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Agro

- Publicada em 04 de Março de 2021 às 20:23

Safra de oliveiras deve superar colheita do ano passado

Expectativa é produzir quase o dobro da quantidade azeite feita em 2020 no RS

Expectativa é produzir quase o dobro da quantidade azeite feita em 2020 no RS


Emerson Alves/AgroUrbano/Reprodução
Vinicius Appel
A colheita de azeitonas está em andamento e com grande expectativa no Rio Grande do Sul. O Estado é o maior produtor de azeite de oliva do país, responsável por 90% da produção nacional, e concentra a maioria dos olivais na região da Campanha e na Serra do Sudeste. Em 2020 foram colhidas 525 toneladas de azeitonas no Estado, resultando em 48 mil litros de azeite. Para este ano é esperada uma safra de até 900 toneladas de azeitonas, quantidade que pode resultar em cerca de 90 mil litros de azeite extravirgem.
A colheita de azeitonas está em andamento e com grande expectativa no Rio Grande do Sul. O Estado é o maior produtor de azeite de oliva do país, responsável por 90% da produção nacional, e concentra a maioria dos olivais na região da Campanha e na Serra do Sudeste. Em 2020 foram colhidas 525 toneladas de azeitonas no Estado, resultando em 48 mil litros de azeite. Para este ano é esperada uma safra de até 900 toneladas de azeitonas, quantidade que pode resultar em cerca de 90 mil litros de azeite extravirgem.
Os números positivos são reflexo do clima favorável durante a maior parte do ano, mas também se devem aos novos pomares, que estão frutificando pela primeira vez, e ao aumento da área cultivada. De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Paulo Marchioretto, o Estado contava com 6 mil hectares de olivais nos anos de 2019 e 2020. Neste ano a área aumentou para cerca de 7 mil hectares.
No Rio Grande do Sul as variedades de oliveira mais cultivadas são Arbequina, Arbosana e Koroneiki. Há também o cultivo de Picual, Coratina, Frantoio, Grappolo e Manzanilla, mas em menor quantidade. Para as próximas décadas, a tendência é que o número de variedades cresça no Estado. Isso porque o Ibraoliva fechou um convênio junto ao Ministério da Agricultura e à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Pelotas para importar da Itália e de Portugal variedades que se adaptem a climas parecidos com o do Rio Grande do Sul.
Marchioretto informa que a idade adulta da oliveira ocorre no oitavo ano, mas que já no quarto ano ela começa a produzir em quantidade. Com isso, ele estima que após cinco ou dez anos será possível descobrir se as oliveiras se adaptaram ao clima gaúcho. “Temos que aumentar o plantel de variedades para que, se der problema em uma, a gente tenha outra para salvar”, explica.
Com qualidade já reconhecida internacionalmente, o azeite brasileiro recebeu 118 premiações entre os anos de 2019 e 2020. Para este ano, o presidente do Ibraoliva já adianta que a qualidade continua a mesma e que o produto já recebeu elogios de quem experimentou, mostrando que a meta de não deixar a qualidade do azeite gaúcho cair vem sendo atendida.
E é justamente a qualidade que desperta o interesse dos compradores. Marchioretto, que também é produtor de oliveiras, informa que há um alto número de clientes de todo o país que já manifestaram interesse na compra do produto, mostrando a grande demanda pelo azeite produzido no Rio Grande do Sul. Com isso, a expectativa é que a área plantada cresça mais nos próximos anos e, para o ano que vem, a projeção é passar dos 8 mil hectares.
Para este ano, a tendência é que o preço do azeite tenha um aumento entre 15% e 20% quando comparado ao ano passado. Isso porque muitos insumos, como o adubo, subiram de preço e outros estão em falta. É o caso das embalagens, como garrafas, tampas e caixas de papelão, que não estão sendo encontradas com facilidade junto aos fornecedores. Marchioretto explica que estes fatores impactam na margem de lucro do produtor.
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