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Empresas & Negócios

- Publicada em 06 de Agosto de 2018 às 01:00

Meta da Feipet 2019 é de que 50% da oferta seja de lançamentos

Mariana Trevisan, diretora da MV Trevisan

Mariana Trevisan, diretora da MV Trevisan


MV TREVISAN/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Responsável por gerenciar o Departamento de Feiras e Eventos da MV Trevisan, a jornalista e empresária Mariana Ourique Trevisan comenta que a próxima edição da Feipet (Feira de Negócios para Animais de Estimação) deve bater recorde em novidades. Antes de apresentar para o setor de produtos e serviços voltados a animais de estimação um evento exclusivo para o Rio Grande do Sul, Mariana e a sócia, Valéria Trevisan, nunca tinham pensado em desenvolver um produto próprio. Até então, a dupla realizava consultoria em comunicação para entidades como o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em feiras do setor, a exemplo da Francal e da Couromoda.
Responsável por gerenciar o Departamento de Feiras e Eventos da MV Trevisan, a jornalista e empresária Mariana Ourique Trevisan comenta que a próxima edição da Feipet (Feira de Negócios para Animais de Estimação) deve bater recorde em novidades. Antes de apresentar para o setor de produtos e serviços voltados a animais de estimação um evento exclusivo para o Rio Grande do Sul, Mariana e a sócia, Valéria Trevisan, nunca tinham pensado em desenvolver um produto próprio. Até então, a dupla realizava consultoria em comunicação para entidades como o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em feiras do setor, a exemplo da Francal e da Couromoda.
Empresas & Negócios - Como surgiu a ideia de promover uma feira para o mercado pet no Rio Grande do Sul?
Mariana Trevisan - Comecei muito cedo, me formei já com a empresa em andamento, em sociedade com minha irmã, Vanessa. Então o mercado de feiras foi minha escola de empresariado. Meu pai também foi empresário, na área de produtos químicos para couro, e também me ensinou muito. A ideia da Feipet, produto que alavancou a MV Trevisan, partiu dele, em um momento em que o mercado pet estava crescendo (atualmente, o Brasil é o terceiro maior do mundo em faturamento no segmento pet, mas na época era o segundo) e que, em paralelo, eu e minha sócia já somávamos experiência com feiras internacionais. Nossa aposta deu certo e, desde 2013, a Feipet promove o segmento pet na Região Sul do País. De lá para cá, mais de 190 empresas já participaram das seis edições do evento.
Empresas & Negócios - Na época, trabalhavam com foco na consultoria em comunicação. Como foi encarar a produção e comercialização de um evento deste porte?
Mariana - Naquela época, tínhamos organizado a Feira da Floresta, que acontecia em Gramado, e isso nos deu coragem de fazer um produto próprio. Como fizemos escola no mercado calçadista, percebemos que as feiras regionais começaram a se fortalecer. Na época, só existia um evento deste gênero, na capital paulista - e que é grande até hoje. Mas o custo de deslocamento, muitas vezes, encarece e dificulta a participação de empresários localizados em outras regiões. Então ter algo mais próximo de médicos veterinários e lojistas gaúchos fazia todo sentido. Lançamos a Feipet em 2011, e começamos a comercializar em 2012. A primeira edição ocorreu em abril de 2013. Desde então, o evento vem crescendo na mesma proporção do setor pet.
Empresas & Negócios - Quais são as principais mudanças?
Mariana - Não mudou muito. Na primeira edição, a economia brasileira estava bem mais estável, e demoramos para sentir o efeito da crise. Como o mercado pet está aquecido, o crescimento não caiu muito, mas estacionou desde 2017. Na época que iniciamos a Feipet, o setor tinha crescimento de 10% a 12% ao ano, agora está entre 5% a 8% ao ano - consequentemente, a feira sentiu isso nos últimos dois anos. Mesmo assim, ainda vemos muita empresa nova surgindo, apesar de os empresários deste mercado se mostrarem um pouco inseguros no sentido de fazer investimentos (em estande no evento), porque o retorno de uma feira de negócios ocorre no decorrer de um ano inteiro. Considerando que o empresário fecha contrato com o evento um ano antes, o retorno deste investimento ocorre quase dois anos depois.
