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Empresas & Negócios

- Publicada em 16 de Dezembro de 2018 às 22:23

Hard Rock Café Gramado quer se firmar como destino turístico

Gabriela, uma das sócias, conta que a casa manteve o estilo serrano, mas com foco em tecnologia

Gabriela, uma das sócias, conta que a casa manteve o estilo serrano, mas com foco em tecnologia


RAFAEL CAVALLI/DIVULGAÇÃO/JC
Tatiana Prunes
O Hard Rock Café Gramado, inaugurado em julho, registrou a melhor abertura da marca entre todas as da América do Sul dos últimos 20 anos. A ideia de sediar uma franquia desse porte, na cidade serrana, pareceu, de início, difícil de ser levada em prática. Criado em 1971, o Hard Rock está, atualmente, em 36 países com mais de 143 lojas. No Brasil, hoje, além de Gramado, há uma unidade em Curitiba. Famosa mundialmente pela "atmosfera" que proporciona - uma mistura de loja, café, bar, casa de espetáculos e museu -, a unidade da serra gaúcha acabou sendo muito bem recebida. Conforme Gabriela Ruschel Michaelsen, uma das sócias do empreendimento, a casa manteve o estilo serrano acolhedor, mas com foco em tecnologia.
O Hard Rock Café Gramado, inaugurado em julho, registrou a melhor abertura da marca entre todas as da América do Sul dos últimos 20 anos. A ideia de sediar uma franquia desse porte, na cidade serrana, pareceu, de início, difícil de ser levada em prática. Criado em 1971, o Hard Rock está, atualmente, em 36 países com mais de 143 lojas. No Brasil, hoje, além de Gramado, há uma unidade em Curitiba. Famosa mundialmente pela "atmosfera" que proporciona - uma mistura de loja, café, bar, casa de espetáculos e museu -, a unidade da serra gaúcha acabou sendo muito bem recebida. Conforme Gabriela Ruschel Michaelsen, uma das sócias do empreendimento, a casa manteve o estilo serrano acolhedor, mas com foco em tecnologia.
Empresas & Negócios - Por que um HardRock Café em Gramado e não em Porto Alegre, por exemplo?
Gabriela Ruschel Michaelsen - Conforme pesquisa de mercado constatamos que Gramado possui cerca de 35 mil habitantes, mas recebe aproximadamente 6 milhões de turistas por ano. Então a cidade serrana tem, sim, grande potencial para um empreendimento como o Hard Rock, tanto para atender o turismo como para suprir a falta de opção de alguma franquia internacional de grande porte. Por esses fatores é que vislumbramos a marca como mais um entretenimento para Gramado. Se observares, o mesmo prédio do Hard Rock Café de Paris, Londres ou Orlando são totalmente diferentes, não são padronizados, tanto é que o nosso foi idealizado com características de Gramado não perdendo, claro, a identidade visual da marca.
Empresas & Negócios - De onde surgiu a ideia?
Gabriela - Foi fruto de um insight do meu irmão, Guilherme Ruschel Michaelsen, também sócio do empreendimento. Nós dois somos advogados e temos empreendimento imobiliário, o Laken, que, curiosamente, fez parte dos negócios de uma forma reflexiva. Como tivemos que guardar sigilo sobre a franquia, por dois anos, a partir da primeira divulgação na imprensa, a procura pelos nossos terrenos cresceu significativamente. Ao todo somos quatro sócios, Fabiano Feltrin, que, além de cover do Elvis é proprietário de um Bob's em Caxias do Sul e outro em Bento Gonçalves, e Eduardo Sonda, empresário do ramo de ar-condicionado. Apesar das atividades paralelas, somos bem presentes no Hard Rock.
Empresas & Negócios - Uma peculiaridade é que a unidade em Gramado é a única no mundo situada em uma cidade que não possui aeroporto. Isso chegou a ser um problema?
Gabriela - Foi um grande desafio implantar esta franquia em Gramado. Nós procuramos o franqueador máster do Brasil e ele mencionou que no radar dele nunca estaria presente em Gramado. Ele havia visitado a cidade há 20 anos e não imaginava o grande potencial, então finalmente veio conhecer o mercado em diferentes épocas do ano e entendeu que o negócio era propício. O outro impasse foi gerado, sim, pelo local não possuir aeroporto. É, no mundo, o único Hard Rock numa cidade sem a alternativa de transporte aéreo. Hoje, impressionados, estão vendo que o número de visitantes e vendas, desde a abertura, em julho deste ano, coloca a nossa casa em primeiro lugar na América do Sul.
