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Agro

- Publicada em 17 de Setembro de 2020 às 13:35

Sementes desconhecidas enviadas pelos correios chegam ao RS

Especialistas lembram que produtos não devem ser plantados e recomendam entrega a autoridades sanitárias

Especialistas lembram que produtos não devem ser plantados e recomendam entrega a autoridades sanitárias


Carla Santos/DS-RS Anffa Sindical/Divulgação/JC
Sementes de plantas desconhecidas provenientes possivelmente da China também chegaram ao Rio Grande do Sul. A Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (SFA/RS) recebeu uma amostra de Novo Hamburgo. Todas as sementes de origem desconhecida, que chegarem sem terem sido solicitadas, devem ser encaminhadas a uma unidade do Ministério da Agricultura (Mapa), da Secretaria da Agricultura (Seapdr) ou Emater .
Sementes de plantas desconhecidas provenientes possivelmente da China também chegaram ao Rio Grande do Sul. A Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (SFA/RS) recebeu uma amostra de Novo Hamburgo. Todas as sementes de origem desconhecida, que chegarem sem terem sido solicitadas, devem ser encaminhadas a uma unidade do Ministério da Agricultura (Mapa), da Secretaria da Agricultura (Seapdr) ou Emater .
A orientação é do chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos Agrícolas e Sanidade Vegetal da SFA/RS, o auditor fiscal agropecuário Mauro Ruggiro. “Nossa recomendação é que seja encaminhado para os órgãos citados para que tenha a menor circulação possível”, alerta Ruggiro.
A jornalista Carla Santos, de Porto Alegre, conta que recebeu, ainda no ano passado, uma encomenda acompanhada de um pacotinho de sementes. “É como se fosse um brinde, que veio junto a uma compra realizada em um site da China. Não plantei, mas guardei as sementes. Agora vou encaminhá-las ao Mapa, conforme a orientação. Não tinha ideia de que isso pode representar risco fitossanitário ao país”, explica.
Ruggiro afirma que testes realizados nos Estados Unidos, depois de registrado o mesmo episódio, não apontaram risco de contaminação com o produto. Aqui no Brasil, as sementes encaminhadas serão analisadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiás.
A Federação da Agricultura no Rio Grande do Sul (Farsul) também alerta aos produtores rurais a ocorrência de envio de pacotes de sementes, bulbos, propágulos e material amorfo como forma de brindes em encomendas vindas do exterior ou até mesmo sem nenhuma solicitação. A entidade lembra que,
em caso de recebimento desse tipo de material sem ter sido efetuado pedido, o receptor não deve violar a embalagem para evitar que o conteúdo seja exposto ao ambiente. Também não deve plantar, enterrar ou descartar o pacote no solo, cursos d´água, lixo, esgoto ou em outros sistemas de coleta de resíduo.
A Farsul destaca que existe o risco desse material estar infestado com microrganismos patogênicos de plantas ou que contenha sementes ou estruturas de propagação de espécies invasoras daninhas às lavouras. Caso haja a disseminação do conteúdo das embalagens, há o risco de ocorrer infestação de espécies invasoras, causando impactos ambientais irremediáveis em médio-longo prazo e gerando prejuízos irremediáveis às atividades agropecuárias.
Trânsito Internacional
Os Auditores Fiscais Federais Agropecuários da Vigilância Internacional do Mapa (Vigiagro) atuam fiscalizando cargas e bagagens provenientes de trânsito internacional – seja por terra, água ou ar. “Todas as cargas agropecuárias declaradas passam pelos canais de fiscalização e, em alguns casos, até análises laboratoriais”, explica Ruggiro, para que não entrem pragas ou doenças exóticas no país.
Já nos voos internacionais (que não estão chegando diretamente em Porto Alegre, por conta da pandemia), em todas as chegadas são inspecionadas as bagagens de 25% e 30% dos passageiros. A escolha das pessoas que serão abordadas é feita pela Receita Federal, de acordo com pesquisa prévia da lista de passageiros. O delegado sindical do Anffa no RS, Mario Peyrot Lopes alerta que seria importante a autonomia do auditor do Mapa para escolher quem será inspecionado. “Hoje temos uma boa relação com o pessoal da Receita, mas seria importante que o auditor do Ministério da Agricultura pudesse definir, de acordo com a origem do voo, quantos e quais passageiros deveriam ser abordados”, alerta.
Nas compras por e-commerce internacional, o Ministério da Agricultura possui centros de triagem em Curitiba(PR), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). O maior volume de pequenas encomendas chega em Curitiba, onde além do Raio-X dos Correios ainda tem um cão de detecção do Ministério da Agricultura e outros agentes que observam tudo o que vem do exterior, inclusive drogas e medicamentos. “São realizadas muitas apreensões ainda no centro de triagem internacional, mas eventualmente, pelo grande volume, um ou outro item pode passar”, afirma Ruggiro.
O que fazer?
Caso receba um pacote de produto não solicitado e não saiba do que se trata, encaminhe imediatamente a uma unidade do Ministério da Agricultura, Secretaria Estadual da Agricultura ou escritório da Emater. Não abra, plante ou descarte este material em sacolas de lixo.
Se não houver uma unidade próxima na sua localidade, entre em contato com o Mapa para obter instruções. O número geral da Superintendência no RS é (51) 3284-9588.
Em caso de dúvidas, também pode-se entrar em contato com uma Inspetoria de Defesa Agropecuária ou com a Divisão de Defesa Sanitária Vegetal do Departamento de Defesa Agropecuária da Seapdr pelos telefones 51 32886289 ou 51 32886294 ou e-mail [email protected].
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