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Agro

- Publicada em 13 de Outubro de 2020 às 14:30

Tramontini investe no mercado de tratores de montanha

Marca italiana se destaca por alcançar locais de difícil acesso

Marca italiana se destaca por alcançar locais de difícil acesso


Tramonti/Divulgação/JC
Thiago Copetti
De olho em um nicho de mercado bastante específico, os tratores para regiões montanhosas, a fabricante gaúcha Tramontini está investindo R$ 2 milhões em uma revenda da marca italiana Antonio Carraro no Estado - e avançando na nacionalização dos modelos. Um mercado literalmente com alto potencial no Rio Grande do Sul.
De olho em um nicho de mercado bastante específico, os tratores para regiões montanhosas, a fabricante gaúcha Tramontini está investindo R$ 2 milhões em uma revenda da marca italiana Antonio Carraro no Estado - e avançando na nacionalização dos modelos. Um mercado literalmente com alto potencial no Rio Grande do Sul.
A primeira loja, que abre as portas nesta quinta-feira (15), em Bento Gonçalves, tem como carro-chefe os veículos italianos da fabricante, que antes passam por adaptações nacionais na fábrica de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo. A parceria da gaúcha com a indústria italiana começou em 2016, avançou com a nacionalização de peças e com a revenda exclusiva, e dará novos passos com a produção local de itens de reposição.
Até 2018, conta o diretor-executivo da Tramontini, Ubirajara Choairi, a empresa ainda montava tratores com capacidade de até 80 cavalos a partir de componentes que comprava da China e nacionaliza com a marca Tramontini. Com o avança nas primeiras importações da Antonio Carraro e da parceira tecnológica com a italiana, a produção dos tratores com peças chinesas foi interrompida.
“Vimos que era difícil avançar rapidamente, com tecnologia própria, em um empresa de médio porte como é Tramontini, e buscamos parceiros para acelerar o processo. Fomos à Europa procurar fabricantes de alta tecnologia e em nichos pouco explorados por aqui, e encontramos a Antônio Carraro, em 2016. De lá pra cá a parceira cresce ano a ano”, comemora Choairi.
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Desde então, calcula o executivo, foram vendidos no Brasil cerca de 500 unidades. A maior parte para a serra gaúcha, para operação em pomares e videiras, mas também a produtores de áreas montanhosas de Minas Gerais e para o cultivo de café.
Um dos grandes diferenciais, diz Choairi, é que enquanto um trator agrícola convencional opera, no limite, a 12 graus de inclinação, o modelo italiano pode ser usado em locais com até 25 graus de inclinação. Ou seja, com um nível de segurança muito maior para o operador, que enfrenta riscos reduzidos de tombamentos.
São cinco modelos comercializados no Brasil, por valores entre R$ 100 mil e R$ 200 mil - mais caros do que um trator convencional, diz o próprio Choairi, mas com diferenciais de operação também não disponíveis em um modelo comum. Na nacionalização entra até mesmo a colocação de cabines, pouco usadas na Itália.O produtor brasileiro exige a cabine por mais conforto e segurança, questões de clima, mais pulverizações em pomares e videiras e por ser geralmente o próprio dono que opera o veículo, avalia o executivo.
“Além disso, por lei, é necessário contar com sirene e luz de ré, entre outros itens. As cabines já são desenvolvidas diretamente na serra gaúcha por parceiros locais”, diz Choairi.
O mesmo ocorre com as plantação plantações de café em Minas Gerais. Por isso também a cabine se torna um item quase fundamental para proteção individual do agricultor brasileiro, e menos no modelo europeu.
“Esses modelos de trator permitem que famílias que antes não tinham como mecanizar suas áreas de trabalho agora o façam”, diz o executivo.
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No caso da serra gaúcha, acrescenta Choairi , além de toda utilidade para as características da economia local, ser uma marca italiana ajuda na conquista de clientes para a Antonio Carraro, que fabrica uma linha ainda maior de máquinas específicas para locais de difícil acesso, como para neve e montanhas.
“Um dos diferenciais é que a fabricante não faz uma adaptação, mas em um projeto próprio de máquinas planejadas para isso, para regiões de montanha. Não são tratores convertidos, por isso a qualidade superior. É, sem dúvida, uma tecnologia ainda nova para o mercado brasileiro”, argumenta Choairi.
Os negócios neste ano, diz Choarini, precisaram ser revistos, mas ainda assim o faturamento deve se igualar a 2019. No ano passado a fabricante de microtratores, geradores de energia e equipamentos agrícolas diversos faturou R$ 40 milhões. A meta para 2020 era chegar a R$ 50 milhões, valor que a empresa, porém, espera alcançar em breve.
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