Nove frigoríficos brasileiros foram habilitados para exportar carne suína para a Rússia, aumentando de quatro para treze o número de plantas com permissão para vender ao mercado russo. O anúncio aconteceu nesta quarta-feira (24), após a missão a Moscou liderada pela Ministra da Agricultura do Brasil, Tereza Cristina, e ao comunicado feito pelo governo russo sobre o estabelecimento de uma cota temporária de 100 mil toneladas de carne suína.
Três das nove plantas habilitadas são gaúchas: BRF, em Lajeado; JBS, de Caxias do Sul; e Seara Alimentos, de Três Passos. Os demais frigoríficos estão localizados em Santa Catarina (4), Mato Grosso (1) e Goiás (1). Até então, apenas quatro plantas tinham permissão para vender carne suína para a Rússia, todas no Rio Grande do Sul: Alibem, em Santa Rosa e Santo Ângelo; Aurora, em Sarandi; e Seara, em Seberi.
Pelas estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), considerando o atual preço médio de importações para o mercado russo, a cota disponibilizada tem potencial de geração de exportações de mais US$ 200 milhões – considerando, entretanto, que a cota pode ser acessada por todas as nações habilitadas a abastecer o mercado russo. De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a reabilitação das plantas é um reconhecimento ao trabalho de excelência em qualidade e sanidade aplicado pela suinocultura do Brasil. “A Rússia vem incrementando a importação de carne suína do Brasil este ano. Enquanto em 2020 as exportações ficaram em apenas 100 toneladas nos 10 primeiros meses, em 2021 os embarques alcançaram até aqui 3,8 mil toneladas, gerando receita de US$ 10,3 milhões”, avalia.