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consumo

- Publicada em 16 de Dezembro de 2018 às 22:15

Presentes solidários aquecem o varejo

Ações voltadas a tornar melhor o Natal de muitas pessoas repercutem nas vendas

Ações voltadas a tornar melhor o Natal de muitas pessoas repercutem nas vendas


CORREIOS RS/DIVULGAÇÃO/JC
A mobilização em prol de comunidades carentes via projetos sociais não só contribui para uma boa imagem das empresas, como também gera ganhos para toda a sociedade. No período de festas de final de ano, o investimento de corporações de diversos setores produtivos com foco em ações solidárias de Natal é uma das iniciativas que incrementam as vendas de boa parte do comércio.
A mobilização em prol de comunidades carentes via projetos sociais não só contribui para uma boa imagem das empresas, como também gera ganhos para toda a sociedade. No período de festas de final de ano, o investimento de corporações de diversos setores produtivos com foco em ações solidárias de Natal é uma das iniciativas que incrementam as vendas de boa parte do comércio.
"O volume de vendas de brinquedos, roupas e fraldas (principalmente) que ocorre neste período é bem significativo por parte de confrarias, empresas e associações que se cotizam para presentear entidades e comunidades carentes", comenta o presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas-POA), Paulo Kruse. "Acontece muito do comércio, principalmente no atacado, porque neste canal é possível comprar em grande quantidade pelo menor preço."
Enquanto passa o conceito de empresa comprometida com responsabilidade social, agregando valor à marca, a corporação que volta suas ações para as camadas menos privilegiadas da população também ajuda a fomentar o espírito solidário e a consciência da importância do engajamento em causas que vão além do bom andamento dos negócios.
Segundo Kruse, esse tipo de iniciativa é ainda mais comum entre associações de empregados de empresas de grande porte, que tomam a iniciativa de forma autônoma. "Os empresários do comércio inclusive se preparam estocando produtos direcionados especificamente para esse tipo de demanda", detalha o dirigente.
Com toda essa mobilização, uma série de pessoas e entidades se favorecem de ações sociais, que partem, também, dos próprios varejistas. As reuniões anuais das Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) do Estado, que ocorrem com a missão de mobilizar comerciantes para as estratégias de final de ano, não se resumem a promoções natalinas de vendas, afirma o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch. Os encontros estratégicos também passam por diálogos de fomento a ações solidárias por conta do Natal.
"Que o comerciante tem sua realização pessoal no momento em que vende, não há dúvidas; entretanto, isso não é tudo. Existe um olhar solidário, especialmente para as crianças e os idosos", afirma Koch. O dirigente pondera que, "no longo prazo, a entidade tem o entendimento de que o mais importante é criar cidadãos estruturalmente produtivos e inseridos na sociedade". "Queremos ensinar a trabalhar e prosperar. Essa é a nossa linha prioritária de engajamento social", destaca Koch.
Exemplo de empresários que fomentam iniciativas em busca de amenizar a carência de determinados segmentos da sociedade neste período não faltam: um deles - talvez o mais popular - é o do Correios. "Já é um clássico as pessoas se mobilizarem para pegar uma cartinha e doar um presente de Natal - e o comércio se beneficia muito neste período, no qual as ações solidárias se multiplicam", comenta o presidente do Sindilojas-POA, Paulo Kruse.
"Neste ano, estou bem impressionada com os pedidos e valores dos brinquedos", comenta a supervisora da rede de lojas Del Turista, Beatriz Dias. Ela explica que a prática de pessoas e empresas comprarem presentes para doações no Natal é bastante comum, e que aumenta a cada ano.
Em 2018, a surpresa de Beatriz ficou por conta do aumento do tíquete médio dos produtos, que pulou de R$ 50,00 para R$ 150,00. "Sempre nos organizamos, porque a procura é grande, e muitas empresas encomendam uma quantidade maior de itens de valores acessíveis", explica a supervisora. "Recentemente, recebi pedido para reservar 100 produtos que possam ser doados tanto para menina quanto para menino, no valor de até R$ 30,00", exemplifica. Neste rol, entram jogos de quebra-cabeça e educativos. "Tem bastante alternativas neste valor. Temos fornecedores como a Xalingo, com produtos de valor menor, mas com qualidade, para crianças a partir de três anos."
Mas, apesar da crise, as pessoas estão procurando brinquedos com valores mais altos. Segundo Beatriz, a procura por carrinho de controle remoto, bicicletas e bonecas mais elaboradas, como Baby Life, entraram para a lista de presentes de pessoas e empresas que destinam verba e atenção para crianças carentes.
"Não sei se foi porque, durante o ano, estiveram mais moderadas no consumo, mas parece que, em 2018, as pessoas estão mais solidárias", avalia Beatriz, comemorando: "Isso ajuda a movimentar a venda de brinquedos".

