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Agro

- Publicada em 22 de Abril de 2021 às 13:58

Citricultura se expande pelo RS e tem boas perspectivas neste ano

Secretaria de Agricultura estima que cultivo de laranja pode somar até 25 mil hectares em 2021

Secretaria de Agricultura estima que cultivo de laranja pode somar até 25 mil hectares em 2021


ROGÉRIO FERNANDES/EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
Thiago Copetti
Citricultores gaúchos que já começam a colher as primeiras variedades em algumas regiões do Estado têm um cenário promissor pela frente em termos de mercado. O clima, porém, ainda impõe perdas e gera incertezas em algumas partes devido a estiagem, que novamente afetou parte do Rio Grande do Sul.
Citricultores gaúchos que já começam a colher as primeiras variedades em algumas regiões do Estado têm um cenário promissor pela frente em termos de mercado. O clima, porém, ainda impõe perdas e gera incertezas em algumas partes devido a estiagem, que novamente afetou parte do Rio Grande do Sul.
A secretaria de Agricultura estima que os pomares de laranja possam ter avançado de 22,43 mil hectares em 2019 para até 25 mil neste ano, o que representaria um incremento de cerca de 10% no plantio. Isso depois de alguns anos de estabilidade nos números, e até retração de área.
De acordo com o coordenador das câmaras setoriais da pasta, Paulo Lipp, o cultivo de bergamota também deve registrar crescimento, ainda que menor: de 11,5 mil hectares para a faixa dos 12 mil. Já o limão acumula, desde 2017, expansão comprovada, de cerca de 35%, de acordo com Marcos Schäfer, engenheiro agrônomo da Emater. A produção da fruta, liderada pela variedade Taiti, subiu de 590 hectares para 798 hectares nos últimos cinco anos.
“Já a área de laranjas e bergamotas encolheu um pouco entre 2017 e 2020, mas a produtividade aumentou pela tecnificação do produtor, com trabalho mais profissionalizado e renovação de árvores”, diz Schäfer.
O clima é o ponto de preocupação devido ao baixo volume de chuva registrado até o momento, de acordo com a Emater. Por outro lado, pondera Lipp, o Rio Grande do Sul vem “exportando” cada vez mais frutas cítricas para outros Estados, o que estimula os investimentos nos pomares em 2021.
“O preço neste último ano se valorizou entre 20% e 30% com a pandemia, porque as pessoas passaram consumir mais cítricos para reforçar a vitamina C e a imunidade. E como somos o último Estado a colher, vendemos bastante para o centro-oeste do País no final do ano”, explica Lipp.
A Emater diz que o Rio Grande do Sul estuda fazer o lançamento da abertura da colheita em maio, mas que devido à pandemia ainda não há certeza sobre a data e o formato. O fato é que a citricultura é cada vez uma atividade que se espalha pelo Estado como um todo. Antes mais restrita aos vales do Caí, por exemplo, hoje os pomares ganham força em municípios gaúchos de Norte e Sul.
“Em Erechim, por exemplo, a cultura deixou de ser uma atividade alternativa e se tornou a principal para muitos produtores. Em Rosário do Sul, o cultivo cresce ano a ano, estimulado pelas vendas externas e indústrias”, acrescenta Schäfer.
Luiz Poletto, engenheiro da Emater na região de Erechim, conta que a fruta se incorporou às atividades especialmente de produtores familiares, e já ocupa 3,3 mil hectares – e vê crescendo cerca de 300 hectares ao ano, em média. Na região, porém, já há perdas com a falta de chuva, que deverá ser importante para manter a boa produtividade da laranja valência. A variedade responde por cerca de 70% dos pomares e começa a ser colhida em agosto.
“No momento temos mais perdas com a falta de chuva do que no ano passado, devido ao período da estiagem. Mas os preços estão bons no mercado nacional e internacional. Teve quebra de cerca de 30% em São Paulo, também por estiagem”, diz Poletto.
Na Flórida (EUA) e no México também houve quebra na colheita, mas devido a uma intensa onda de frio, o que beneficiará o Brasil, maior exportador de suco de laranja do mundo. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) aponta que as exportações de citrus estão entre os segmentos com grande potencial de expansão. As exportações de limão, por exemplo, subiram cerca de 15% no ano passado.
“E ainda temos o segmento industrial forte, especializado em essências, que também contribuem para o mercado, com fabricantes como a Biocitrus e Ecocitrus e Nedel Cítricos, no Vale do Caí”, indica Lipp.
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