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Política

- Publicada em 04 de Setembro de 2021 às 18:21

Farsul critica politização do STF e defende atos no 7 de Setembro

Texto é assinado pelo presidente da entidade, Gedeão Pereira

Texto é assinado pelo presidente da entidade, Gedeão Pereira


LUIZA PRADO/JC
A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) lançou, neste sábado (4), carta aberta em que repudia a relação de conflito entre os Poderes da República e critica o "viés político adotado pela mais alta corte do Poder Judiciário", o Supremo Tribunal Federal (STF).
A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) lançou, neste sábado (4), carta aberta em que repudia a relação de conflito entre os Poderes da República e critica o "viés político adotado pela mais alta corte do Poder Judiciário", o Supremo Tribunal Federal (STF).
A entidade também declarou, na nota, apoio ao "movimento cívico, pacífico, ordeiro e democrático de 7 de Setembro".
É a segunda entidade ligada ao setor produtivo gaúcho a se manifestar, desde que a tensão se elevou ainda mais entre o presidente Jair Bolsonaro e ministros do Supremo. A Fiergs também emitiu nota sobre o momento político.
O comando da Farsul afirma que vê com preocupação a "relação conflituosa" entre os poderes que, para a entidade, se caracteriza "pela absoluta deformidade do papel de cada um deles".
Assinado pelo presidente da federação, Gedeão Silveira Pereira, através do Conselho de Representantes, a nota ainda afirma que "para os produtores rurais é inegociável a integridade dos Poderes".

Confira o texto na íntegra da carta emitida pela Farsul:

Carta Aberta à Sociedade
A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul – FARSUL, entidade alicerçada historicamente nos princípios morais e éticos da defesa da livre iniciativa, da propriedade privada, das liberdades individuais e de expressão, e do Estado Democrático de Direito, e que representa, há 94 anos, a produção rural gaúcha, vem manifestar sua percepção quanto ao atual momento que vive a sociedade brasileira.
Temos acompanhado com muita preocupação, assim como em outros raros momentos da história brasileira, da qual somos parte viva, a relação conflituosa que se estabelece entre os Poderes da República, que tem, inclusive, se caracterizado pela absoluta deformidade do papel de cada um deles em nossa sociedade.
Dentro do mais absoluto respeito aos dizeres do nosso símbolo maior, o de ORDEM E PROGRESSO, manifestamos nosso repúdio ao viés político adotado pela mais alta corte do Poder Judiciário brasileiro, assim como a omissão de posição do Senado Federal diante de seu papel institucional, atitudes que nos levam a significativo grau de desarmonia entre os Poderes da União.
Nossa República se enfraquece quando ideias políticas vencidas sobre temas constitucionais são “requentadas” em discussões judiciais calcadas em detalhes do processo jurídico, onde, invariavelmente, a régua moral da sociedade é submetida a tensão social constante, ainda mais quando as decisões tomadas ferem, de forma profunda, a liberdade de expressão e as garantias constitucionais do cidadão brasileiro.
Defendemos que, juntamente com a Presidência da República e Congresso Nacional, resida no Supremo Tribunal Federal a isenção necessária que assegure a todos os cidadãos brasileiros esse direito e garantias.
Para os produtores rurais é inegociável a integridade dos Poderes da República, pois nestes reside o sustentáculo do sistema jurídico e organizacional de nossa sociedade.
Sendo assim, sempre respeitando as leis, o Conselho de Representantes da FARSUL manifesta seu apoio ao movimento cívico, pacífico, ordeiro e democrático de 7 de setembro, no sentido de que este sirva de momento para reflexão de todos os brasileiros, pois assim, sairemos mais maduros e unidos como povo, cientes de nossos papéis e deveres.
Gedeão Silveira Pereira - Presidente
Conselho de Representantes
Sistema Farsul
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