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Agro

- Publicada em 29 de Julho de 2021 às 16:22

Sistema antigeada preserva árvores frutíferas do frio intenso

Técnica usa irrigação constante para proteger as plantas das baixas temperaturas

Técnica usa irrigação constante para proteger as plantas das baixas temperaturas


Emater/Divulgação/JC
A previsão de uma massa de ar polar nos próximos dias no Rio Grande do Sul não deve ser motivo de preocupação para os produtores de frutas de clima temperado, exceto para aqueles com pomares de frutíferas superprecoces, sem sistema de antigeada de irrigação.
A previsão de uma massa de ar polar nos próximos dias no Rio Grande do Sul não deve ser motivo de preocupação para os produtores de frutas de clima temperado, exceto para aqueles com pomares de frutíferas superprecoces, sem sistema de antigeada de irrigação.
Embora o frio do inverno seja bem-vindo para as árvores frutíferas de clima temperado, como pessegueiros, videiras e ameixeiras, pomares com variedades precoces podem sofrer perdas com geadas de forte intensidade. Para evitar esse problema, o produtor Elimar Marin, de Nova Pádua, na Serra Gaúcha, usou um sistema antigeada em sua produção de pêssegos. Durante a madrugada desta quinta-feira (29), a temperatura atingiu -4 °C na propriedade de Marin, mas as árvores ficaram protegidas.
A técnica usa irrigação constante para proteger as plantas das baixas temperaturas. Segundo a Emater, a camada de gelo que se forma na superfície da planta cria uma espécie de cápsula onde a temperatura interna da planta não fica negativa, mantendo a integridade do tecido vegetal.
Enio Ângelo Todeschini, engenheiro agrônomo da Emater, explica que o frio no momento certo, ou seja, no inverno, é bem-vindo, pois as frutíferas de clima temperado precisam de 50h a mais de mil horas de frio abaixo de 7,2 graus, variando conforme a espécie e variedade. Ele é necessário para a dormência dessas plantas, para que elas possam suportar os riscos de danos das baixas temperaturas e, ao mesmo tempo, é indispensável para a superação dessa fase de dormência e início de um novo ciclo vegetativo e reprodutivo.
De acordo com Todeschini, o frio acumulado de maio até o momento já ultrapassou a média histórica, e essa nova onda de frio deverá trazer mais benefícios do que prejuízos. Mas como esse frio tem sido alternado com picos de calor, na região algumas variedades superprecoces, especialmente de pessegueiros, já em frutificação, poderão ser afetadas se ocorrerem geadas de forte intensidade em pleno inverno, afetando a produtividade dos pomares. “Normalmente o risco seriam as geadas tardias, após meados de agosto”, esclarece. Ainda segundo ele, a ocorrência de neve é menos prejudicial do que geadas de forte intensidade.
Conforme Todeschini, a recomendação de mitigação de prejuízos é retardar ao máximo a poda de inverno de produção, além de não despontar os carregadores, por mais compridos que sejam. Além disso, os produtores que possuem sistema antigeada instalado, através de irrigação por aspersão, devem reforçar a reservação de volumes de água nas propriedades para uso em caso de emergência, pois para evitar o congelamento das plantas é necessário o uso ininterrupto de 10h a 12h de irrigação em cada noite de previsão de geada intensa.
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