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Geral

- Publicada em 12 de Maio de 2018 às 17:41

Ala psiquiátrica do Postão da Cruzeiro tem pacientes dormindo no chão

Local é a maior emergência em saúde mental do RS e enfrenta ocupação 135% acima do número de leitos

Local é a maior emergência em saúde mental do RS e enfrenta ocupação 135% acima do número de leitos


Patrícia Comunello/Simers/Divulgação/JC
Uma vistoria do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) flagrou na madrugada deste sábado (12) pacientes dormindo em colchões no chão da ala psiquiátrica do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), o Postão da Vila Cruzeiro do Sul (PACS), na zona sul de Porto Alegre. De acordo com o sindicato, eram 33 doentes onde há 14 leitos, além de menores internados em consultórios, o que é proibido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
Uma vistoria do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) flagrou na madrugada deste sábado (12) pacientes dormindo em colchões no chão da ala psiquiátrica do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), o Postão da Vila Cruzeiro do Sul (PACS), na zona sul de Porto Alegre. De acordo com o sindicato, eram 33 doentes onde há 14 leitos, além de menores internados em consultórios, o que é proibido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
O local é a maior emergência em saúde mental do Estado e atualmente enfrenta ocupação 135% acima do número de leitos. “O Estado reservou dinheiro para a prefeitura abrir 30 leitos psiquiátricos no Hospital Beneficência. Só as pessoas que estão no PACS agora ocupariam todas as vagas. É preciso abrir urgentemente”, cobra o presidente do Simers, Paulo de Argollo Mendes, em nota.
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Os colchonetes perfilados no piso impedem os profissionais de acessar os doentes. Muitos surtam ou têm crise de abstinência, tornando mais difícil o controle e a medicação. Folhas de papel coladas nas paredes identificam o leito do paciente no colchonete que fica no chão. “Ext1”, ext 2 e etc. O ”ext” significa “extra capacidade”.
Levantamento do Simers mostrou que, noite dessa sexta, o “ext” chegou a 19, ou seja, além dos 14 internados em leitos normais, havia mais 19 em observação acima da capacidade. Há pessoas desde 6 de maio no local, muito mais que o limite de 24 horas para definir o encaminhamento. Dos 33 casos em observação, 13 têm dependência química.
Um dos menores que estava em um consultório é interno da Fase, exigindo que um agente ficasse todo o tempo ao seu lado no leito improvisado dentro do ambiente que deveria servir para consultas de novos pacientes. Até macas da Samu acabam sendo usadas para manter pacientes.
No fim da tarde deste sábado, todas as emergências psiquiátrica do SUS na Capital estavam com ocupação máxima. No Postão da Cruzeiro, mantém-se a superlotação, agora com 31 pacientes para 14 leitos (29 adultos e dois menores). No Iapi, na zona norte, são 24 pacientes para 14 vagas (20 adultos e quatro menores). Todos os 18 leitos no serviço do Hospital Presidente Vargas, na região Central estão ocupados. Os dados são do site da Secretaria Municipal da Saúde.
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