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- Publicada em 22 de Abril de 2019 às 03:00

Game of Thrones movimenta milhões

Série chega à sétima temporada na TV por assinatura e plataformas digitais

Série chega à sétima temporada na TV por assinatura e plataformas digitais


/HBO/DIVULGAÇÃO/JC
Com a estreia, na semana passada, da oitava e última temporada de Game of Thrones (GoT), na HBO, chega ao fim uma saga que movimentou centenas de milhões de dólares desde 2011. Ou quase, afinal, falta o autor da história original, George R. R. Martin, publicar os dois últimos livros dos sete previstos. Só os cinco volumes iniciais venderam mais de 70 milhões de exemplares no mundo, enquanto a série neles inspirada chegou à sétima temporada com 30 milhões de espectadores por episódio, na TV ou em plataformas digitais.
Com a estreia, na semana passada, da oitava e última temporada de Game of Thrones (GoT), na HBO, chega ao fim uma saga que movimentou centenas de milhões de dólares desde 2011. Ou quase, afinal, falta o autor da história original, George R. R. Martin, publicar os dois últimos livros dos sete previstos. Só os cinco volumes iniciais venderam mais de 70 milhões de exemplares no mundo, enquanto a série neles inspirada chegou à sétima temporada com 30 milhões de espectadores por episódio, na TV ou em plataformas digitais.
As somas envolvidas na produção são colossais como os dragões de Daenerys Targaryen. Só no episódio da Batalha de Água Negra, na segunda temporada, foram gastos US$ 8 milhões. A primeira temporada custou, segundo estimativas de sites especializados, em torno de US$ 60 milhões, enquanto a sexta passou dos US$ 100 milhões. Cada um dos seis episódios da temporada final teria custado US$ 15 milhões, segundo dados da Variety, e isso sem contar os efeitos especiais.
A HBO, procurada, não revela os dados financeiros da série. Mas, segundo o jornal britânico Financial Times, em 2017 (quando a sétima temporada foi exibida) sua receita subiu 7%, para US$ 6,3 bilhões, puxada pelo crescimento de 11% em assinaturas. E, de acordo com o site Statista, a receita com assinantes do canal passou de US$ 3,77 bilhões em 2011 (ano de estreia da série) para US$ 5,5 bilhões em 2017.
Os dólares também estão chegando para muitas outras empresas, que lançaram um sem-número de produtos inspirados na série, como sete videogames, e um jogo de tabuleiro em que cada jogador lidera uma das dinastias ('A Game of Thrones', lançado no Brasil pela Galápagos Jogos).
Além de réplicas do Trono de Ferro em miniatura, action figures e bonecos Funko de personagens da série, canecas temáticas, almofadas, e até maquiagem Game of Thrones, linha da empresa americana Urban Decay lançada neste mês. São batons, lápis, blush, sombras e pincéis (que reproduzem as espadas de John Snow e Arya Stark). As Havaianas se inspiraram em Daenerys e nas irmãs Stark para modelos com muito dourado, dragões e brasões.
A Sony vai lançar uma trilha sonora com CD e vinis com capas com os símbolos das famílias de GoT. E há até um uísque 'White Walker', da Johnnie Walker, para ser tomado em clima de inverno. Já a Samsung pegou carona no sucesso da série para lançar seu novo modelo de TV, em Qled 8K, no Brasil, em um evento para convidados.
O sucesso de GoT é, segundo o professor Pedro Curi, coordenador do curso de Cinema e Audiovisual da ESPM e cujo doutorado na UFF tratou de séries e consumo, resultado da estratégia da HBO. "A série era a mais pirateada do mundo, e a HBO mudou isso passando-a simultaneamente com os EUA e transformando a exibição dos episódios em uma experiência, um evento social", diz Curi. "Você quer assistir a GoT com todo mundo, não quer levar um spoiler, e assim as pessoas passaram a ver a série ao vivo na TV. Isso levou os espectadores a criarem 'dias de GoT', preparando suas casas para ver a trama, e as empresas a lançarem artigos e promoções para a série."
Segundo Curi, isso deu um novo gás à televisão em plena era do streaming. Já para Roney Giah, fundador da produtora Doiddo Filmes, a série ganhou força exatamente com ajuda do próprio streaming, via HBO Go, e dos games. O apelo da história para uma sociedade impregnada pela tecnologia, em que a realidade é veloz e um tanto fragmentada, é outro segredo do seu sucesso, afirma Michel Alcoforado, antropólogo e sócio-diretor da consultoria Consumoteca.
 
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