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Agro

- Publicada em 09 de Setembro de 2020 às 14:10

Bons preços ao produtor mostram que inflação nos alimentos se manterá por mais tempo

Alta nos preços de itens básicos como arroz, feijão e carnes deve seguir elevando a inflação

Alta nos preços de itens básicos como arroz, feijão e carnes deve seguir elevando a inflação


AGÊNCIA BRASIL/JC
Thiago Copetti
O levantamento semanal de preços pagos ao produtor divulgado nesta quarta-feira (9) pela Emater aponta, novamente, alta nas cotações em todos os principais produtos agrícolas pesquisados pela entidade. O arroz segue sendo destaque, com incremento de 5,45% em apenas uma semana.
O levantamento semanal de preços pagos ao produtor divulgado nesta quarta-feira (9) pela Emater aponta, novamente, alta nas cotações em todos os principais produtos agrícolas pesquisados pela entidade. O arroz segue sendo destaque, com incremento de 5,45% em apenas uma semana.
Entre 31 de agosto e 7 de setembro deste ano, o grão em casca passou a valer R$ 96,24, ante R$ 91,27 da semana anterior. Os bons preços pagos ao agricultor são importantes para a economia gaúcha e para garantir a produção de alimentos, mas vêm preocupando o governo, que promete medidas tributárias para conter a alta para o consumidor especialmente no arroz.
Em relação aos preços coletados pela Emater no início de setembro de 2019, a alta no grão acumulada impressionantes 119,32%. No dia 5 de setembro do ano passado, a saca de 50 kg estava cotada no Rio Grande do Sul em R$ 43,88.
O tradicional acompanhamento do cereal, o feijão, também está remunerando melhor o produtor e salgando o prato dos brasileiros. Em um ano, subiu 63,33%, passando de uma média de R$ 138,83 a saca de 60 kg ao agricultor em setembro de 2019 para R$ 226,76 neste mês. Apenas a última semana agregou 2,12% ao preço, segundo a Emater.
Se o acompanhamento for uma carne de porco, mais inflação no prato. O reajuste na semana é de 3,73% ao produtor, com o quilo vivo remunerando R$ 5,28, um incremento de 44,26% sobre o ano passado. No mesmo período de 2019, em 5 de setembro, o produtor estava ganhando apenas R$ 3,66 - ou seja, o suinocultor recebia 30% a menos pelo mesmo produto.
Se a opção for pela carne bovina, os reajustes no preço do boi arrefeceram nos últimos dias, mas em 12 meses pecuaristas já viram a remuneração se elevar em 32,72%, de R$ 5,44 o quilo para R$ 7,22 nesta semana.
E não é apenas no almoço e na janta que a inflação dos alimentos foi registrada e ainda seguirá subindo - já que os melhores preços atuais aos produtores ainda passarão pela indústria antes de chegar às gôndolas dos supermercados.
O litro do leite aos criadores subiu mais 3,25% apenas na última semana, atingindo R$ 1,59. Em setembro de 2019 o valor era de R$ 1,22 - o que significa preços 30,32% maiores para o produtor, que vinha desestimulado pela baixa rentabilidade de atividade leiteira.
O trigo, componente de pães e biscoitos, avançou de R$ 42,08 a saca em setembro de 2019 para R$ 58,00 neste ano - alta de 37,83%, que acabarão batendo na farinha de trigo e na indústria de panificação e massas em pouco tempo.
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