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Empresas & Negócios

- Publicada em 17 de Setembro de 2018 às 11:50

Parceiros Voluntários desenvolve ferramenta para contribuir para a evolução humana

Maria Elena Johannpeter crédito- Gabriel Barboza

Maria Elena Johannpeter crédito- Gabriel Barboza


GABRIEL BARBOZA/DIVULGAÇÃO/JC
Tatiana Prunes
A Parceiros Voluntários desenvolveu uma plataforma focada em despertar a responsabilidade social característico das pessoas, interligando indivíduos às práticas do bem, por meio de conteúdo inspiracional, vídeos e oportunidades de voluntariado, o Integri. “Consiste em uma ferramenta para quem busca a evolução humana ou quer conhecer mais sobre o social, contribuindo para o fortalecimento do capital social e mais humanitário, cooperativo e ético”, afirma a Presidente voluntária da ONG Parceiros Voluntários, Maria Elena P. Johannpeter. A Voluntários está, há seis meses na capital Paulista, com um projeto piloto, mas pretende chegar no Brasil inteiro. “O Integri vem nos auxiliar neste sentido, porque não teríamos perna para atender tudo”, aponta Maria Elena. Os três eixos da Parceiros, segundo a presidente, são as organizações sociais através dos voluntários, do programa valores na educação e da plataforma Integri. “Essa é a radiografia da Parceiros. Como todos os nossos conselheiros são empresários temos que seguir uma linha que eles entendam, mas de qualquer maneira não perdemos o foco no idealismo que é o nosso coração”, completa Maria Elena.
A Parceiros Voluntários desenvolveu uma plataforma focada em despertar a responsabilidade social característico das pessoas, interligando indivíduos às práticas do bem, por meio de conteúdo inspiracional, vídeos e oportunidades de voluntariado, o Integri. “Consiste em uma ferramenta para quem busca a evolução humana ou quer conhecer mais sobre o social, contribuindo para o fortalecimento do capital social e mais humanitário, cooperativo e ético”, afirma a Presidente voluntária da ONG Parceiros Voluntários, Maria Elena P. Johannpeter. A Voluntários está, há seis meses na capital Paulista, com um projeto piloto, mas pretende chegar no Brasil inteiro. “O Integri vem nos auxiliar neste sentido, porque não teríamos perna para atender tudo”, aponta Maria Elena. Os três eixos da Parceiros, segundo a presidente, são as organizações sociais através dos voluntários, do programa valores na educação e da plataforma Integri. “Essa é a radiografia da Parceiros. Como todos os nossos conselheiros são empresários temos que seguir uma linha que eles entendam, mas de qualquer maneira não perdemos o foco no idealismo que é o nosso coração”, completa Maria Elena.
JC Empresas & Negócios - Como funciona a capacitação oferecida aos voluntários?
Maria Elena P. Johannpeter - A Parceiros faz uma capacitação dos coordenadores de voluntários que estão dentro da organização social. Esses são os anfitriões que vão receber, explicar a atividade e integrá-los na organização. Mas temos um curso de capacitação para que se entenda como é coordenar os voluntários. Quanto a capacitação do voluntário, trata-se de mostrar a ele a responsabilidade, o respeito, o entendimento, a conscientização e a importância do caminho do projeto social. Já ocorreu de o voluntário muito capacitado achar que está tudo errado, que as coisas poderiam ser feitas de outra maneira, tanto a parte de gestão quanto a de atendimento do beneficiário. E isso não é o correto. O voluntário está entrando para apoiar e, com o tempo, sim, ele pode vir a portar sugestões. Nós já tivemos voluntários que iniciaram em tarefas bem simples e hoje pertencem ao conselho deliberativo.
Empresas & Negócios - Quais são os principais entraves para atrair e, principalmente, manter os voluntários na ativa?
Maria Elena - Nós recebemos voluntários, capacitamos com este conceitual e os encaminhamos ao local de escolha. Portanto somos uma entidade meio, um elo de ligação, entre a vontade de as pessoas ajudarem e as necessidades da nossa comunidade. Fica a cargo da organização social que recebe este voluntário, por intermédio deste coordenador, mantê-lo estimulado, fidelizado e valorizado pelo trabalho que faz.