Papai Noel dos Correios recebe cartinhas há quase três décadas

Milhões de pedidos chegam às agências e são distribuídos a quem quer ajudar

Milhões de pedidos chegam às agências e são distribuídos a quem quer ajudar


CORREIOS RS/DIVULGAÇÃO/JC
Com o objetivo de realizar o sonho de milhares de crianças em situação de vulnerabilidade social, a campanha O Papai Noel dos Correios ocorre há 29 anos em todo o País. A ação social nasceu de um grupo de funcionários da empresa, sensibilizados com as inúmeras cartinhas endereçadas ao bom velhinho a cada final de ano. Com o tempo, ganhou força e passou a unir a corporação e toda a população em uma grande corrente de solidariedade, transformando-se em um projeto corporativo dos Correios. 
Desde 2010, além de contemplar as cartinhas que vinham da sociedade, a iniciativa passou a fortalecer a importância da educação, convidando crianças de escolas da rede pública a também tirarem os sonhos do papel e desenvolverem habilidade da redação de carta, endereçamento correto e uso do CEP.
Com isso, também participam da campanha estudantes das escolas da rede pública (até o 5º ano do Ensino Fundamental), além de instituições parceiras, como creches, abrigos, orfanatos e núcleos socioeducativos. A campanha conta com o apoio de grande parte da população, com padrinhos, voluntários e empresas que adotam cartinhas de todos os estados do País.
No ano passado, mais de 36 mil cartas foram adotadas no Rio Grande do Sul. "Em 2018, cerca de 12 mil padrinhos já adotaram cartinhas, realizando o sonho de mais de 44 mil crianças gaúchas", comenta o coordenador da Campanha Papai Noel dos Correios no Rio Grande do Sul, Peterson Hennemann.
Desde o dia 23 de novembro até o último dia 8, as cartinhas puderam ser lidas de forma presencial em 91 pontos de adoção. Assim como na última edição, a campanha trouxe a possibilidade de apadrinhamento dos pedidos pela internet em algumas cidades.
No Estado, essa modalidade foi disponibilizada desde o dia 12 de novembro somente para moradores de Porto Alegre.
Nesse caso, a adoção foi feita pelo site oficial, e a entrega do presente pelo padrinho deve ser feita até o dia 23 de novembro no térreo do prédio histórico dos Correios na Praça da Alfândega (Centro Histórico da Capital). Os demais presentes devem ser levados pelos padrinhos aos pontos de entrega divulgados para que, posteriormente, os Correios realizem a distribuição.

