Com lotação máxima atingida no fim de semana, a Expofeira Pelotas encerrou neste domingo (10) batendo recordes em uma edição híbrida marcada pelo retorno do público aos pavilhões do parque Ildefonso Simões Lopes e transmissões ao vivo pela plataforma virtual. Em sete dias de evento, cerca de 50 mil acessos foram registrados na 95ª edição da feira.
A programação que incluiu mais de 100 horas de palestras na maior conferência técnica-científica da zona sul, estandes, exposições culturais e de animais, julgamentos e leilões, marcou o calendário do primeiro evento com grande público na região. “O público pôde experimentar um novo layout em uma feira mais integrada. Ficamos felizes em ver que é possível retomar as atividades, convivendo com os cuidados que o momento ainda impõe”, afirma o presidente da Associação Rural de Pelotas (ARP), Rodrigo Gonzalez.
Dos 14 mil visitantes previstos em PPCI, apenas 2.5 mil pessoas puderam visitar simultaneamente o parque em respeito ao decreto estadual com validade de transição até o dia 17 de outubro. No sábado e no domingo os portões precisaram ser fechados temporariamente devido à lotação controlada pelos tickets gerados no site e pela contagem realizada nas portarias. “Diariamente foram registrados cerca de sete mil acessos ao parque. Os números fortalecem o nosso trabalho de, ano após ano, contribuir com a integração do urbano e do rural”, disse Gonzalez.
A exemplo do último ano, a edição 2021 apostou em transmissões ao vivo de toda a programação. Foram milhares de acessos na plataforma virtual que simula a visitação ao parque Ildefonso Simões Lopes, com estandes, transmissões de palestras, julgamentos e leilões. “Este formato abriu possibilidades de divulgar a mensagem do agro para outras regiões do Brasil. Especialmente neste ano com tempo favorável em que o produtor rural esteve em período de plantio durante a feira, conseguimos fazer com que a nossa programação se fizesse presente no dia a dia de todos.”
Com faturamento recorde, os leilões da 95ª Expofeira ultrapassaram o dobro dos R$ 3,5 milhões registrados no ano anterior. Foram nove remates durante os sete dias de feira, com oferta de gados de corte, gado leiteiro, pôneis e cavalos crioulos.
Leiloeiros e produtores concordam que o momento favorável dos preços e a maior oferta de animais com leilões diários contribuíram para o desempenho financeiro do evento. Em 2021 a cifra alcançada em 2020 foi superada já na quinta-feira, com o leilão Genética em Dose Tripla, em que foram comercializados bovinos de corte das raças Hereford e Bradford. A transmissão dos remates pela plataforma da Expofeira favoreceu, como em 2020, a participação nos leilões de criadores de outros estados, como Mato Grosso e São Paulo.
A qualidade genética das cabanhas da região também mais uma vez foi comprovada na Expofeira. A veterinária responsável pela unidade Pelotas da Inspetoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Jaqueline Fedrique, elogiou a qualidade sanitária dos quase mil animais que entraram desde segunda-feira passada para exposição, julgamento e leilões no parque Ildefonso Simões Lopes. “Não vi um carrapato” disse.
De acordo com ela, o melhoramento sanitário dos rebanhos da região contribui para o aperfeiçoamento genético, o que se reflete no nas médias altas de preços praticados nos remates e no consequente faturamento da Expofeira Pelotas.
O novo formato deste ano, incluindo doceiras e empreendedoras, abriu caminhos para uma feira ainda mais conectada com o público urbano. Para o próximo ano, são esperadas outras novidades na estrutura e na programação.
“A nossa perspectiva para 2022 é um cenário muito positivo. O agronegócio traz otimismo para a nossa região, cumprindo um papel de retomada não só na nossa feira, mas nos indicadores da economia. No ano que vem esperamos uma edição com uma festa ainda maior”.