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2° Caderno

- Publicada em 29 de Novembro de 2021 às 03:00

Juros cobrados de empresas e famílias sobem em outubro

As taxas de juros dos empréstimos nos bancos subiram em outubro, segundo a pesquisa Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central (BC), divulgada nesta sexta-feira. 

As taxas de juros dos empréstimos nos bancos subiram em outubro, segundo a pesquisa Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central (BC), divulgada nesta sexta-feira. 

Nas operações com taxas livremente definidas pelos bancos, a taxa média cobrada de empresas e famílias ficou em 32,8% ao ano, aumento de 2,2 pontos percentuais em relação a setembro, quando estava em 30,6% ao ano. Essa é a maior taxa desde março de 2020 (33,3% ao ano).

As famílias pagaram taxa média de 43,8% ao ano, com alta de 2,1 pontos percentuais em relação a setembro, e as empresas, 19,1% ao ano, aumento de 2 pontos percentuais. Em 12 meses, as altas foram de 4,8 pontos percentuais para as pessoas físicas e de 7,1 pontos para as empresas.

No caso das famílias, o BC destacou os aumentos das taxas do crédito pessoal não consignado (6,2 ponto percentual, chegando a 83,6% ao ano, em outubro), crédito pessoal consignado para servidores públicos (0,9 ponto percentual, com taxa de 17,9 % ao ano) e cartão de crédito rotativo (4,1 pontos percentuais; taxa de 343,6% ao ano).

O cheque especial ficou com taxa de 128,8% ao ano, recuo de 0,8 ponto percentual em relação a setembro.

No crédito às empresas, o destaque ficou para os crescimentos nos custos de contratação de desconto de duplicatas e outros recebíveis (1,5 ponto percentual, com taxa em 14,2% ao ano), capital de giro com prazo menor que 365 dias (6 pontos percentuais; taxa de 22,1% ao ano) e capital de giro com prazo superior a 365 dias (2 pontos percentuais, com juros em 19% ao ano).

A inadimplência, considerados atrasos acima de 90 dias, do crédito livre para pessoas físicas chegou a 4,3%, com alta de 0,1 ponto percentual em relação a setembro. A inadimplência das empresas permaneceu em 1,6%.

A alta dos juros também foi observada nas operações de crédito direcionado, que têm regras definidas pelo governo e é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

A taxa média para pessoas físicas subiu 0,4 ponto percentual para 7,7% ao ano. Para as empresas, a alta, no mês, foi de 1,3 ponto percentual para 10,8% ao ano.

A inadimplência do crédito consignado ficou estável em 1% para pessoas jurídicas e 1,4% para as famílias.

A alta dos juros bancários ocorre em um período de aumento da taxa básica de juros, a Selic, atualmente definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, em 7,75% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O crédito do Sistema Financeiro Nacional totalizou R$ 4,5 trilhões em outubro, aumento de 1,5% em relação ao mês anterior.

Em relação a outubro de 2020, o crédito se elevou 16%, mesmo desempenho do mês anterior. Segundo o BC, nessa comparação de 12 meses, o crédito destinado às empresas desacelerou, passando de 11,7% (em 12 meses encerrados em setembro), para 11,4% (12 meses encerrados em outubro), enquanto o destinado às famílias continuou em expansão, de 19,5% para 19,7%.

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