Atitudes que fazem a diferença País afora

New Holland desenvolve ações com comunidades próximas à fábrica

New Holland desenvolve ações com comunidades próximas à fábrica


/NEW HOLLAND CONSTRUCTION/DIVULGAÇÃO/JC
Ainda faltam alguns dias para o Natal de 2018, mas na cidade de Contagem (Minas Gerais), crianças e idosos de instituições de comunidades próximas à fábrica da New Holland Construction (marca de máquinas para construção e infraestrutura da CNH Industrial) já receberam a visita do Papai Noel.
Em novembro, mais de 300 voluntários da fábrica visitaram três entidades da Grande Belo Horizonte, presenteando idosos da Casa Lar Balbina Maria de Jesus e os pequenos da Casa de Apoio à Criança de Contagem e do Centro de Educação Infantil Maria de Lourdes Gonçalves. Além disso, alunos da Escola Municipal Professora Lígia Magalhães estiveram na fábrica no dia 28 para um café da tarde. Durante as visitas os voluntários se vestiram de Papai e Mamãe Noel e distribuíram os presentes.
"As ações do Natal Solidário integram o Plantar e Construir, programa de responsabilidade social da New Holland Construction, que tem como premissa contribuir para o desenvolvimento das comunidades onde a marca está inserida", explica a responsável pela área de Sustentabilidade da CNH Industrial, Erika Michalick. Segundo ela, o investimento é coletivo: funcionários adotam crianças e idosos adquirindo presentes e a empresa suporta em todos processo organizativos, desde a identificação das instituições, passando pela divulgação, até a logística de entregas.
No Ceará, mais de 400 crianças foram contempladas nos últimos cinco anos pela campanha Natal Solidário do Carmel Resorts, que em dezembro realiza doação de presentes e brinquedos para cinco instituições.
"Sempre ajudamos as entidades sem fins lucrativos localizadas próxima ao hotel e voltadas a atender crianças com alguma necessidade", comenta o CEO do Carmel Resorts, Tarso Carneiro de Melo. Ambos os resorts da rede (Carmel Charme e Carmel Cumbuco) montam uma árvore de Natal especial na recepção onde são depositadas cartas de crianças que frequentam instituições locais.
"Os hóspedes que quiserem participar escolhem uma das cartas e apadrinham as crianças providenciando o presente tão sonhado por elas. Com essa atitude, os hóspedes fazem às vezes de Papai Noel e ajudam a levar o espírito natalino a essas crianças", destaca Melo. Para entregar os presentes às crianças, os resorts organizam um dia especial com brincadeiras, comidinhas, animadores e brinquedos, e a data é celebrada em conjunto com a comunidade local, "com o intuito de levar alegria e esperança às crianças carentes da região".
Para 2018, a ação será direcionada à Associação Vivendo e Aprendendo, localizada perto do resort, no Iguape. A ONG é formada por mães, pais, crianças, adolescentes e adultos associados da comunidade do Iguape, Barro Preto e adjacências. A entrega dos presentes será feita no próprio resort em data próxima ao Natal, com direito a Papai Noel e atividades interativas para as crianças. Já no Carmel Cumbuco, a campanha de 2018 será destinada à escola Helena de Aguiar Dias, que fica em Caucaia, próxima ao resort. Os presentes serão entregues na própria escola em data próxima ao Natal, com visita do Papai Noel e recreação para as crianças. 

Planejamento e escolha dos parceiros é fundamental

Para Nonohay, fazer o bem vai muito além de valores tangíveis

Para Nonohay, fazer o bem vai muito além de valores tangíveis


/MGN CONSULTORIA/DIVULGAÇÃO/JC
Em uma era em que as pessoas estão mais solidárias e abertas a fazer o bem, praticar o voluntariado, além de beneficiar outras pessoas, incentiva os colaboradores de corporações dos mais variados tipos a vivenciarem novas experiências. "Fazer o bem vai muito além de valores tangíveis. É uma forma muito positiva de finalizar o ano, renovar a esperança e fortalecer o programa de voluntariado empresarial", opina o diretor da MGN Consultoria, Marcelo Nonohay.
O especialista em gestão de projetos para transformação social atua facilitando o planejamento de ações voluntárias há mais de 20 anos. Ele explica que uma das formas mais gratificantes para ação de Natal em empresas é adotar uma criança e fazer uma sacolinha com itens de higiene pessoal, material escolar, além de brinquedos que ela queira ganhar. "Há diversas formas de planejar uma ação de entrega de sacolas de Natal", comenta Nonohay: o primeiro passo é escolher uma instituição de confiança que possa ser parceira na ação.
"O acordo com a instituição é, neste caso, de fornecer ao grupo de voluntários o que as crianças necessitam e qual o melhor dia para a entrega das sacolinhas de Natal", ensina Nonohay. Em seguida, é preciso definir o número de crianças beneficiadas e dividir entre seus colaboradores os pedidos e itens necessários, dar um prazo de arrecadação e, por fim, planejar o dia de entrega dos presentes.
O consultor afirma que é fundamental um bom planejamento e a escolha dos parceiros, uma vez que tudo isso irá definir como será a operacionalização do controle de coleta de sacolinhas por parte dos colaboradores. "Uma ideia bastante interessante é sempre tentar alinhar a ação de voluntariado com o propósito e valores da empresa. Por exemplo, se a corporação tem como objetivo a melhoria da educação no País, as sacolas de Natal poderão ser de materiais escolares - e assim por diante", sugere.