Empresas & Negócios - Quais são os resultados da Feipet 2018 e como estão os preparativos da Feipet 2019?
Mariana - Neste ano, a Feipet ocorreu entre 21 e 23 de abril, e contou com mais de 60 expositores (30% foram de novas marcas) distribuídos em cerca de 4 mil m² de feira, que é erguida no Centro de Eventos e Negócios da Fenac, em Novo Hamburgo. No total, a feira recebeu seis mil visitantes de 12 estados do Brasil e países vizinhos (número superior a 2017). Muitos aproveitaram para conferir as 27 palestras e minicursos promovidos no evento. Aliás, isso nós percebemos que é fundamental: unir a possibilidade de capacitação dos empresários, além da exposição de produtos para as empresas. No que se refere à sétima edição da Feipet, que ocorre em 2019, já estamos comercializando estandes. Queremos manter a metragem, oferecendo desses 50% de marcas novas. Dos 1,4 mil m2 de área de exposição, 30% já foram vendidos em apenas três meses de comercialização. Também queremos manter os espaços paralelos, que possuímos desde a primeira edição, sempre trazendo novidades para o público da região. Muitas vezes, conseguimos levar palestrantes internacionais ou nacionais que nunca estiveram no Estado. Tudo isso fez da Feipet a principal feira de negócios da Região Sul, e a única e pioneira do setor no Rio Grande do Sul.
Empresas & Negócios - Quais principais produtos da feira?
Mariana - Um detalhe importante é que primamos por ofertar produção nacional, ou de países como Itália, Uruguai, e Estados Unidos, porque a ideia é oferecer a melhor qualidade e o preço mais justo possível. E já que estamos com a economia em crise, temos a missão de aquecer o mercado para o fabricante brasileiro. Nossa meta também é sempre apresentar novidades, o que é um desafio, pois os lançamentos neste mercado levam cerca de dois anos para acontecer. Então a saída é convidar marcas novas a cada ano. No que se refere aos produtos mais procurados, o ramo de alimentação é o segmento que mais fatura no setor pet, e no qual surgem mais empresas. Para se ter uma ideia, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), em 2016, o mercado nacional chegou a R$ 18,9 bilhões em faturamento, e deste número 67,5% foi gerado pelo segmento de petfood. Depois, vêm os serviços (16,7%), as roupas, os cosméticos e acessórios (8,1%), e a área clínica (7,8%).
Empresas & Negócios - Como está o cenário do mercado de eventos no País em geral?
Mariana - Mudou muito: há anos, ocorria um desbunde de estandes construídos, com muito dinheiro envolvido. As empresas investiam bastante em infraestrutura. Atualmente, o mercado está diminuindo o tamanho dos estantes, porque os empresários estão entendendo que não precisam de uma área enorme e que o que importa é mesmo os produtos que serão expostos. Além disso, a infraestrutura pode encarecer demais. E, hoje em dia, as feiras estão se tornando mais espaços de relacionamento, mais para fazer networking e testar a aceitação dos produtos. Já não ocorrem tanto as vendas durante o evento - os negócios mesmo acabam ficando para o futuro. Outra coisa que percebo é que, em geral, se estão criando espaços para o empreendedor, para o empresário que está querendo investir.
Empresas & Negócios - Quais os empecilhos para se promover um evento grande no Brasil?
Mariana - O alvará individual de cada expositor. Em Novo Hamburgo, por exemplo, tem que pagar taxa para a prefeitura para ter alvará de funcionamento para o período de feira. Isso vai gerando custos, que podem interferir na decisão do empresário em participar como expositor. Isso acaba dificultando a chegada de turistas de negócios nos municípios, que vão gastar também no comércio em geral. Outra coisa que é bem complexa é lidar com os planos de prevenção de incêndio, e outras questões (necessárias) envolvendo a segurança dos visitantes. No geral, a burocracia dos processos dificulta a vida do empresário como um todo.
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