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Empresas & Negócios

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Fundos imobiliários geram desconfiança

Dos entrevistados, 64% disseram não compreender como funciona esse tipo de aplicação

Dos entrevistados, 64% disseram não compreender como funciona esse tipo de aplicação


/CREATIVEART/ FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC/
Apesar de um desempenho recorde no ano passado e um começo promissor em 2019, os fundos imobiliários ainda são encarados com desconfiança pelo investidor. O motivo, segundo pesquisa do buscador de aplicações financeiras Yubb, é a dificuldade das pessoas em entender o funcionamento desse nicho, que é negociado na bolsa, mas não é ação, e teve volatilidade diária parecida com os títulos de tesouro atrelados à inflação em 2018, passando longe de ser um produto de renda fixa.
Apesar de um desempenho recorde no ano passado e um começo promissor em 2019, os fundos imobiliários ainda são encarados com desconfiança pelo investidor. O motivo, segundo pesquisa do buscador de aplicações financeiras Yubb, é a dificuldade das pessoas em entender o funcionamento desse nicho, que é negociado na bolsa, mas não é ação, e teve volatilidade diária parecida com os títulos de tesouro atrelados à inflação em 2018, passando longe de ser um produto de renda fixa.
A Yubb levantou a percepção de 24.982 aplicadores a respeito dos fundos imobiliários. Mesmo com 46% deles demonstrando interesse, apenas 19% já investiram no produto. Segundo a pesquisa, isso se deve ao fato de que 64% dos entrevistados disseram não entender como é a dinâmica dessa aplicação. Já 61% não sabem onde comprá-la e 77% desconhecem uma informação primordial da modalidade: se a categoria do fundo é de tijolo, papel ou híbrida.
Os fundos imobiliários são produtos de renda variável com cotas negociadas em bolsa. Funcionam como ações, mas, em vez de empresas, o aporte é em imóveis. Os chamados "fundos de papel" são aplicações em títulos de renda fixa voltados ao setor imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Créditos Imobiliários (LCIs). Os "fundos de tijolo" são investimentos em ativos físicos, como shoppings, galpões ou lajes corporativas. E os híbridos misturam papéis e tijolos num mesmo pacote.
Esse produto tem se tornado mais atraente após a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições do ano passado. A perspectiva de juros baixos, inflação controlada e uma estabilidade econômica maior, que favorece investimentos, abre espaço para a valorização de ativos ligados à economia real, como ações e o setor imobiliário.
Em 2018, os fundos imobiliários registraram recorde em emissão. Foram 88 no total e um volume de cotas de R$ 13,8 bilhões, segundo a associação das entidades do mercado de capitais, a Anbima. Em janeiro, empurrados pelo início do governo de Bolsonaro e a expectativa do mercado em torno de sua agenda de reformas, sobretudo a da Previdência, já foram lançados sete novos fundos e um montante de R$ 3,5 bilhões - mais que em todo o primeiro trimestre de 2018.
"Esse mercado tem crescido, mas é muito novo. O índice de fundos imobiliários, o Ifix, é de 2012. É algo que sem dúvida ainda precisa de tempo para se tornar conhecido", afirma Sandra Blanco, consultora de investimentos da Órama. O mercado de capitais tem hoje 160 fundos imobiliários e o índice da categoria na B3, o Ifix, é composto por metade desses produtos - 80 fundos. Gustavo Bueno, gestor da área de fundos imobiliários da XP, diz que o crescimento tende a ser orgânico, na medida em que investidores forem obrigados a migrar parte de seu portfólio da renda fixa.
 
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