Empresas & Negócios - E, na prática, as pesquisas confirmam que o foco será mesmo no público de turismo?
Gabriela - Sim, nós constatamos que mais de 90% do público é turista, inclusive de outros estados. A maioria é brasileira apesar de recebermos argentinos e uruguaios. Tivemos, também, é importante salientar, Hard Rock Lovers, que são os fanáticos pela marca. Presenciamos, a exemplo disso, a vinda de japoneses e portugueses que provavelmente nunca teriam estado em Gramado. São colecionadores dos itens da loja e que vêm em busca de lembranças, como os pins, vendidos com exclusividade na abertura e que depois passam a valer mais de 10 vezes do valor pago. Costumamos brincar que há um mercado paralelo de pins, mas a verdade é que essas pessoas querem ter o pin que passa a se tornar raro. Após esse primeiro momento da inauguração, seguem as vendas, mas não com a identificação gravada no pin, que o diferencia como edição limitada.
Empresas & Negócios - O movimento tem sido linear, independentemente da época?
Gabriela - Não percebemos nenhuma alteração de baixa significativa. Temos como exemplo o estoque de copos colecionáveis, feito para durar três meses, com base na indicação do Hard Rock Internacional, que toma como referência a abertura de outras unidades, e que esgotou em apenas 10 dias. Em Porto Alegre, não teríamos o mesmo resultado, porque seria um público fixo, não contaria com turistas. Gramado, por sua vez, tem, em uma das suas características, o lazer.
Empresas & Negócios - É possível que a casa se torne um atrativo e que provoque o turista a ir a Gramado exclusivamente para conhecer o Hard Rock?
Gabriela - Brinco, mas pode ser uma verdade que o Hard Rock venha a se tornar um destino. Além disso, passou a ser uma oportunidade para os que têm o sonho de conhecer o Hard Rock Café, mas que não tiveram a chance de viajar para outros países. Inclusive, entre outros fatores, o Hard Rock Café colocou a sua marca no mundo, mas o nosso empreendimento também fez Gramado ser conhecida internacionalmente. Nosso vídeo de abertura replicou em todas as unidades e os fãs, muitos que nunca haviam ouvido falar da cidade, passaram a saber dela. O presidente mundial do Hard Rock, em função do sucesso da abertura que apontou como uma das melhores dos últimos 20 anos, quis conhecer a nossa unidade. Ele se encantou não só com o prédio, mas com a estrutura, o atendimento bem padronizado e, também, com a cidade.
Empresas & Negócios - Como são as exigências para os padrões da marca?
Gabriela - Durante um mês, 26 profissionais estrangeiros estiveram treinando, na época, nossos 170 funcionários e mais cinco gerentes que já haviam praticado a função em unidades do exterior. Essa era uma das condições imposta pela Hard Rock Café e foi um investimento bem dispendioso, pois compreendeu fornecer passagem, hospedagem, alimentação e salário para o grupo todo. Depois, os produtos comercializados devem ser de uma empresa homologada. É necessário que essa empresa possua determinada capacidade de produção, enviar o produto para o Hard Rock internacional e então ficar credenciada no portal da marca internacional passando assim a ser autorizada para atender qualquer café da rede. Então é exigida uma qualidade de grau máximo para atender 100% do padrão dos produtos. Também é preciso oferecer estacionamento que atenda um número de visitantes conforme o tamanho do Hard Rock. Portanto, é uma franquia extremamente visada e não temos espaço para erro.
Empresas & Negócios - O empreendimento foi instalado em uma nova construção ou em uma casa que já existia?
Gabriela - Estamos em uma casa já existente em um local maravilhoso, um ponto muito estratégico. Bem perto da rodoviária, na entrada de Gramado. Quem vai para Canela passa pelo Hard Rock e, quem entra na cidade, pelo Centro, enxerga a Casa.
Empresas & Negócios - Quais os planos para encerrar o ano sem diminuir o ritmo?
Gabriela - Temos shows, os chamados life's music, mas ainda não há programação fixa. Quanto às festas de final de ano, faremos um Natal e Réveillon com abertura normal. E trabalhamos, também, com eventos, encontros corporativos e congressos.
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