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- Publicada em 27 de Maio de 2019 às 03:00Grupo qualifica líderes para fomentar educação ambiental no Vale do Taquari
Coordenado por Jane Mazzarino, o Ceami faz parte do Ppgad da Univates
TUANE EGGERS/DIVULGAÇÃO/JC
Eduardo Lesina
Pensar em um desenvolvimento sustentável para o crescimento de cada cidade se tornou um objetivo legal desde 2010. O ano que marca o sancionamento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), através da Lei nº 12.305, trouxe a gestores, fabricantes e consumidores responsabilidades perante a questão do gerenciamento de resíduos produzidos na sociedade. Trazendo a prevenção e a redução na geração desses resíduos como base, a lei serve como modelo para os gestores públicos e privados repensarem a produção e a logística dos seus produtos, assim como a destinação correta para o descarte e seu armazenamento.
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Pensar em um desenvolvimento sustentável para o crescimento de cada cidade se tornou um objetivo legal desde 2010. O ano que marca o sancionamento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), através da Lei nº 12.305, trouxe a gestores, fabricantes e consumidores responsabilidades perante a questão do gerenciamento de resíduos produzidos na sociedade. Trazendo a prevenção e a redução na geração desses resíduos como base, a lei serve como modelo para os gestores públicos e privados repensarem a produção e a logística dos seus produtos, assim como a destinação correta para o descarte e seu armazenamento.
Para atender às demandas estipuladas pela PNRS, o consórcio de pequenos municípios do Vale do Taquari, denominado G-8, uniu forças e formou o Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (Pigirs). Criado em 2005, o G-8 une os municípios de Forquetinha, Canudos do Vale, Sério, Marques de Souza, Santa Clara do Sul, Progresso, Boqueirão do Leão e Cruzeiro do Sul. Mesmo tendo sido criado em 2005, o consórcio tornou-se uma figura jurídica em 2010, formando o Consórcio Público Intermunicipal para Assuntos Estratégicos do G-8 (Cipae G-8).
A formação desse consórcio resultou na criação do plano de atuação do G-8 para as questões do gerenciamento de resíduos, tendo como principal objetivo a criação, já em andamento, de um aterro sanitário no município de Progresso. Mesmo com o projeto em curso, o Ministério Público pressionou o grupo para atender às outras demandas previstas na PNRS, como a questão da educação ambiental.
Para corrigir o vácuo deixado no planejamento, os responsáveis pelos departamentos de meio ambiente dos oito municípios formalizam um convênio com o grupo de pesquisa Comunicação, Educação Ambiental e Intervenções (Ceami) da Universidade do Vale do Taquari (Univates).
Coordenado por Jane Mazzarino, o Ceami faz parte do Programa de Pós-Graduação Ambiente e Desenvolvimento (Ppgad) da Univates e vai trabalhar na ideia de identificar lideranças, formá-las através de uma metodologia expositiva e participativa para criar conscientização na população local. "A metodologia principal consiste em formar multiplicadores de educação ambiental na comunidades, para que se tenha uma qualidade da chegada dos resíduos no aterro e não criar perdas econômicas", explica Jane.
A escolha dos representantes dessa multiplicação está atrelada à personalidades que tenham envolvimento com a questão ambiental e perfil de liderança, mesmo que informal, dentro dos municípios. Em grupos de 15 pessoas por cidade, os formados na qualificação tem como função reproduzir e multiplicar o conhecimento adquirido, de forma a levar as informações para determinados grupos sociais dentro do G-8.
Dividido em módulos, o trabalho parte da contextualização e da produção de conhecimento sobre as especificidades do tema, assim como as questões didáticas necessárias para a multiplicação. No primeiro módulo, o objeto de estudo é a questão da ética e da responsabilidade ambiental. No segundo, os grupos trabalharão a abordagem prática, através dos conceitos de classificação e de separação do lixo, os tempos de decomposição de certos produtos e a destinação correta para esse elementos.
As práticas metodológicas de multiplicação das informações obtidas é o tema do terceiro módulo, que também apresenta métodos participativos e técnicas colaborativas para inserir a comunidade no contexto da transformação ambiental.
O quarto módulo consiste na prática da intervenção: os líderes planejam suas ações e têm um mês para realizar as atividades planejadas nas comunidades dentro dos municípios que representam. Após esse mês, os multiplicadores retomarão as atividades com o Ceami e relatarão os acontecimentos adquiridos no processo. Ao longo de 2019, a parceria entre o Ceami e o G-8 realizará 42 atividades de formação, com quatro municípios no primeiro semestre e os outros quatro, no segundo semestre.