Empresas & Negócios - Que percentual de interessados acabam, de fato, envolvido?
Maria Elena - Cerca de 40% das pessoas que nos procuram permanecem em atividade. Podem não ser as mesmas e existe uma rotatividade, mas o número não altera. A cultura que nasceu junto da Parceiros Voluntário tem o propósito de desenvolver um trabalho organizado, então todas as 470 mil pessoas que passaram por nós em Porto Alegre e em todas as unidades do Rio Grande do Sul, absorveram o entendimento do voluntariado e isso para nós já é um grande ganho. Há 21 anos lembro em minhas palestras sobre voluntariado, quando me perguntavam o que eu ganhava com isso e por que trabalhar de graça. Esse conceito mudou muito.
Empresas & Negócios - Em que área se percebe maior interesse por parte dos voluntários?
Maria Elena - As entidades que trabalham com criança e com necessidades especiais, são as duas que englobam um percentual maior, mas há muita necessidade na parte de gestão. É interessante, porque toda a organização necessita de um contador, de alguém que sistematize os arquivos, que atue com informática, que atenda a portaria. Nas nossas reuniões de conscientização mostramos essas necessidades.
Empresas & Negócios - Qual o setor em que se identifica mais necessidade?
Maria Elena - Todas as organizações sociais têm dificuldade com a manutenção que não significa apenas recurso financeiro, porque além disso existe o recurso de materiais, de conhecimento, do humano voluntário. Ou seja, são inúmeras as maneiras para receber ajuda. Com a entrada do inverno, nossas crianças estão precisando de cobertores, começando o ano letivo, de material escolar. E o voluntário pode apoiar muito essas causas participando de campanhas, inclusive, com a elaboração de um planejamento a fim de arrecadar o que for necessário conforme a demanda. Na parte de gestão, oferecemos cursos como de captação de recursos, comunicação e marketing, recursos humanos, de cash flow, educando para a transparência e entendendo o marco regulatório do terceiro setor. Advogados, contadores, dentistas, todo e qualquer profissional pode exercer sua atividade, numa organização. As vemos como uma grande teia social de sustentabilidade dos valores de uma sociedade. Quem funda uma organização, faz por um idealismo, mas temos que somar a isso o profissionalismo para que essa causa tenha um resultado com emoção, mas, sustentação e perpetuidade. Esse é o nosso conceitual.
Empresas & Negócios - As organizações não deixam de ser uma empresa que demanda atendimento em todos os setores?
Maria Elena - Sim. Eu vejo todo e qualquer projeto social como uma pequena unidade de negócios, porque ela só não dá lucro, pois reinveste tudo, e obtendo um superávit emprega na organização, mas é preciso que se tenha recurso financeiro, uma sobrinha para o mês seguinte, ou seja, necessita de tudo o que uma empresa possui. O terceiro setor conta com leis iguais às das empresas pequenas, médias ou grandes, assim como com Cnpj, INSS e ISSQN.
Empresas & Negócios - Qual o movimento do Terceiro Setor em termos de recursos financeiros?
Maria Elena - A ONG Parceiros Voluntários já mobilizou cerca de 470 mil voluntários. Se pegarmos 40% destas pessoas, inferir que eles realizem quatro horas de trabalho semanal, multiplicar pelo número de meses de um ano e colocar um valor de hora de trabalho equivalente a R$ 20 obteremos um total de R$ 180 milhões, que seria o investimento anual necessário se estes voluntários fossem remunerados. Números que correspondem a 3,4% de contribuição no PIB, R$ 60 bilhões de acordo com o IBGE – FASFIL/2012. Atualmente existem 820.455 organizações da Sociedade Civil no Brasil, segundo o IPEA/2018 e 2,9 milhões de empregos formais em Organizações da Sociedade Civil, conforme o Ministério do Trabalho/2015. Então costumo dizer que o social não é feito apenas de pessoas com boas intenções, é composto também de um resultado econômico muito forte para as comunidades. Porque para toda a ação, há uma reação e 470 mil pessoas que se movimentam voluntariamente, deve significar muito economicamente.
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