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Agro

- Publicada em 23 de Novembro de 2021 às 16:31

China aceitará carne certificada do Brasil anterior a 4 de setembro

Brasil é o principal fornecedor de carne bovina da China, atendendo a cerca de 40% de suas importações,

Brasil é o principal fornecedor de carne bovina da China, atendendo a cerca de 40% de suas importações,


ABPA/divulgação/JC
A Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) anunciou que aceitará pedidos de importação de carne bovina brasileira que tenha recebido um certificado sanitário antes de 4 de setembro, ou seja, apenas antes do embargo voluntário do Brasil. Isso permitirá que os carregamentos de carne presos nos portos chineses há mais de 80 dias passem pela alfândega. A Gacc não detalhou, porém, quanto tempo esses procedimentos levariam, ou qual o volume de produto ficou preso desde a suspensão.
A Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) anunciou que aceitará pedidos de importação de carne bovina brasileira que tenha recebido um certificado sanitário antes de 4 de setembro, ou seja, apenas antes do embargo voluntário do Brasil. Isso permitirá que os carregamentos de carne presos nos portos chineses há mais de 80 dias passem pela alfândega. A Gacc não detalhou, porém, quanto tempo esses procedimentos levariam, ou qual o volume de produto ficou preso desde a suspensão.
Após os dois casos atípicos do "mal da vaca louca" identificados em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG) em 4 de setembro, autoridades brasileiras, cumprindo o protocolo sanitário, suspenderam as exportações à China, seu principal parceiro comercial. Entretanto, a carne que já estava em direção à Ásia continuou a ser exportada, com o volume do produto sem poder passar pela alfândega na chegada à China.
O embargo às exportações foi estabelecido de forma voluntária pelo Brasil, como cumprimento ao protocolo sanitário que consta no acordo comercial entre os dois países. As regras preveem a normalidade das negociações após investigação dos casos por um laboratório internacional, como foi feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no Canadá.
No fim de setembro, o Ministério da Agricultura informou que a pasta que acompanha de perto a situação dos frigoríficos, mas que não tem como definir uma data para o retorno das exportações, uma vez que aguarda a decisão dos chineses. "O Brasil foi totalmente transparente com as autoridades sanitárias chinesas, informando da possibilidade de EEB antes mesmo da confirmação oficial pelo laboratório canadense. Desde então, temos atendido pronta e tempestivamente todos os pedidos de informação que nos são dirigidos", afirmou na ocasião o ministério.
O Brasil é o principal fornecedor de carne bovina da China, atendendo a cerca de 40% de suas importações, e os compradores esperavam inicialmente que o comércio fosse retomado em algumas semanas, mas até agora não há uma data para a retomada.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, comentou que a a decisão das autoridades alfandegárias da China é o "primeiro passo" para a retomada integral das exportações do produto brasileiro. "O próximo passo é liberarmos a suspensão da carne brasileira daqui para frente. Então, estamos em andamento neste processo e eu espero que isto aconteça ainda no próximo mês", declarou Tereza a jornalistas que a aguardavam na entrada do ministério, em Brasília.
De acordo com a OIE (Organização Internacional de Saúde Animal, na sigla em inglês), casos "atípicos" não oferecem riscos à saúde humana e animal e, em geral, são detectados em bovinos mais velhos. Ainda assim, o produto que importadores chineses já tinham adquirido e que já estava embarcado, a caminho da China, continuou sendo exportado, ficando retido na alfândega chinesa.
"Foram casos atípicos. Tanto é que a autoridade mundial concluiu o caso rapidamente, liberando o Brasil. Todos os países-membros da OIE liberaram a carne brasileira, com exceção da China, que tem um protocolo diferente, razão pela qual o Brasil teve que suspender suas exportações. Mas só a China teve este problema, que está sendo superado", comentou a ministra, garantindo não haver motivos para os consumidores brasileiros ou internacionais se preocuparem. "A decisão chinesa é fruto de um processo técnico que caminhou passo a passo", acrescentou Tereza Cristina ao admitir que as negociações demoraram mais que ela esperava inicialmente.
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