Voluntariado empresarial permanente incentiva participação cidadã

Trabalho voluntário não necessita estar ligado aos negócios da empresa

Trabalho voluntário não necessita estar ligado aos negócios da empresa


/NEW HOLLAND CONSTRUCTION/DIVULGAÇÃO/JC
Criar campanhas de arrecadação de roupas, alimentos ou brinquedos durante datas significativas, como o Natal, é uma boa iniciativa dentro de qualquer organização. Mas, apesar das campanhas de doação serem muito comuns, nem sempre fazem um bom programa de voluntariado empresarial. Para construir um programa conectado ao negócio e que engaje colaboradores em suas comunidades, é preciso, antes de tudo, entender o conceito da iniciativa.
Segundo o Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial (CBVE), a iniciativa de responsabilidade social de empresas deve visar incentivar, organizar, apoiar e reconhecer ações voluntárias de participação cidadã de seus profissionais e demais públicos de relacionamento, em prol da sociedade.
Na visão do diretor da MGN, Marcelo Nonohay, independentemente se o trabalho voluntário esteja ou não conectado ao negócio, é preciso que o processo de criação do programa de voluntariado empresarial gere valor compartilhado para ambas as partes: comunidade e empresa.
"Programas de voluntariado corporativo beneficiam além daqueles a quem se destinam", destaca. Um exemplo é o comércio de brinquedos, roupas, material escolar e alimentos no período de Natal.
Mas, em outras situações, outros segmentos, como o de construção civil, podem se beneficiar: mobilizar colaboradores para um mutirão de reforma de uma escola pública traz benefícios para a empresa, para a vida do colaborador, para a comunidade envolvida e para os lojistas que fornecerem o material da reforma.
No entanto, Nonohay adverte que é fundamental a empresa ter como ponto norteador o fato de transmitir seus valores para a comunidade de interesse ao planejar uma ação que se alinhe aos princípios de sustentabilidade e de responsabilidade social.
"Vale lembrar que a organização deve encarar o programa de voluntariado como um investimento corporativo que tem impactos na sociedade, nos colaboradores e na própria empresa."

Sindilojas apoia projeto que beneficia 65 entidades ligadas à Fasc

Em outubro, mais de 4 mil presentes foram doados por conta da Campanha do Brinquedo Solidário 2018, que segue até o Natal, com objetivo de arrecadar bonecas, carrinhos, jogos, entre outros mimos para crianças de entidades credenciadas pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc).
A iniciativa coordenada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (Smdse) conta com a parceria máster do Sindilojas-POA e prevê a doação de brinquedos para as 65 entidades de acolhimento da Rede de Assistência Social da Fasc, próprias e conveniadas. Também serão feitos kits para a renovação das brinquedotecas dos Abrigos Residenciais e Casas Lares.
Até 20 de dezembro, a arrecadação para o Natal segue em diversos pontos de coleta distribuídos pela cidade, a exemplo da própria sede do Sindilojas, de departamentos públicos municipais como Dmae, supermercados Zaffari e shoppings Bourbon, Total e Iguatemi, entre outros locais, incluindo hospitais, universidades e algumas empresas.
A titular da Smdse, Denise Russo, ressalta o significado do brincar para as crianças: "É muito importante para o desenvolvimento infantil esta etapa do imaginário lúdico que o brinquedo proporciona. Assim como no Dia das Crianças, esperamos que a solidariedade continue até o Natal".