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Empresas & Negócios

- Publicada em 01 de Abril de 2019 às 03:00

Os robôs vão acabar com os profissionais de RH?

Não é de hoje que presenciamos as inúmeras mudanças trazidas pela tecnologia. A era digital está aí, e os avanços invadem as mais diversas áreas profissionais. Diariamente, recebemos uma enorme quantidade de informação. São novas ferramentas, novos robôs, novas possibilidades para inúmeras tarefas. Na Gestão de Pessoas, não é diferente. A área, cada vez mais estratégica dentro das organizações, não poderia ficar de fora.
Não é de hoje que presenciamos as inúmeras mudanças trazidas pela tecnologia. A era digital está aí, e os avanços invadem as mais diversas áreas profissionais. Diariamente, recebemos uma enorme quantidade de informação. São novas ferramentas, novos robôs, novas possibilidades para inúmeras tarefas. Na Gestão de Pessoas, não é diferente. A área, cada vez mais estratégica dentro das organizações, não poderia ficar de fora.
Vejamos um exemplo: a inteligência artificial (IA) possibilita minimizar tempo em alguns procedimentos, como a triagem de currículos para processos de R&S. Já existem robôs que filtram as informações inseridas em seu sistema. A partir de análise, são elencadas as características comuns dos perfis mais produtivos e que melhor representam a cultura da empresa. O processo ocorre assim: as pessoas respondem perguntas, e um algoritmo ranqueia automaticamente os candidatos que deram "match" com os colaboradores que mais se destacam na organização.
Isso gera uma maior e melhor performance dos novos contratados, pois possuem um "fit cultural" alinhado ao da empresa. Ou seja, haverá uma conexão entre os valores do profissional e os disseminados dentro da empresa, gerando maior potencial para desenvolvimento e crescimento. A vantagem não é apenas para as organizações, mas também para os candidatos. A tecnologia facilita a seleção com uma forma mais dinâmica e interativa. Para o profissional de RH, a IA deve ser vista como uma parceira estratégica, pois através dela o modelo de trabalho na área está evoluindo.
Para um recrutamento de elite em escritórios jurídicos, por exemplo, é possível contar com filtros assertivos para descobrir perfis de candidatos que possuem características essenciais. Os algoritmos de IA são alimentados por uma enorme quantidade de informações - fundamental para identificar o padrão desejado. Logo, é criado um modelo de candidato ideal, otimizando o tempo dos recrutadores e tornando o processo mais rápido e eficiente. Com isso, a inteligência artificial se consolidou como tendência para as organizações estarem sempre à frente de concorrentes na aquisição de talentos.
Voltada ao setor industrial, há uma tecnologia que permite, na triagem dos currículos, fazer um filtro por proximidade ao transporte público, entre outros recortes. É uma informação que impacta diretamente no trabalho fabril: quanto mais próximo o trabalhador estiver de sua empresa, menos haverá atraso nas trocas de turno. Outro fenômeno que ganha espaço é a "gamificação", jogos que avaliam o desempenho, competências individuais ou em grupo. São usados em treinamentos para atrair e engajar pessoas, promovendo o aprendizado e auxiliando na resolução de problemas. Há ainda aplicativos desenvolvidos para os entrantes no mercado, que permitem aos jovens profissionais fazerem aulas e testes numa plataforma online. A partir dos resultados, um score card do usuário detalha sua performance.
Com tantas novidades surgindo, sentimo-nos empolgados com essa revolução, mas também refletimos: será que alguns cargos ou funções serão extintos? Ainda não sabemos, mas o olho no olho não poderá ser substituído por um robô. Isso porque em um recrutamento e seleção não avaliamos apenas as competências técnicas. Há ainda as comportamentais, que são de extrema relevância. Em outras palavras, o humano valida o resultado do trabalho da IA.
Em um mundo ideal, utilizaríamos vários desses magníficos robôs. Mas a verdade é que nossa realidade, muitas vezes, não nos permite usar toda a tecnologia disponível - seja pela mudança de hábitos ou pelos custos envolvidos. De qualquer forma, isso não deve ser desculpa para não nos atualizarmos e acompanharmos de perto as mudanças e tentar implementá-las na nossa rotina. Para sobrevivermos em um mercado tão competitivo, é obrigatório nos reciclarmos e evoluirmos.
Analista de Recursos Humanos do escritório Scalzilli Althaus
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