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Empresas & Negócios

- Publicada em 09 de Julho de 2018 às 01:00

A vez das mães nos processos seletivos

Empresas têm investido em trabalho remoto, jornadas mais curtas e programas de reinserção para mães de crianças pequenas ou que estejam fora do mercado. O objetivo é capacitar essas profissionais que buscam uma oportunidade de trabalhar sem se ausentar da vida dos filhos. A vantagem para as organizações é que, além da formação técnica, essas mulheres desenvolvem com a maternidade resiliência e boa capacidade de adaptação a problemas inesperados, diz Elza Veloso, especialista em carreiras e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Empresas têm investido em trabalho remoto, jornadas mais curtas e programas de reinserção para mães de crianças pequenas ou que estejam fora do mercado. O objetivo é capacitar essas profissionais que buscam uma oportunidade de trabalhar sem se ausentar da vida dos filhos. A vantagem para as organizações é que, além da formação técnica, essas mulheres desenvolvem com a maternidade resiliência e boa capacidade de adaptação a problemas inesperados, diz Elza Veloso, especialista em carreiras e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
A falta de subsídios para conciliar carreira e maternidade, que expulsa parte dessas mulheres do mercado, gera perdas para empresas porque negligencia as competências dessas profissionais e força custos extras de treinamento para quem as substitui. "Estudos mostram uma queda de produtividade nas organizações quando essas mulheres saem para se dedicar aos filhos. É uma perda grande de potencial que deixa de ser aproveitado", afirma Elza.
Na prática, muitas empresas ainda não perceberam o tamanho do desperdício. Quase metade, ou 47%, das mulheres acha que perdeu pelo menos uma oportunidade de trabalho por ser mãe, aponta pesquisa de outubro de 2017 da consultoria MindMiners, que conversou com mil profissionais em todo o País. Por medo de perder o emprego, 8% encurtaram a licença maternidade. Quando precisaram de um dia para cuidar do filho, 46% acharam que o pedido de folga não foi bem aceito pela chefia. Em empresas com horários flexíveis e home office, o desafio não é diminuir faltas, mas atrair novas colaboradoras.
A PepsiCo, que já tem políticas do tipo, quer selecionar quatro profissionais afastados do mundo corporativo por dois anos ou mais para um programa de aperfeiçoamento de 10 semanas, batizado de Ready to Return. Ao final das atividades, que incluem mentoria e participação em projetos da gerência, essas pessoas poderão ser efetivadas nas áreas de RH, finanças, operações ou vendas. Durante esses dois meses e meio, ganham o salário e os benefícios do cargo que ocupariam se já estivessem contratadas.
A empresa aposta em alto número de candidatas com filhos porque muitas pausam a carreira para se dedicar à criança, aponta Mauricio Pordomingo, vice-presidente de RH da empresa.
Mulheres e homens que se afastaram do trabalho para cuidar de um parente, fazer um sabático ou acompanhar o cônjuge em uma mudança de estado ou país, por exemplo, podem se candidatar. As inscrições para o Ready to Return estão abertas até 4 de julho e será feito por análise de currículo, entrevista com o RH e com as áreas de destino dessas profissionais.
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