A recuperação econômica do País tem sido mais lenta do que era projetado no início de 2018. Houve uma pequena retomada, segundo os indicadores, mas que, tudo indica, arrefeceu.

Porém, mesmo que tenha ocorrido uma recuperação quanto aos postos de trabalho, ainda assim temos milhões de desempregados e gente em busca de ocupação há mais de dois anos, segundo pesquisas. Em decorrência da falta de ocupação formal, milhares de brasileiros têm sonhado com ter uma franquia para buscar uma retomada da vida profissional, fora dos empregos tradicionais.

Assim, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgou que, no primeiro trimestre de 2018, a receita do setor de franquias registrou um crescimento nominal de 5,1% em relação ao mesmo período de 2017.

O faturamento passou de R$ 36,890 bilhões para R$ 38,762 bilhões. Considerando-se os últimos 12 meses, o crescimento foi de 7%, uma variação de R$ 154,426 bilhões para R$ 165,190 bilhões. Realmente, é uma quantia que renova a esperança de tantos que querem trabalhar por conta própria.

Frente ao atual cenário da economia brasileira, é um desempenho positivo, pois foi registrado em um período de inflação muito baixa - ao contrário do primeiro trimestre de 2017 - e de início da recuperação de uma das mais longas crises que o País já viveu. Expoentes do setor dizem que o mercado de franquias continua a investir na eficiência de suas operações, no desenvolvimento de formatos mais enxutos e na busca de novos mercados, canais de venda e públicos como forma de manter seu desenvolvimento.

A inovação também tem um papel importante e tende a se fazer mais presente nos próximos anos. A área de alimentação apresenta uma dinâmica muito forte, com crescimento de 6,6%.

Segundo o ranking das 50 maiores franquias no Brasil, há anos este segmento mantém um número extremamente alto comparado aos outros ramos. É que o ramo de alimentação vem apresentando um aumento de receita em ritmo constante, em virtude do hábito do brasileiro de se alimentar fora de casa e das constantes ações de comunicação para atrair o consumidor.

Mas, como todo negócio, a franquia exige algumas atitudes e planejamentos preliminares importantes. Se não forem seguidos, o empreendedor poderá não ter o sucesso com que tanto sonhou antes de investir. Hoje, existem franquias para as operações chamadas de food trucks em torno de R$ 80 mil a R$ 100 mil. Logo, essa quantia tem que estar à disposição do investidor antes mesmo, é claro, de conseguir ser um franqueado.

De qualquer forma, se o investimento for levado adiante pelo seu dono com força de vontade e entendendo bem o mercado para o qual se destinou, tudo leva a crer no sucesso. Não em poucos meses, mas em torno de dois a três anos. Neste tempo, a receita deverá empatar com as despesas, incluindo-se aí eventual empréstimo a ser pago mensalmente.

No entanto, fazer planejamento, entender o mercado para o qual a franquia irá trabalhar e ter uma reserva financeira são importantes.

O fato é que, depois de uma retomada da economia, o País deu uma patinada nas últimas semanas. Não que sirva de desânimo, mas sempre um arrefecimento no entusiasmo inicial de agentes socioeconômicos.

Sendo assim, com a previsão mantida de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá, no mínimo, 2% - com possibilidade de chegar até 2,5% - em 2018, investir em uma franquia pode ser uma saída para tantos que buscam uma escalada na vida profissional.