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Empresas & Negócios

- Publicada em 16 de Julho de 2018 às 01:00

Otis estima crescimento do mercado de elevadores

Julio Bellinassi

Julio Bellinassi


OTIS/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Projetando o incremento do PIB e o aquecimento do setor da construção civil no País, o presidente da multinacional Elevadores Otis, Julio Bellinassi, espera também o aumento das vendas de elevadores. Tendo recentemente adquirido a divisão de elevadores e escadas rolantes da Mitsubishi Electric no Brasil (Melco Elevadores do Brasil S.A.), que possuía unidade em Guaíba, a companhia considera o Brasil e o Rio Grande do Sul como mercados importantes. Em 2017, o grupo faturou US$ 12,3 bilhões globalmente e mantém aproximadamente 2 milhões de escadas rolantes e elevadores em todo mundo, estando presentes em mais de 200 países.
Projetando o incremento do PIB e o aquecimento do setor da construção civil no País, o presidente da multinacional Elevadores Otis, Julio Bellinassi, espera também o aumento das vendas de elevadores. Tendo recentemente adquirido a divisão de elevadores e escadas rolantes da Mitsubishi Electric no Brasil (Melco Elevadores do Brasil S.A.), que possuía unidade em Guaíba, a companhia considera o Brasil e o Rio Grande do Sul como mercados importantes. Em 2017, o grupo faturou US$ 12,3 bilhões globalmente e mantém aproximadamente 2 milhões de escadas rolantes e elevadores em todo mundo, estando presentes em mais de 200 países.
JC Empresas & Negócios - Como está a evolução do mercado nacional de elevadores nesses últimos anos?
Julio Bellinassi - Depois de quatro anos de queda do PIB brasileiro e consequentemente com queda também no mercado de elevadores, agora começamos a perceber uma reação. Parou de cair e iniciou-se uma leve recuperação, ainda muito discreta, mas, sim, uma recuperação; e esperamos algo maior para o próximo ano.
Empresas & Negócios - O senhor estimaria um percentual de crescimento nas vendas de elevadores?
Bellinassi - Falando de mercado de elevadores no Brasil, calculo que cresça em 2018 de 1% a 2% e, no próximo ano, de 2% a 4%. Isso em número de elevadores. Em 2017, estimamos que o mercado de elevadores do País foi de 7,5 mil a 8 mil unidades.
Empresas & Negócios - Como a melhora da economia brasileira reflete no setor?
Bellinassi - O mercado de elevadores está muito ligado ao da construção civil. Quanto maior o número de lançamentos de novos edifícios, maior a comercialização de elevadores. A economia vindo bem e o PIB crescendo, a população compra mais imóveis, e as incorporadoras e construtoras fazem mais apartamentos, e se adquirem mais elevadores.
Empresas & Negócios - Essa recuperação prevista independe das eleições presidenciais?
Bellinassi - É lógico que as eleições influenciam um pouco, a reação poderia ser maior, mas mesmo com o cenário eleitoral há uma reação. Bem ou mal, vínhamos com quedas do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos quatro anos, com resultados negativos, e agora já se fala em dois pontos positivos ou algo um pouco menor, mas pelo menos não é um desempenho negativo. E a redução da taxa de juros e a inflação sob controle ajudam o segmento da construção civil.
Empresas & Negócios - No final do ano passado, a Otis realizou a compra da divisão de elevadores e escadas rolantes da Mitsubishi Electric no Brasil (Melco Elevadores do Brasil S.A.) assumindo uma planta em Guaíba. Qual a relevância do mercado gaúcho para a empresa?
Bellinassi - Foi uma aquisição muito importante para o nosso negócio no País. O Rio Grande do Sul é um mercado importante, é uma das regiões com maior crescimento nos últimos anos. O mercado gaúcho tem uma característica diferente de outros estados, porque o seu Interior tem uma pujança única, que se verticaliza como o interior de São Paulo. Há uma concentração nas capitais, mas há uma verticalização importante nas cidades interioranas.
Empresas & Negócios - Quanto ao desempenho global, a Otis faturou cerca de US$ 12,3 bilhões no ano passado. A que se deve esse resultado?
Bellinassi - Esse resultado deve-se em muito por conta do crescimento do mercado de elevadores em países com vendas expressivas e pela nossa carteira de manutenção. Temos quase dois milhões de elevadores e de escadas rolantes na nossa carteira de serviço. Esses equipamentos transportam, a cada três dias, o equivalente à população terrestre. O mercado de elevadores é muito promissor para os próximos anos, porque ainda existem muitos países com baixos índices de urbanização. E há nações com urbanização alta, como o Brasil, mas que não são verticalizadas, e em que parte da população enfrenta dificuldades sociais. O déficit habitacional no Brasil ainda é muito grande, tem um mercado promissor pela frente.
Empresas & Negócios - Qual a nação o senhor destacaria quanto à comercialização de elevadores atualmente?
Bellinassi - A China é hoje o maior mercado de elevadores do mundo. É o maior êxodo da zona rural para a urbana da história da humanidade, é o que está acontecendo ultimamente nesse país asiático.
Empresas & Negócios - O que está sendo desenvolvido em relação à tecnologia para o setor?
Bellinassi - A moda é a transformação digital. Estamos passando por uma verdadeira revolução digital na empresa. Imagine que, nos próximos anos, deverá mudar completamente a forma com que os nossos mecânicos e usuários se comunicarão com os elevadores. A Otis tem uma parceira mundial com a Microsoft e a ATT para capturar dados do portfólio de manutenção dos elevadores, enviar para a nuvem e, através de análises, prever futuros problemas. A manutenção passará de preventiva para preditiva (antecipando dificuldades).
Empresas & Negócios - Quais as vantagens desse modelo de solução?
Bellinassi - Com isso, os engenheiros percebendo, por exemplo, que a porta de um elevador está abrindo várias vezes, saberão que é preciso fazer a manutenção antes que dê problema daqui a uns dois meses. Também conseguiremos fazer monitoramento a distância e intervenções remotas nos elevadores.
Empresas & Negócios - Do que se trata a iniciativa da Otis quanto a transformar sucata de elevadores em instrumentos musicais?
Bellinassi - É um projeto social do nosso grupo que é o Caravana das Artes, apoiado por profissionais do ramo musical. Pegamos sucata do processo de manufatura do elevador, como metal, madeira e fios, e fazemos alguns instrumentos musicais usando esses materiais. A maioria desses itens é acústico, mas facilmente utilizados por crianças. Esses instrumentos foram projetados por um consultor profissional, mas fabricados por nossos funcionários voluntários.
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