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Empresas & Negócios

- Publicada em 13 de Maio de 2019 às 03:00

Projeto constrói lares para animais de rua e luta contra o abandono

Meireles (e) recebe ajuda dos vizinhos para construir as casas, mas depende da doação de material

Meireles (e) recebe ajuda dos vizinhos para construir as casas, mas depende da doação de material


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Pedro Carrizo
Quando o eletricista Felipe Hilário Meireles construiu a primeira casinha que viria dar abrigo para um dos tantos cães abandonados na Região Metropolitana de Porto Alegre, ele não imaginava o impacto positivo que isso causaria. Hoje, com pouco mais de oito meses de duração, o Projeto Social Casinhas Azuis, fundado por Meireles, em Cachoeirinha, já construiu mais de 134 lares para cachorros abandonados. Cada lar é composto por materiais reciclados ou frutos de doação e duram entre três e cinco anos. Se a matéria-prima fosse comprada, seriam necessários entre R$ 400,00 e R$ 450,00 para adquirir o material de cada unidade.
Quando o eletricista Felipe Hilário Meireles construiu a primeira casinha que viria dar abrigo para um dos tantos cães abandonados na Região Metropolitana de Porto Alegre, ele não imaginava o impacto positivo que isso causaria. Hoje, com pouco mais de oito meses de duração, o Projeto Social Casinhas Azuis, fundado por Meireles, em Cachoeirinha, já construiu mais de 134 lares para cachorros abandonados. Cada lar é composto por materiais reciclados ou frutos de doação e duram entre três e cinco anos. Se a matéria-prima fosse comprada, seriam necessários entre R$ 400,00 e R$ 450,00 para adquirir o material de cada unidade.
As moradias são feitas artesanalmente na frente da casa de Meireles e finalizado com uma tinta azul não tóxica para os animais, resistente ao sol, a chuva e, na maioria das vezes, ao vandalismo. "As casinhas têm que ser bonitas e bem finalizadas, para que as pessoas que passam por elas não as depredem e, de alguma forma, deem valor para adoção. Quem olha para elas verá que são feitas com muito amor", justifica Meireles, que prega em cada trabalho finalizado uma placa com as leis que tipificam o maltrato aos animais como crime em nível federal, estadual e municipal.
Todas as casinhas são cadastradas pela Diretoria de Proteção Animal de Cachoeirinha. Algumas são distribuídas em locais estratégicos da cidade, perto de hospitais e escolas, para abrigar animais cuidados coletivamente pela comunidade. Porém, a maioria das moradias é destinada para quem decide adotar.
A ideia principal do projeto, segundo Meireles, sempre foi servir como suporte para os protetores animais do Estado. Normalmente, quando se consegue alguém disposto a adotar um cachorro, esses protetores gastam com remédios, castração, além de várias outras despesas. O Casinhas Azuis, buscando dar mais um incentivo à adoção, oferece uma moradia novinha para quem está disposto a cuidar do pet, o que, muitas vezes, facilita todo o processo.
Atualmente, a iniciativa trabalha com uma rede de mais de 320 protetores de animais, que encaminham as demandas para Meireles.
Pouco a pouco, a iniciativa desenvolvida pelo eletricista acabou se tornando em um dos principais chamarizes para adoção e castração de animais abandonados em Cachoeirinha. Além disso, há pedidos de casinhas azuis para Canoas, Novo Hamburgo, Porto Alegre e até Rosário do Sul, localizada na fronteira oeste do Estado.
"Fazemos o que está ao nosso alcance, mas como todas as casas são construídas com materiais doados, fica bem difícil acompanhar a demanda sem doadores fixos", ressalta o fundador. Para esse inverno, o projeto já tem 82 pedidos de casinha na fila de espera, mas Meireles só tem material para construir 62.
"Ajudaria muito se conseguíssemos alguma empresa que nos apadrinhasse, seja com os materiais que sobram de construções ou com algum aporte que permita a compra das madeiras, pregos, telhas e a tinta". O projeto também não tem apoio financeiro de nenhum órgão governamental.
Para além das casinhas, o projeto também busca diminuir o número de animais abandonados - segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 30 milhões de animais vivem em situação de rua no Brasil - através da conscientização no ambiente escolar.
Com ajuda do mascote Duke e de todos os outros parceiros do Projeto Casinhas Azuis - formado por familiares, vizinhos e amigos de Meireles, além dos protetores de animais - a iniciativa realiza visitas a turmas de Ensino Fundamental, apresentando as responsabilidades e as alegrias que adotar um bichinho pode trazer. "Acredito que é muito importante plantar essa sementinha. Quase toda criança ama animais, mas com as palestras elas entendem que nem tudo é brincadeira e que ter um pet também demanda obrigações. A mais importante é que não se pode abandoná-los", explica Meireles.
Para quem quiser ajudar, seja com doações de materiais de construção, convite para palestras em escolas ou aporte financeiro, na página do Facebook do Projeto Social Casinhas Azuis (www.facebook.com/projetosocialcasinhasazuis) é possível conversar com Meireles, ou com outros integrantes da iniciativa, e ver a melhor forma de participar. Em oito meses, foram realizadas pouco mais de 100 doações, volume que precisa aumentar para que o projeto prossiga.
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