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Economia

- Publicada em 04 de Junho de 2018 às 23:04

Biometano surge como alternativa energética

Tema será debatido em evento nesta semana, destaca Reichert

Tema será debatido em evento nesta semana, destaca Reichert


/LUIZA PRADO/JC
Jefferson Klein
Após a crise gerada com a greve dos caminhoneiros, em virtude do preço do diesel, a questão dos combustíveis voltou ao centro das discussões no País. Uma das opções "caseiras" que se apresentam para acrescentar um novo combustível na matriz energética brasileira é o uso do biometano (biogás purificado oriundo de resíduos orgânicos).
Após a crise gerada com a greve dos caminhoneiros, em virtude do preço do diesel, a questão dos combustíveis voltou ao centro das discussões no País. Uma das opções "caseiras" que se apresentam para acrescentar um novo combustível na matriz energética brasileira é o uso do biometano (biogás purificado oriundo de resíduos orgânicos).
Os benefícios do aproveitamento do biocombustível serão debatidos durante o Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, que será realizado de quarta a sexta-feira, no Golden Park Internacional, em Foz do Iguaçu. O coordenador-geral do evento, Clovis Leopoldo Reichert, ressalta a importância de se ter uma solução energética, proveniente de fonte alternativa, com enorme potencial para o Brasil. No caso do biogás, as maiores oportunidades de aproveitamento desse recurso concentram-se nas regiões Sul e Centro-Oeste. Reichert argumenta que o mercado do biogás possibilita a mitigação de problemas ambientais, viabilizando o aumento da produção do agronegócio, que encontra limitações quanto à destinação adequada dos rejeitos gerados, como dejetos de suínos, aves ou bovinos.
Quanto ao Rio Grande do Sul, Reichert recorda que o governo gaúcho lançou o atlas da biomassa, que contém uma série de informações sobre o potencial de gerar energia a partir de matéria orgânica. O dirigente destaca como boas regiões para a produção de biogás no Estado os Vales do Taquari e do Caí, Central e Serra.
De acordo com Reichert, a Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) estima que, se fosse feito o aproveitamento adequado da matéria-prima disponível no Rio Grande do Sul proveniente somente do agronegócio, haveria condições de dobrar a oferta de gás natural (através do biometano) no mercado gaúcho. A capacidade do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) para atender o Estado é de aproximadamente 2,8 milhões de metros cúbicos de gás natural ao dia, e o consumo é de cerca de 2 milhões de metros cúbicos diários.
Além do uso do biometano como combustível para automóveis, o biogás pode ser aproveitado para a geração de energia térmica e elétrica. A partir do biogás, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem o registro de cerca de 225 MW de geração de energia elétrica no País (em torno de 5% da demanda do Rio Grande do Sul). Contudo Reichert salienta que muitos produtores, que não enviam energia para a rede elétrica compartilhada e a aproveitam para uso próprio, não comunicam o órgão regulador das suas produções.
Para fortalecer o setor e possibilitar que novos empreendimentos surjam, durante o Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano, será lançado o projeto "aplicações de biogás na agroindústria brasileira", que contará com recursos do Fundo Global do Meio Ambiente (Global Environment Facility, GEF, sigla original em inglês). A iniciativa investirá cerca de US$ 7 milhões em ações para incentivar e fortalecer o uso do biogás no Brasil, com foco na Região Sul.
 
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