colônias do hemisfério norte e das Antilhas. Seguem-se os ciclos do açúcar, da pecuária, do ouro, a ascensão da economia cafeeira, e, no século XX, a crise da cafeicultura e a industrialização, cuja especificidade o autor trata com distinta clareza.
Em paralelo aos cinco séculos de história econômica, Furtado estuda a evolução da mão-de-obra no Brasil, desde a escravidão até o trabalho assalariado, o dos imigrantes europeus e dos migrantes internos. Na conclusão, aponta os dois desafios a serem enfrentados até o fim do século XX, que guardam plena atualidade: completar a industrialização do país e deter o processo das disparidades regionais.
Formação econômica do Brasil; Celso Furtado; Companhia das Letras; 352 páginas; R$ 62,90