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- Publicada em 14 de Maio de 2018 às 22:24

Consulta pública começa a moldar novos currículos no Rio Grande do Sul

Versão final do documento deve ser fechada no mês de outubro

Versão final do documento deve ser fechada no mês de outubro


/ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
Igor Natusch
A partir de 2019, as mudanças trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) devem começar a ser sentidas nas escolas gaúchas e brasileiras. No ano passado, foram aprovadas as mudanças para Educação Infantil e Ensino Fundamental, e as alterações referentes ao Ensino Médio estão sendo analisadas desde abril pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). A implementação das mudanças, que estabelecem uma nova lógica curricular baseada em conhecimentos e habilidades essenciais, é alvo de uma consulta pública a professores e profissionais de ensino, promovida pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc).
A partir de 2019, as mudanças trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) devem começar a ser sentidas nas escolas gaúchas e brasileiras. No ano passado, foram aprovadas as mudanças para Educação Infantil e Ensino Fundamental, e as alterações referentes ao Ensino Médio estão sendo analisadas desde abril pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). A implementação das mudanças, que estabelecem uma nova lógica curricular baseada em conhecimentos e habilidades essenciais, é alvo de uma consulta pública a professores e profissionais de ensino, promovida pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc).
Pela estrutura da BNCC, os estados têm autonomia para construção de currículos, em regime de colaboração com os municípios. Até o próximo dia 31, os interessados podem se cadastrar e contribuir na sua área de conhecimento e em seu componente curricular, acrescentando habilidades dentro de particularidades de sua região. A iniciativa vem sendo conduzida em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e com o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS).
Sônia Rosa, diretora pedagógica da Secretaria Estadual de Educação, explica que as contribuições são uma etapa na construção do chamado Referencial Curricular Gaúcho, que guiará a implementação da BNCC no Estado. Ela acentua que o documento não tem o mesmo papel de um currículo propriamente dito. "Isso é algo que estamos sempre dizendo. O currículo vivo é o que vai se dar no contexto da própria escola, considerando os fenômenos sociais, culturais, econômicos etc daquela comunidade. Porém, esse currículo precisará estar atrelado ao Referencial Curricular aprovado pelo Conselho Estadual de Educação", explica.
Após a sistematização das contribuições, está prevista para junho a realização de dez audiências públicas, avaliando se as sugestões foram adequadamente contempladas e sugerindo alterações. Após esses encontros, será fechada uma versão final do termo referencial. Para outubro, está prevista a realização, em Porto Alegre, da Conferência Estadual de Educação, com delegados oriundos das audiências públicas, momento em que será feita a validação do documento.
Pelo formato proposto na BNCC, os estudantes terão uma formação comum até o final do Ensino Fundamental, voltada para a aquisição, por parte do aluno, de competências relacionadas a tópicos como pensamento crítico, uso de tecnologias e argumentação, entre outros. Ao chegar no Ensino Médio, o estudante poderá, em paralelo ao currículo obrigatório, optar por itinerários de aprendizado, divididos por áreas. Ainda há indefinição sobre como será essa oferta complementar, já que as escolas não estarão obrigadas a oferecer todos os itinerários e está a critério dos estados definir a partir de qual ponto o aluno deverá fazer sua escolha.
A partir de 2019, além de dar início à implementação da BNCC, a Seduc estará diante de outros desafios, em especial os que envolvem avaliação dos currículos e mecanismos de formação continuada para professores. "Haverá um deslocamento da lógica. Geralmente, as avaliações eram pautadas pelas avaliações externas, como a Prova Brasil e o Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), e agora essa avaliação terá que se adequar ao que foi construído pelas coletividades locais. Acho que esse é um grande ganho pedagógico", diz. A plataforma para contribuições pode ser acessada em http://curriculo.educacao.rs.gov.br/.
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