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Agro

- Publicada em 21 de Dezembro de 2020 às 16:49

GSI investirá R$ 50 milhões no RS, após acerto sobre créditos do ICMS

Unidades da GSI em Marau (foto) e Passo Fundo vão receber novas linhas e expansão

Unidades da GSI em Marau (foto) e Passo Fundo vão receber novas linhas e expansão


GSI/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Uma negociação que começou em 2019 entre o grupo GSI, que atua com equipamentos e soluções para  armazenagem de grãos, e governo gaúcho pavimentou um novo investimento da empresa e ainda evitou a retirada das operações do Rio Grande do Sul, segundo o grupo.
Uma negociação que começou em 2019 entre o grupo GSI, que atua com equipamentos e soluções para  armazenagem de grãos, e governo gaúcho pavimentou um novo investimento da empresa e ainda evitou a retirada das operações do Rio Grande do Sul, segundo o grupo.
Protocolo de intenções firmado nesta segunda-feira (21) assegura, segundo o diretor-geral da GSI, Ricardo Marozzin, o uso de créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) gerados em compras de insumos, como o aço. O saldo ocorre porque a tributação para o produto final, comprado por empresas e produtores de grãos ou que precisam fazer armazenamento, é menor devido a políticas setoriais.   
Sem isso, Marozzin admite que a indústria teria de buscar condições tributárias em outros estados, devido a impactos na competitividade dos produtos. Em 2019, houve redução da alíquota interna de 18% para 12%, vista como primeiro passo na adequação das condições. Mesmo assim, há estados com forte produção agropecuária que adotam tributação interna de 7%.   
"Com o acordo, entendemos que é o estado onde devemos ficar, tem mão de obra qualificada e formação técnica e estamos aqui. Tributariamente falando, já viabilizaria ir para outro estado, mas como estamos construindo uma ponte de futuro sólida, vamos ficar aqui", arremata o executivo.
A medida implicaria no fechamento das duas plantas, situadas em Passo Fundo e Marau, devido á complementariedade e que empregam diretamente mais de 500 pessoas e chegarão em 2010 a faturamento de quase R$ 500 milhões. Além da mão de obra direta, o diretor-geral cita que o número total de empregos alcança 1,8 mil trabalhadores, considerando sistemistas, que são os fornecedores mais importantes, e outros prestadores.
"Havia uma inquietude sobre a continuidade no Estado", descreve o executivo da GSI, que integra a divisão de Grãos & Proteína América do Sul do conglomerado da norte-americana AGCO, também dono da Massey Ferguson. 
A possibilidade de uso dos créditos terá de ter o aval da Assembleia Legislativa e será estendida a outras empresas do setor, diz a Secretaria Estadual da Fazenda. 
"Temos um plano robusto, com o compromisso de assegurar empregos e fazer investimentos. A vitória não foi só para a empresa, mas para os gaúchos e as cidades, como Marau e Passo Fundo", completa Marozzin. O primeiro aporte garantido com os atuais créditos acumulados será injetado na implantação de uma nova linha, com novos equipamentos e tecnologia para dar salto em oferta de produtos.   
"Será misto entre expansão e modernização ainda no primeiro semestre de 2021, com linhas super modernas, únicas na América Latina", adianta o diretor-geral. Segundo o executivo, o aporte, trazendo referência de tecnologia para armazenagem que já estão disponíveis em plantas industriais do grupo nos Estados Unidos, atenderá ao ritmo da demanda do agronegócio, que "cresce a passos largos", define o diretor-geral. 
Nos próximos anos, novos investimentos devem ocorrer, seguindo a compensação tributária, com planos de mas expansão de área. As definições sobre estes aportes não foram feitas ainda, adianta o executivo. A produção das duas unidades é 85% destinada ao mercado interno e 15% a compradores na América do Sul. Em 2020, o parque de Passo Fundo chegou a ampliar em mais de 100 empregos diretos devido ao aquecimento do setor. 
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