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Empresas & Negócios

- Publicada em 28 de Janeiro de 2019 às 01:00

Via Varejo mira cidades do Interior

Marcelo Nogueira é diretor de modelo de vendas de lojas físicas da Via Varejo

Marcelo Nogueira é diretor de modelo de vendas de lojas físicas da Via Varejo


VIA VAREJO/DIVULGAÇÃO/JC
Guilherme Daroit
Uma das maiores empresas de comércio do País, a Via Varejo - dona de marcas como Ponto Frio e Casas Bahia - tem olhado com atenção para o Rio Grande do Sul nos últimos anos. Apenas em 2018, foram 10 as inaugurações de lojas da rede no Estado, fincando bandeira de Torres a Uruguaiana. Ao todo, são 35 pontos das duas marcas em solo gaúcho, dando corpo a um projeto de expansão iniciado em 2016 com a ampliação do Centro de Distribuição em Cachoeirinha, investimento de R$ 3 milhões que quadruplicou a área.
Uma das maiores empresas de comércio do País, a Via Varejo - dona de marcas como Ponto Frio e Casas Bahia - tem olhado com atenção para o Rio Grande do Sul nos últimos anos. Apenas em 2018, foram 10 as inaugurações de lojas da rede no Estado, fincando bandeira de Torres a Uruguaiana. Ao todo, são 35 pontos das duas marcas em solo gaúcho, dando corpo a um projeto de expansão iniciado em 2016 com a ampliação do Centro de Distribuição em Cachoeirinha, investimento de R$ 3 milhões que quadruplicou a área.
Diretor de modelo de vendas de lojas físicas do grupo, Marcelo Nogueira conta que o objetivo é consolidar as marcas no Estado, com um olho na venda física, mas, o outro, no aumento das vendas on-line. A integração é o foco do conglomerado desde o lançamento das lojas Smart, pontos menores e com mais digitalização.
Empresas & Negócios - Por que a aposta no Rio Grande do Sul?
Marcelo Nogueira - Fizemos uma avaliação de mercado bem detalhada, com potencial de consumo atual, os concorrentes, os tipos de produtos que vendem. O Rio Grande do Sul, durante esse mapeamento, que começou há um ano e meio, despontou como um dos estados com potencial grande, com muitas praças. No Estado, nossas marcas têm uma aderência positiva, têm reconhecimento do consumidor, e isso nos motivou a investir mais no Estado. As lojas que inauguramos têm desempenhado bem e, se tudo caminhar como previsto, teremos mais algumas novas lojas ao longo de 2019.
Empresas & Negócios - Como anda a expansão?
Nogueira - Em 2018, tivemos 10 inaugurações. Já tínhamos feito anteriormente toda uma reformulação do Centro de Distribuição para nos prepararmos para essa leitura de mercado que tínhamos. A grande vantagem era conseguir ter os produtos mais perto das lojas e dos clientes para melhorar o prazo de entrega. Isso vale também para as lojas do modelo Smart, que integram muito o on-line com o off-line. Não é estratégia só para o canal loja, mas para o on-line também. E miramos não só em Porto Alegre por alguns motivos. São oportunidades de mercado, mas também vínhamos observando que, quando se instala uma loja em uma cidade nova, a venda na internet também aumenta, porque de certa forma materializa para o consumidor a presença da bandeira, dá mais segurança de comprar on-line.
Empresas & Negócios - Qual a avaliação das lojas Smart, projeto iniciado em Canoas?
Nogueira - O modelo vem superando a nossa expectativa inicial. É uma loja mais leve, que funciona melhor para o cliente. Colocamos mais funções para o mesmo vendedor para que atenda o cliente do início ao fim, e o feedback de clientes e equipe foi positivo.
Empresas & Negócios - Discutiu-se por muito tempo se a internet ia matar as lojas.
Nogueira - Fomos aprendendo que um não vai matar o outro, até porque os clientes têm necessidades diferentes em momentos diferentes. O que mudou muito é que a loja precisou dar mais experimentação ao consumidor. Não basta mais ter o produto exposto, fomos botando novas ferramentas que permitam ao consumidor testar. O fato de ter Wi-Fi na loja, o cliente pode ter noção de como seria o uso da TV na casa dele. A loja física vai cumprindo esse papel de tangibilizar melhor os produtos para o cliente, algo que no mundo on-line é mais difícil pela própria estrutura do canal. Os dois canais precisam existir para oferecer uma solução completa para o cliente.
Empresas & Negócios - Qual é a ideia por trás do novo modelo de lojas compactas da Casas Bahia?
Nogueira - Antes de começarmos esta nova geração de lojas, tínhamos presença física das marcas Casas Bahia e Pontofrio majoritariamente em cidades com mais de 200 mil habitantes. Estes formatos novos nos permitiram desbravar alguns mercados em que víamos oportunidades de boa demanda de consumo. Com as Compactas, vamos avançar ainda mais, entrando em muitos municípios menores, com população de até cerca de 70 mil pessoas, fazendo com que a gente opere um modelo sustentável e, ainda, contribua para o crescimento local do nosso e-commerce. Ainda não há previsão de inauguração deste modelo na Região Sul.
Empresas & Negócios - O Rio Grande do Sul sempre teve redes locais fortes. Como veem isso?
Nogueira - Tem sim, uma concorrência muito bem estabelecida e competente. Mas temos esses elementos, de oferecer mais condições e soluções para o cliente e, quando falamos do digital, a possibilidade de oferecer uma gama de produtos mais ampla, desde pneu até fralda de bebê. Esse sortimento faz muita diferença.
Empresas & Negócios - O Estado está em crise nos últimos anos. Por que ainda tem potencial para o varejo?
Nogueira - Temos claras as dificuldades que vem sendo enfrentadas, mas continua sendo um dos maiores do País, com uma economia pujante. E quando vamos a uma cidade nova, há um mercado instalado. A dificuldade pode impactar no crescimento nos próximos anos, mas, em um primeiro momento, no tempo de maturação da loja, só pegar uma fatia do mercado já facilita a implantação.
Empresas & Negócios - Há sequelas ainda da primeira passagem da Casas Bahia pelo Estado?
Nogueira - Há dois, três anos, eu diria que tinha sim uma certa desconfiança. Materializamos isso, na época, nas contratações, as pessoas tinham um receio, uma coisa de se ia embora de novo. Hoje, se não está plenamente superado, está bem perto disso. Tem ainda essa memória em algumas praças, mas é cada vez mais distante. Tanto que as lojas novas estão vindo acima do que esperávamos, mesmo com um planejamento que já era ousado. Para nós, é a melhor prova de que as marcas têm um recall importante com o público, tem aceitação grande. A medida em que esse cliente compra conosco, percebe essa nova experiência, que é muito diferente do que era há 10 anos, quando a Casas Bahia saiu do Estado, ele é surpreendido.
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